Séqüito
Posted by amizadepoesia em Janeiro 27, 2007
Renego o meu último ato ao frio do missal,que a vela tristonha diste do meu breue o silêncio cale o mórbido te-déum,e que a blasfêmia, à vida explique o final.
Quando chegar a hora estúpida e fiel,e quando a morte, esse meu corpo exigir,não venha o milagreiro com o elixir,não venha a carpideira e a santa do fel.
Que uma lembrança cale qualquer prece,… se houver dor, lamento o esquivo átimo.Abraça o universo esse meu gris átomo,ou o inferno, o céu, ou o purgatório. Messe?
Ave à Maria que caminha na fé dos ledos,súplica medonha nos calix de prata.Oh cálice de luz, ressuscita ou mata,heril, encerra a teoria, jaz: arremedo!
Não torne leviana essa crua réplica,não duvide que vem de tamanho amorque há em mim, jugo, ao mudo feitor,
se houver, pois, de uns, faço-me cética!
Sandra Ravanini
Sandra Ravanini said
Interessante encontrar uma poesia minha aqui, embora a simetria da postagem tenha quebrado as métricas.
Grata.
Sandra Ravanini