amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 10 de Fevereiro, 2007

TEMPO

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2007

Hoje quero falar do tempo. Um tempo

bendito, quando com seu passar as dores

acalma e as más lembranças esfumaçam.

Um tempo maldito quando olho para trás e

vejo que meus sonhos são passado, que a

vida se esvaiu, deixando apenas

marcas de suas pegadas.

Tempo…algo que por mais que tente

não se consegue dominar.

Mesmo que eu grite : Pare tempo!

– de nada adianta, pois quando o som

que emito se escoa, junto dele se 

vai o tempo.

Pudesse o tempo segurar nas mãos o

pararia neste instante, ao som de um piano

a tocar e nas emoções girar como o vento

num suave e terno bailar.

Ah tempo, com magia se pudesse

voltaria ao tempo do bem-querer,

onde sem pressa fixaria a imagem de quem

bem me viu, no tempo do nunca mais.

Tempo, é hora de construir pontes para

passantes que rompem distâncias,

e finalmente calar o pranto daqueles

que buscam o amor, já tão sem tempo…

De-me tempo para novamente ver o mar…

e amar, mergulhando em azuis que

estão a me chamar…no mar.

E nesse mergulho sem pressa,

quero fazer a promessa de

que não me vencerás, tempo.

Mesmo que me arqueie,

que marque meu corpo com tuas garras,

ainda assim reconhecerás que

minha alma é livre, liberta…

Tempo…és maya.

Aceite então a verdade,

que a mim não vencerás,

pois sou Filha da Eternidade.

Eu Sou Walkyria, simplesmente

02/02/2007

O QUE É O TEMPO?

Marcial Salaverry

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Calor! Amor!

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2007

O meu corpo pega fogo, viciado no seu corpo.

O suor transborda por todos os lados, nos banhando em sabores salgados.

Minha língua percorre a imensidão deste deserto, saltando largos rumores.

Escravizado sigo seus passos dentro do apartamento.

Não querendo a tão sonhada liberdade.

Sou possuído e possuo, para que ser liberto de você.

Continuarei escravo, algemado, amordaçado.

Mas louco de amor e de tesão!

Crava essas unhas no meu corpo, logo!

E me faz delirar e estremecer

(Sávio Assad)

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Lembranças de nós dois

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2007

Passo pela sala, vejo o grandeespelho fixado na parede , nelenoto o reflexo da tristeza, queenvolve este cristal frágil…Em cada imagem deste espelho,encontram-se sorrisos calados egritos mudos da saudade de umrosto cujos olhos, não mais brilhampor ter perdido a cor da felicidadeEsta face  aprisiona uma única cor…

a do amor que por  instantes

moldura a tua face  na minha…deixando-me confusa, sem saberquem é quem nesta imagem quereflete o teu olhar no meuFundindo-nos numa única,  depuro amor fazendo-me flutuar noespelho dos teus olhos onde vivo asmais ternas lembranças de nós dois! 

  

Zilca P. Tricerri

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Vestido de Cetim!

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2007

Não sei onde estás…Mas, estejas onde for…Dá-me tua atenção por alguns minutos de teu tempo…E lembra-te de mim, por favor…! 

Tu te lembras quando me desnudaste

Pela vez primeira, e te perdeste a contemplar

Formas e minúcias do meu todo? 

Lembras da minha boca à espera da tua,Para iniciar nossa ventura?Lembras de minhas mãos encabuladas,Tentando desvendar enigmas do teu corpo? 

Lembras da suavidade do meu rosto…Lembras dos meus cabelos longos,Exalando perfume de flores do campo? 

Lembras dos meus olhos vergonhosos,Mas, gulosos e disfarçados de desejos…Lembras de nossas pernas entrelaçadas,Como tramas de teias de ardente querer? 

Lembras de nossas risadas vitoriosas…Ao transcendermos loucuras da carneE nos transformarmos em anjos de Glória? 

Ah, por que então, após tão curto tempo,Vimos desabar nossos castelos de sonhos…Ante nossos olhos ainda plenos de esperança? 

Ó deuses como pudestes deixarMal tão grande acontecer?Por que deixaram à deriva nossas vidas,Por que deixaram o vento levarNossas lembranças… 

E numa magia imponderávelCristalizar o ciclo feliz de nossos dias…Deixando para trás o que

Não estava de todo perdido…!

 

E, em minhas mãos…

Somente a matéria palpávelDe um simples vestido de cetim…

O único sonho que me restou…!

Iracema Zanetti

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A Casa Amarela

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2007

Uma casa amarela no meio de meus sonhos, traz de volta lembranças das mil e uma noites estreladas, refletindo os raios dourados do sol passado, sem sombras, sem medos, onde as alegrias nasciam no horizonte.
Era uma vez uma casa amarela-dourada,palácio das fadas, que teciam no tempo a magia, com fios de ouro, para encantar o tesouro. Mas, a bruxa malvada, invejosa, invadiu a casa amarela e envenenou o mundo da fantasia,
deixando na relva a semente da heresia.
Sem sonhos, ninguém vive o hoje de dia.os raios derreteram o ouro
e as pedras voam, como balas amargas, disparadas de metralhadoras,
acabando com a paz das mil e uma noites, vividas no deserto de Aladim e das princesas encantadas,que, entre estrelas adormecidas, despertavam
nas torres altas, o sonho de felicidade;era a liberdade, que existia e sonhava
que o futuro a reconheceria. Mas a casa desmoronou! Não sobrou pedra sobre pedra, e o vento da ilusão soprou.
Os sonhos da casa amarela, a casa branca findou .

 

Schyrlei Pinheiro

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Libertando a Fera

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2007

Choro, com vergonha, à céu aberto,
abro meus braços em defesa dos justos,
levanto a voz sem medo,
liberto a fera faminta,
que dentro de meu ser habita.
Entre palavras, o dito não fere,
não nubla a verdade que grita,
mas remedia a dor que sinto.
A luz não pode faltar ao dia,
ou deixar de iluminar
o rosto de uma criança,
o coração de uma mulher,
ou a verve de um poeta,
refém das letras,
que exalam o perfume do amor bendito,
deitado entre linhas soltas,
que voam, unindo continentes, sob o infinito,
sentindo na pele o prazer
de, como a água, completar seu ciclo vital,
quando rega a terra, árida e seca,
com as gotas do saber,
evaporado no calor da paixão,
que geme, mas não engana
os urros da fera, que urge justiça
em nome das presas violentadas,
dilaceradas na alma, sem nenhuma razão.
Não calem os poetas, não amputem a voz
que ousa brotar no silencio,
com a missão de preservar o encanto
do mundo animal,
ameaçado pela praga humana!

Schyrlei Pinheiro

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