Em tempo de reflexão…
Oolhar torna-se mais distante,
o sorriso mais discreto,
os sonhos são filtrados,
o passado revisto como lições,
e os bons momentos que se foram,
agasalham-se na saudade.
Que seu dia seja sereno
para que as boas ações
multipliquem-se em sua vida.
Com carinho
um beijo em sua testa.
Marilda(OlhosDe£in¢e)
Archive for 4 de Abril, 2007
Bom dia !
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
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UM SURTÃO NU SERTÃO
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Foi lá nu sertão escaldado
que essa figura apareceu
vestido de mil lençó inrolado
assim meio desengonçado
e uma fala que ninguem intendeu
me disseru que éra um surtão
lá dus deserto do saara
qui tinha vindu di avião
prá cunhece o sertão
i pude zoiá nossa cara
Mas esse tar de saarento
fico mermo arrodeando
qui nem si fosse o vento
as fia do zé baiano
qui já foi si infezanu
cum tanto descaramento
Era uns tar de salamaleque
e uns presente di ouro
tomou um passa muleque
por poco num leva um coro
pois nosso maió tesouro
as muié, ninguém num mexe
O rai do tar surtão
saiu no som das caçadeira
levantado um poeirão
que parecia um esteira
despinguelandu nas capoeira
dos canto du nosso sertão.
Garrou di panhã dipressa
o avinhão qui esperava
nem deu tempo di promessa
pois a coisa tava brava
si o Zé pegava capava
o tal cabra da mulesta.
Gora vô me arretirando
pois u causo eu já contei
desse cara bem estranho
qui achava que era o rei
mas parecia er um gay
assim cuberto di tanto pano.
Mai agora vo cheganu
pois preciso is pra praça
Butei perfume e fui ispainu
prá tirá o cheiro da cachaça
Pois num é que cai nas graça
das tres fia du zé baiano?
Jorge Linhaça
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Ser baiano
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Como é linda a vista lá do alto de minha cidade
Lá na ponta, na entrada da baía, o Farol da Barra
logo abaixo, o Forte de Santo Antônio e a praia do Porto, uma preciosidade
e lá vem o Iate clube, o corredor da Vitória
O mar azul, transparente, espumando na encosta
em frente da Nossa Senhora da Conceição, nossa protetora
ao lado do Elevador Lacerda, diante do Mercado Modelo
Um cartão postal, que como poucos, há igual
Uma terra que expira magia, um magnetismo especial
Terra do Senhor do Bonfim, de uma igreja para cada dia
e dos Orixás, da capoeira, das danças negras
e mais ainda, dos carnavais, dos trios, das danças de rua
Um povo alegre, multicor, onde os extremos são iguais
o novo e o velho, o preto e o branco, os santos e orixás
dos altos e baixos, das ladeiras
das comidas e mulheres apimentadas
Lá embaixo, vejo a minha Salvador, terra de encanto e amor
Como é gostoso respirar seu ar, tocar seu solo, sentir seu calor
Ser e me sentir seu filho, abençoado pelo Senhor do Bonfim, meu protetor
Além de Oxóssi e Oxalá, meus santos da Umbanda
Ser soteropolitano, ser baiano, que orgulho que tenho,
falar de peito aberto… Sorria, você é Filho da Bahia!
Aqui do Alto, ja chegando, me aproximando, me sinto abençoado
Sentimento de amor, aqui no peito
Pela minha terra maravilhosa,
Salvador, da Bahia, Jóia preciosa
Meu adereço preferido, marca registrada
Única, sem igual… Sorria, Você é da Bahia!
Joe’A
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Com o tempo…
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Como é difícil, de um amor se despedir
pelas conjunturas, pelas situações
esse amor não poder florir
seus botões desabrochar, seus perfumes colorir
Ver seu firmamento nublar
escondendo seu manto de luar
dissipando suas estrelas e fantasias
ver seus castelos de sonhos desfeitos no ar
Ver seus verdes bosques o sol crestar
ver suas relvas macias se incendiar
ver as águas dos seus regatos secar
ver suas frescas sombras se ensolarar
Ver suas brisas tormentas virar
e os ventos vendavais violentos se tornar
tempestades de sentimentos a angustiar
a dor nos furacões revolucionar
Ver nossas pegadas na areia a água apagar
Nossos castelos na areia o vento levar
Ver nossas praias o mar tomar
Ver nosso navegar soçobrar
Ver nosso leito de amor sem o amar
Ver nossa paixão apagar
Ver nossa insônia despertar
Ver nossos lençóis sem nossa presença marcar
Que vou fazer, sem seu beijar, sem seu abraçar
sem seu aconchegar nem o seu amar
onde esse desenlace vai me levar
onde essa dor vai desembocar
Onde tanta ilusão vou guardar
Onde tanta desilusão vou depositar
Onde tanto sofrimento vou agüentar
Onde minhas saudades tanta lembrança vai suportar
Como meu coração vai se comportar
Que meu esquecer vai fazer
Quantas lágrimas devo ainda chorar
Quanto tempo minha dor vai durar
Que remédio pode me aliviar
Como fazer para deixar esse sofrimento de sangrar
Como fazer para esse vazio no peito respirar
Como fazer para essa vontade do nada passar
A solidão vai torturar, não matar
As lembranças vão se desanuviar
O tempo vai aconchegar e as feridas tratar
Vai o coração acalentar e…quem sabe…de novo amar…
Joe’A
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O BAILE DOS RATINHOS
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Don ratão e dona ratinha
gostam muito de dançar
basta uma musiquinha
para a dança começar
As vezes chamam os amigos
mais uns dois ou três casais
pra juntos roçarem umbigos
até não agüentarem mais.
Mas tudo com muito respeito
pois o baile é pra se divertir
e para ser um baile perfeito
bebida alcoólica não entra ali
Mesmo assim os casais dançam
se divertem até se acabar
as tristezas eles espantam
apenas por poder dançar.
Entre no baile você também
basta ir afastando as cadeiras
pois dançar faz muito bem
e é uma gostosa brincadeira
Jorge Linhaça
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A MINHA POESIA
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Quero, aqui, dizer, que vivi, antes demais,
O sonho a que me propus, em tempos idos,
Não foram fáceis os caminhos tidos,
Mas alcancei o que não supus jamais.
A poesia ainda é uma criança, que dorme
Dolente em meus braços, suas carícias
Foram de encontro a todas as sevícias,
Que o corpo indolente e informe
Apresenta em cada circunstância de nossa
Vida, um sinal de alerta que devemos ter,
Para que o nosso sonho seguir possa.
Hoje, ainda não totalmente realizado,
Dou-me por satisfeito com o que já vi nascer,
Deste aparo, que é o meu sonho idealizado.
Jorge Humberto
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Revele-se
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Deixe transparecer o sentimento
Diga que nesse momento
Seremos servis ao lamento
Que brota desse amar…
Deixe o mundo lá fora
A razão jogada no chão
Amassada com as roupas
Que não vamos usar…
E faça do olhar a expressão
Mais pura da alma
A luz que trás a aurora
De um arfar
Doce e matreiro
Que suavemente
Invade o lugar
Toma pra si a rédea
De um corpo solto
Dos jogos despudorados
Que não podemos evitar…
Até transpor o tempo
Romper com o impedimento
De se revelar…
Letícia Marques
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Inveja…
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Inveja… sim, inveja minha cara amiga…
Ela está lhe matando devagar, pouco a pouco…
Contaminando sua alma, envelhecendo seu rosto.
Por acaso você achou que eu não percebia?…
Não amiga, quis apenas dar-lhe chance de se
Redimir, de notar o quanto esse sentimento é vil.
Eu nunca estive enganada, apenas prossegui…
Por lhe querer bem, nada falei, por lhe querer demais,
Passei por cima das dores, dos provocados desgostos…
Fingi não notar sua soberba, passei por burra e indefesa…
Mas saiba, que sempre é mais feliz quem ama…
Não sou perfeita amiga, nem pretendo ser…
Tampouco, atiro pedras em vidraças…
Nunca sorrirei da sua solidão ou desgraça…
Compreenda que também sinto, tenho coração…
Mesmo assim desejo-lhe sorte, força e coragem,
Para vencer a inveja que lhe entorpece a razão,
Que tira seu sono e não lhe deixa descansar…
Desse jeito amiga minha,
Não sei onde você irá parar…
Por que em tudo você vê o mal?
O que é a vida pra você afinal?
Hoje sou eu e depois quem será?
Entenda, a inveja é uma doença,
Que envenena devagar, matando as
Esperanças, tirando a razão de viver…
Quem é mais forte amiga, ela ou você?
Que pena sinto de tudo isto , que dor terrível
Toma meu ser, apostei em nossa amizade,
Queria-lhe bem de verdade, você era uma irmã,
Aquela que eu corria contar as novidades…
Não amiga, não posso aceitar a falsidade…
Choro, por mim, por você…
Por ver que um sentimento
Puro, vai sendo enlameado por vaidades,
Que o túmulo esconde e a terra cobre…
De Deus, nada podemos ocultar,
Tudo o que escondermos, “Ele” descobre…
Não sou santa, nem desejo ser…
Sou apenas uma ex-amiga,
Uma pessoa que se deu inteira…
Acreditando ter encontrado
Uma irmã verdadeira!
Mary Trujillo
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Ah Meu Cigano… Eu Já Sabia!…
Posted by amizadepoesia em Abril 4, 2007
Ah meu cigano… eu já sabia!…
Conheço teu jeito sem sossego…
Teu temperamento, teu sangue…
Sabia que voltarias para o meu leito!
Entre farras e algazarras, na noite…
Sou tua perdição… teu tormento!…
Se vais, voltas logo, sou tua doce fera.
Teu temor, é outro no acampamento!…
Minha boca vermelha te chama…
Minha cintura ondeando te alucina,
Meu cheiro te acende, incendeia…
Sou tua mulher, tua fêmea e menina!
Carta marcada, coringa… – Seduzindo,
Chamando para o amor na madrugada.
Teus desejos se derramam em fogueira,
Bebem meus beijos entre gargalhadas…
Ah… meu cigano… eu já sabia!…
Que outra vez aquela porta cruzarias!
Morto de ciúme… saudade e desejos…
E que do meu corpo… te saciarias…
Sou teu destino, o licor da tua vida…
Te amo, te quero em minha tenda…
Tirando meu baton… nu em pêlo…
Numa melodia de amor estupenda!
Ah… meu amado cigano… eu já sabia…
Do vício, da tua volta na vida minha!…
Por mais que as ciganas te chamem…
Só esta cigana… te adoça e extasia!…
Mary Trujillo
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