Nos braços do horizonte, a grande estrela acorda.
Misturando as cores do universo,
pouco a pouco as sombras silenciosas
cedem espaço ao som da vida,
que não para de pulsar na poesia infinda,
vestida de emoções, ocultas no leito dos rios
e nos ninhos de amor,
preservando a paz e a liberdade de ir e vir,
ouvindo as melodias sonoras das ondas,
em murmúrio, confidenciarem com o tempo
o grande mistério, que eclode em palavras,
sobre as pedras, desfragmentando-as
em grãos de areia, que flutuam no vento,
tornando o deserto um oásis verde,
purificando o ar de forma sobrenatural,
enquanto as letras desfilam em linhas paralelas,
abraçadas à razão calada, que canta alto
o sentido natural da poesia,
que é pó, é pedra, é pau,
é ar, e água, é terra, é fogo,
ou, simplesmente, um ponto de luz
entre virgulas, evaporando a dor,
colorindo a semente da verdade
na festa da fantasia!
Schyrlei Pinheiro
Archive for 18 de Maio, 2007
Passarela da Poesia
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Posted in poesia | Leave a Comment »
Tu aí!
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Tu aí, que choras o amor perdido…
Tu aí, que sentes o coração despedaçado…
Tu aí, que olvidas o carinho recebido…
Tu aí, que ficas agarrada ao passado.
Sim, dirijo-me a ti que definhas…
a ti que te abandonas à tristeza…
a ti que te fazes palco dos desgostos…
a ti que te afastas de toda a beleza.
Tu, que te sentes martirizada…
tu, que te julgas ofendida e humilhada…
tu, vilmente abandonada…
tu, sempre triste e desolada.
E digo-te não!
Não permaneças assim prostrada…
não vivas a mentira do que passou…
não te entregues à demência amargurada…
não ofendas a memória do que amou.
Levanta-te e sorri. Sim, sorri!
Sorri como se desse sorriso
dependesse o futuro da humanidade…
Sorri com a pureza da criança…
Sorri com o carinho dos enamorados…
Sorri com as cores da natureza
que redescobres enfim…
Sorri sempre…
Sente quando sorris
que o teu futuro se abriu…
Sente quando sorris
que o mundo para ti sorriu.
E eu vou retorquir:
Tu aí, que enfrentas o mundo a sorrir…
Tu aí, que crês agora ser capaz…
Tu aí, que abraças as almas sofridas…
Tu aí, que alcançaste o amor e a paz.
António Castel-Branco
Posted in poesia | Leave a Comment »
Neologismo…
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Um dia fui como uma rocha
fui fortaleza, frutifiquei,
amparei e embalei nos meus
seios meus filhos,
acalentei-os, saciei-lhes a sede,
a fome, o frio…
Encaminhei-os na escola da vida
e preparei-os para o futuro.
Esse fruto chegou rápido
e logo frutificou,
me deu de presente dois anjos,
meus netinhos Lucca e Enzo,
novos caminhos surgindo e
trazendo a luz para meu coração.
Nesse meio tempo
pai, mãe, marido, irmão,
já tinham feito a passagem,
eram tempos idos…
mas não deixei a dor tomar
conta de minha existência.
Descortinei a vida,
saí das sombras,
fui à procura da luz
mesmo tendo levado
algumas rasteiras da vida,
caí, agonizei, mas sobrevivi.
Ficaram algumas seqüelas:
marcas profundas, cicatrizes
que o tempo jamais apagará.
Nunca me deixei levar
pela tristeza, nem deixei
meu coração ficar em pedaços.
Sou como uma árvore
frutífera, verdejei, produzi frutos…
hoje ofereço o frescor de minha
sombra para agasalhar os irmãos
que se perdem nas estradas
e padecem sob o causticante sol.
Se vivo a poetar
a sonhar… a devanear
isso não sei.
Sei apenas que sei viver
e da terra improdutiva
extrair o amor , a essência
viva e pura da vida.
Arneyde T. Marcheschi
Posted in poesia | Leave a Comment »
NAMORAR, UM ESPORTE SAUDÁVEL
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Vamos falar de um esporte bastante saudável, se bem que um pouco perigoso.
Para esse esporte são precisos duas pessoas, preferencialmente de sexos opostos. Existem algumas pessoas que não fazem questão dessa “discriminação”… Hoje em dia, para o amor, vale tudo. Basta que ele exista… Preferencias sexuais é algo de somenos importância…
O esporte do qual estou falando é bastante antigo. Já teve diversos nomes.
Em tempos idos, era conhecido com “flerte”, ou mais sofisticadamente, “flirt”. Em tempos mais recentes, recebeu o nome de “paquera” .
Atualmente os jovens chamam de “azaração”. Ou de “ficação”. Não sei como fica, se “fica” ou namora…
Não sei se eles acham que isso traz azar… Se bem que por vezes, realmente traz problemas.
O interessante desse esporte, é que os combates são travados mais à distância, envolvendo troca de olhares, sorrisos; antigamente, até um leve piscar de olhos.
As palavras são desnecessárias. O prazer da disputa está mais em provar o poder de sedução, do que a conquista propriamente dita.
Digamos que você percebe que alguém mostra algum interesse na sua pessoa.
Legal, sinal de que está agradando. Joga então seu “olhar n.º 27”. A outra pessoa corresponde. Está iniciado o jogo. Essa troca de olhares e sinais é uma das coisas mais gostosas que pode existir.
Se a “caça” está acompanhada, fica ainda mais interessante, pois além de colocar à prova o poder de sedução, o caçador (ou caçadora), também tem o prazer de estar fazendo o acompanhante de bobo. Sempre existe o perigo do terceiro elemento perceber, e aí a coisa pode engrossar. É isso que torna a coisa ainda mais interessante. Ou perigosa…
Vamos ver a técnica. Vamos tratar de “o caçador”, para simplificar a coisa, pois também poderia ser “a caçadora”. Nos tempos antigos as jovens eram mais recatadas e sempre esperavam que os homens tomassem a iniciativa.
Atualmente, as mulheres também vão à caça. Eu acho isso muito certo, e muito gostoso também. Não resta a menor duvida de que qualquer homem gosta muito de saber que está atraindo a atenção de uma mulher.
Aliás, os homens são até mais acessíveis às cantadas, paqueras ou azarações, do que as mulheres. Creio que por estarem mais acostumadas a recebe-las, elas se tornam mais seletivas. Gostam de analisar se o “caçador” pode valer a pena.
O interessante da coisa, é que não existe qualquer tipo de compromisso. O objetivo é simplesmente, “azarar”. Testar o poder de sedução. Geralmente é o mesmo objetivo da “caça”, que gosta de saber-se atraente. No frigir dos ovos, é uma caçada mútua, pois ambos estão testando seus poderes.
Após uma troca de olhares muito sedutora, sorrisos melífluos, cada qual segue seu caminho, certo de que está “em forma”. Por vezes, uma troca de telefones (números, não aparelhos) que geralmente não dá certo, pois geralmente ninguém tem a intenção de prosseguir com a coisa. Foi só um teste de sedução. Hoje em dioa são emails que se trocam…
O principal perigo que existe, é quando um dos dois fica realmente interessado e quer levar a coisa adiante, e o outro não quer nada de nada.
Aí é que o jogo está completo, pois o vencedor, após saber que continua em condições de seduzir, ainda tem o prazer de deixar mais uma “marca” em sua agenda de telefones. Mais uma caçada bem sucedida.
E se deixou alguém frustrado para trás, melhor ainda… Muita maldade, né?
Bem gente, quando estamos desassuntados, este tema até que deu prá encher um pouco de linguiça…Então, vamos paquerar à vontade, pois é saudável, é gostoso e sem compromissos. O negócio é testar se ainda somos capazes de atrair, ao menos os olhares, de pessoas do sexo oposto (ou do mesmo, dependendo do gosto).
E com esse pensamento, desejo que todos tenham UM LINDO DIA..
Marcial Salaverry
Posted in poesia | Leave a Comment »
Momentos e nada mais …
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Momentos e nada mais …
ilusão que o verso embarca , f l u t u a
mirante que o poeta atinge
se deixa jorrar
expelindo
a alma do próprio ventre
sentidos e realidades confusas
em que o nada absoluto se exprime como criação
das trevas vislumbra estrelas
metáforas da luta entre o amor e a paixão
da vida ou morte das entranhas
um céu sem par
a imensidão em que pisa
visão do que não volta
do eterno crepúsculo agora em apagadas cinzas
restos do nada mais que momentos …
Maria Thereza Neves
Posted in poesia | Leave a Comment »
UM MOMENTO DE TERNURA
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Bastou uma troca de olhar
e nos braços um do outro nos atiramos
em total cumplicidade
Atração, pura atração
desejo e loucura
era o nosso nome
Amamo-nos loucamente
entregamo-nos
sem nenhum por quê
Nossos corpos se pronunciavam
em calor ardente
e nos incendiamos
Fomos felizes
sem explicações
Não levaríamos um nome
nem promessas
apenas a certeza
que vivemos um momento único
de pura paixão
Mas, levaríamos para sempre
a lembrança daquele momento
de total entrega
de pura ternura
Um momento só meu
um momento só seu
guardado cuidadosamente
como o momento nosso
do nosso maior desejo
da nossa melhor loucura
Célia Jardim
Posted in poesia | Leave a Comment »
Das Loucuras
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
De loucuras foram tantos nossos momentos,
explosivos ou sorrateiros, calmos ou em tormentos…
Muita carne, muito cheiro, muito sabor,
culinária e sexo, o vinho em sangue,
muito calor, a ponto de cairmos exangues,
e buscarmos a solidão e o descanso
do estupor…viam-nos langues em rede
deitados, descansando da paixão…
Idealizando a afeição, rendíamos vassalagem
a Baco, Afrodite, Juno Lucina, rainha
dos deuses; como ela, atiramo-nos fora dos céus,
e no Monte Olimpo, fizemos escarcéu:
buscamos as constelações que abrilhantam
nossas rinhas, carinhos, miragens de amor…
Margaret Pelicano
Posted in poesia | Leave a Comment »
ETERNA LOUCURA
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Sentindo as emoções mais diversas,
fagueiras e audacisas, meu pensamento
levou-me até você.
Chovia, e a água tamborilando no telhado
fazia do teu nome melodia.
Minhas mãos geladas sentiam a
necessidade do calor das tuas, mesmo
sabendo de uma provavel recusa,
não foi possível evitar ir ao teu encontro.
Cheguei de alma nua e transparente,
suplicando ficar à sombra dos teus braços.
Apenas um beijo meu olhar carente pedia
para abrasar meu coração e incendiar meu corpo.
No primeiro instante, ví no teu olhar um
misto de compaixão e paixão, talvez, culpa
da situação, não sou teu e nunca serás minha.
Fomos sim, um momento de loucura,
mas para mim, um momento eterno.
Marcos Alca
Posted in poesia | Leave a Comment »
UM MOMENTO DE LOUCURA
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Chegou sorrateiro, olhar carente, passo indolênte um ar devasso…
Devagar vem a mim e me enrosco toda numa teia envolvente…
Implora por um beijo ardente, meu corpo queima, pulsa e treme…
Convulsa como um vento, beijo-te a boca incendiando teu corpo…
Inebriados com um cheiro tépido de rosas e uma doce sensação
voluptuosa, nos possuímos…
Loucura a nossa, de tudo restou-nos um segredo e um adeus…
Não sou tua, você não é meu…
Fomos um momento de loucura…
Naidaterra
Posted in poesia | Leave a Comment »
O Poeta Verdadeiro
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
O poeta verdadeiro
É como um vulcão explodindo
Todas nuanças de cor, de amor à vida…
Morrendo para renascer em cada
Verso. Nascendo em cada lágrima
Derramada no decorrer da estrada.
O poeta é o médico das almas
Desvalidas, esquecidas e cansadas…
Ser poeta é querer que todas
As dores do mundo sejam
Curadas, com o carinho das palavras.
O poeta é andarilho do mistério
Rei da clarividência…
Alheio ao desamor e ao ódio…
O homem do mundo sem moradia certa.
De papel em punho desmascarando
A face dos cruéis…
Secando as lágrimas dos injustiçados.
O poeta verdadeiro é aquele que veste de
fantasia, o amor sonhado por tanta gente…
Menestrel das noites e madrugadas…
Anjo da guarda dos renegados,
Dos que andam sem rumo pelas calçadas.
O verdadeiro poeta povoa sua solidão
De risos, música, rimas, estrofes encantadas…
Esquecendo que é apenas um homem e
Mais nada…
Marilena Trujillo
Posted in poesia | Leave a Comment »
Quando Ele Chega…
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Quando ele chega como chegou, sem avisar
sem ruido… sem alarde e nos toma por inteiro,
explodindo no sangue, nas veias,
tão forte, tão verdadeiro!
Todas a regras estão quebradas,
todas as muralhas derrubadas…
Nada mais pode deter, impedir… essas
Duas pessoas… essas almas apaixonadas!
Basta um gesto, um afagar de mãos…
um olhar … encostar no peito…
E ninguém mais pode conter
essa boca.. esse beijo…
Quem o proibiu de amar,
Que esqueça, porque ele é cego e surdo…
deliciosamente louco e confiante,
como uma criança descobrindo o mundo!
Adormece quando todos despertaram
e acorda quando o mundo dorme…
Brinca… sorri satisfeito…se emociona
quando ouve algo tão doce… o seu nome!
Mary Trujillo
Posted in poesia | Leave a Comment »
De que forma Deus fez o amigo?
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
De que forma Deus fez o amigo?
Deu-lhe asas invisíveis…
Colocou em seus lábios um terno sorriso…
Nos olhos, o mais puro mel…
No coração, o perdão incondicional…
Deu-lhe uma paciência descomunal…
Uma pitada de crítica construtiva…
Não mediu o bom humor…
E exagerou na dose de amor!
Depois soprou em seus ouvidos:
Vá cumprir sua nobre missão…
E ele até hoje nos cerca de carinho,
Nos entende, ajuda sem intromissão,
Humildemente, nos rouba o coração!…
© Mary Trujillo
Posted in poesia | Leave a Comment »
ESCREVER ESCREVA QUEM SABE
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Tudo quanto digo ou escrevo não é mais meu,
É doutro alguém que me lê e toma para si
O que no instante conquistado tornou seu,
Nas sobras extenuantes que partiram de mim.
Porque o que digo ou escrevo é o outro distante
E vou cantando o que mais ninguém diz.
Escrever escreva quem sabe de forma elegante,
Que eu vou nesta vida duplamente feliz.
São tantos contrastes, variando de quem lê,
O que se escreve como forma de suplantação,
Que quem escreve escrevendo nem sempre vê,
O que é seu ou do outro, porque não soube calar.
E meu espargido e mui distante coração,
Tem tendência (quando este mundo diz) a chorar.
Jorge Humberto
Posted in poesia | Leave a Comment »
Extremamente.
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Contudo, se a aurora me conceder um desejo,
Talvez meu amor se torne plausível e perene.
Para ser cultivado e colhido no pleno instante,
Quando nossos lábios encontrarem-se no beijo.
Bem verdadeiro na boca quente de um amanhã.
Onde a doce saudade ainda se compõe na retina.
Para ser reflexo permanente da cena tão linda,
O planejamento da paixão essa cálida anfitriã.
Bordando ensaios no limite da última sensação.
Que se ajeita no colo aconchegante do desejo,
O leito que há de abrigar muito bem o coração.
Como se fosse único na vastidão do eterno.
Fazendo-se de simples mesmo não o sendo.
Porque amor só se for no total e em extremo.
Gerson F. Filho.
Posted in poesia | Leave a Comment »
SÓ UMA CHANCE
Posted by amizadepoesia em Maio 18, 2007
Quero uma chance te pedir
Uma apenas será suficiente
Para poder demonstrar
Todo esse amor
Que vive a me consumir.
Noites e noites em claro tenho passado
Pensando em você meu amado
Ao amanhecer,
Continuo me magoando
Vendo você sempre me esnobando…
Jamais poderei obrigar-te a me amar
Ou que sintas carinho e venha me desejar
Só que não podes exigir
Que deste amor eu venha desistir
Fingindo nada sentir.
Caty
Posted in poesia | 1 Comment »