Oi… Como tens passado?
Chego de novo ao teu correio para continuar o monólogo…
Taí….qual é a palavra que denomina o escrevinhador solitário? Aguardarei que um dia me o digas.
Hoje falarei de minhas loucuras. Todos tem de ter um pouco de loucura para serem livres. A minha liberdade cá está: uma folha em branco e uma caneta…
Com isso crio meus sonhos e mergulho minha mente na saudade que sinto.
Aí, ficas ao alcance de um olhar, de minhas mãos, de meus sentidos.
Chego a ouvir tua voz. Te materializo.
Dou sentido a existência recriando o amor. Sou uma fiandeira de sonhos e de saudades.
E embalada na lembrança que vou tecendo – saio de mim – e viajo pelas noites estreladas, vou tecendo um tapete ( ou a mortalha? ) com os retalhos da vida…
E nesses momentos sinto-me eterna, sou água, sou fogo, sou o ar, e sou melodia da canção de ninar que balança minhas tardes nas redes dos sonhos…
Como um navio sigo lentamente singrando mares e loucuras próprios das buscas e esperas…
Te disse que de novo está chovendo?
A chuva tem hora traz tanta melancolia… são gotas que sobem e voltam e somem na terra…. um circulo igual ao meu!
Delasnieve Daspet