Querer-te!
Querer-te tão mais,
Que o querer.
É todo desejo.
Toda vontade.
De ser todo carinho,
Para tua carência.
A saciedade,
Para todo teu querer.
Gerson F. Filho
Archive for 28 de Maio, 2007
B O M D I A
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
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ENTRE O REAL E O ABSURDO
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Com a carga incerta da vida,
arrastei meus pés sobre a terra
cruzando o outro lado da linha.
Fui do Oriente ao Ocidente,
dos países das neves eternas
até os lugares mais quentes
onde habitam todos os feitiços.
Tive a terra aos meus pés
mudando muitas vezes de cor,
enquanto inquieta se agitava.
Hoje, como antes, ainda sigo,
para chegar até a ponte de luz
sacudida pela força das borrascas.
Percorro com olhar de águia,
toda a força do bem e do mal
que se aninha entre o real e o absurdo.
Sob os raios da lua vejo destelhar-se
por trás da estrada e do vale à esquerda,
o pico exuberante e ilusório da vida,
e à direita, o despenhadeiro da morte.
Pendo as asas pelos meus caminhos,
tomo entre as mãos todos os detalhes
e murmuro uma oração para você.
Em sua memória salto no vazio
iniciando mais um vôo pelo espaço.
Do nada, subo novamente como um anjo
sem definir em que preciso momento
chegarei ao final desse vôo.
Ceres Marylise
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SOU
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Sou como terra fértil
a espera de sementes
Como a chuva
a alimentar fontes
Colina
sentindo a vibração do vento
Uma pedra
que não consegue ferir
Um redemoinho
com a alma eternamente em movimento
Sou como o amanhecer sorrateiro
querendo sempre alegrar as flores
Talvez uma escada suspensa
pra te levar até as nuvens
O crepúsculo da tarde
anunciando as estrelas da noite
Sou simplesmente uma alma
comum, poeta, semeando amores
Aurea Abensur
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Doce Enigma
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Indesejado desejo
De querer você.
Estar próximo
E se conter.
D’oro cabelos
Versos soltos
Ao sol, ao vento.
Cheiro de mar.
Amar o amor,
Meu ungüento.
Desafinado destino,
Meu desatino.
O violão, o som,
A voz e você.
Um mágico canto,
Utópico encontro
Da caça e o lobo.
A lucidez do louco.
Indesejado desejo
De querer você!
Paralelo somos.
Assim seremos.
Vidas gêmeas
Inexistentes.
Física lei
Do desencontro
Meu desengano.
Indesejado desejo
De querer você
Interligado-vídeo.
Amor-linkado
E absoluto.
Verde olhar,
Meu encanto.
Indesejado desejo
De querer você!!
Efhigenio Laguna
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Mulher Cigana
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Mulher misteriosa,
tem na face um olhar brejeiro,
soriso aberto e gestos encantadores.
Quando dança,
a carne vibra paixão,
exaltando a alma livre
que pulsa em seu coração,
transmitindo a magia
e o poder da sedução.
Sua verdade segue, alada à intuição,
sem pensar ferir a raça, ou quebrar a tradição.
Saborea a liberdade,
sem fincar os pés no chão,
conhece os segredos da magia,
inscritos na palma das mãos.
Passado o presente, vem o futuro
que Deus lhe deu,
seu destino reune valores,
que pode transportar
a luz do sol sob o luar,
seu lar é um acampamento,
onde para para amar.
Nada se impõe à vida, que precisa passar
sobre mares, rios, e pontes
que possa atravessar.
Alegre, dança; triste, encanta,
sem jamais chorar.
Mulher cigana é uma estrela,
que ninguém pode tocar.
Schyrlei Pinheiro
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A invenção da dança
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Ouvir era ser ouvido
para a palavra pousar
na partilha da harmonia
de partitura espontânea
dos gestos das coisas simples:
o curvar-se até o chão
no apanhar frutos caídos;
altear-se até os galhos
buscando seca madeira
matéria morta, gravetos
para o fogo do aconchego.
Um cotidiano de música
pelos seus corpos regidos
a descobrir movimentos
de uma nova fantasia:
sons dos ossos em atrito,
músculos partejando água:
lagos na pele porosa
para afogar seus vislumbres.
De tudo saía música
somados a outros sons
de seu entorno silvestre.
Certo que o mudo silêncio
de melodia serena
cantava pelos seus gestos.
Mas se farta a melodia
padecia a percussão
parceira mais efusiva
que se apurasse no toque
quebrando a monotonia:
uma lição para as mãos
na companhia dos pés.
Na busca contemplativa
dessa intenção ao acaso
não sabida mas sabendo-se
oitiva de uma atenção.
no perceber acurado:
tarefa para os ouvidos.
casulo de muitas sombras
sede de santas sevícias.
Então do choque das pedras
das chispas de seu encontro
veio o fogo do barulho
acompanhar o trinado
dos que voavam sem rumo;
dar compasso ao vento solto,
que afina a fala das folhas.
Segredo em solo silvado
o verde traz seus recados
código do sol cifrado
para a noite das estrelas,
que sabe muito de luas,
e de seus iluminados
Dos passos dos pés ouviram
as distâncias das Campinas
o silêncio de cavernas
o murmúrio das cascatas
a surpresa das montanhas
o mistério azul do mar.
O sabor das maravilhas
degustado em seus espantos
foi-se mansamente em susto
enredar-se aos movimentos.
O verbo dado estendia-se
na imitação do já visto
e era ancho de se ver
a beleza revelando-se
na graça leve dos corpos.
ANIBAL BEÇA
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FICAR CONTIGO
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Como um vento que chega repentino,
você se foi com a brisa inesperada no outono…
Um silêncio ensurdecedor se fez
presente anunciando o vazio…
Cai a noite…
O lume que me aquecia nas noites frias,
desapareceu como algo místico…
Uma tristeza profunda invade o meu peito cheio
de cicatrizes, são frases não terminadas
sufocadas por suspiros levadas pelo vento…
Ainda sinto tua chama voraz percorrer
minhas veias que arde e me consome…
Como a folha seca caída que caminha
pela terra procurando um lugar para ficar,
eu amplio a tua imagem e tento penetrar
na tua retina e ficar contigo para sempre…
Naida Terra
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TRISTEZA
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Quando perdi meu amor para o além,
desejei partir com ele…
A dor só conhece quem um dia amou
e a vida para sempre separou…
Restou-me a tristeza para me fazer
companhia e por algum tempo fiquei
anestesiada tentando me convencer
que tudo não passava de um pesadêlo…
O tempo foi passando e eu não acordei,
a dor persistia me ferindo profundamente,
não havia pausas para meu
coração partido…
Então, veio a pior fase, minha mente ficou
confusa a tal ponto que eu não sabia definir quem realmente havia partido,
se eu ou ele…
Hoje, as vezes ainda tenho a mesma
sensação…
Naidaterra
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LEVA-ME DAQUI
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
O que a vida fez da minha vida
porque tem que ser assim
porque tanta crueldade
em levar o amor de mim
Que mal fiz eu, responda-me oh! vida
por que fui tão castigada
pra ter arrancado de mim
o chão da minha estrada
Por que eu preciso sofrer tanto
por que preciso padecer
aquele amor era minha vida
sem ele eu não sei viver
Por que vida, por que me roubou tudo
deixando-me neste tormento
se já não posso viver neste mundo
leva também meu sofrimento
Deixa-me ao menos partir também
é tudo que eu peço agora
se tudo que amei já foi embora
que sentido esta vida tem?
Célia Jardim
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Meu segredo delicioso, meu amor…
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Meu segredo delicioso, meu amor,
Homem cheio de encanto e carinho,
Que me enlouquece, vira e revira…
Desgovernando o meu caminho…
Que beija minha boca e meu corpo
Alisa… – Minha cabeça afaga e aninha…
Sou tua, toda tua, tua sem pejo… nua…
Sou tua gata, princesa ou quiça, vadia?…
Que importa, o que importa… – O quê?…
Teu doce beijo me incendeia, não nego…
Teu corpo quente me atrai e em chamas…
Prazerosamente me rendo, me entrego…
A madrugada chega lenta e cúmplice,
De ardentes carinhos, ais e desatinos…
Teus braços me enlaçam, me apertam…
A paixão explode num imenso torvelinho…
Então bebemos todo o mel e veneno,
Devagar… gulosamente… gota a gota…
Deste destrambelhado querer e sentir…
Agarrados, fundidos pelo céu da boca!…
Mary Trujillo
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O beijo
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Nossos lábios coladinhos
duas línguas a dançar
céu da boca , com carinho,
em um êxtase a buscar
Duas bocas devassadas
dois corpos em ardência
respirações entrecortadas
duas almas em querência
Beijo que te quero beijo
porta aberta da paixão
o início de todo ensejo
Primeiro degrau do tesão,
termômetro do desejo,
sentimento em amplidão.
Jorge Linhaça
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ASTÚCIA DE POETA
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Não acreditem em nada do que eu diga,
Meus versos são só esta lírica cantiga,
Que germina dentro de mim e consome,
Tudo que eu faça ou não por seu nome.
Se finjo minto, se minto me descubro
O mais astuto poeta que encubro,
Desde os confins de meu ser calado,
Até que me posicione para outro lado.
Sou poeta de antes dizer do que calar,
Não suporto a mentira nem o oculto,
De quem se compromete só de olhar.
E se olho com olhos de ouvir distante,
Torno-me por natureza tímido e culto
E sigo por aí fingindo a todo o instante.
Jorge Humberto
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AMAR, AMANDO…
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Como é bom amar,
sentir que há reciprocidade
nos anseios de verdade.
Seja com tempo bom,
aquecendo ao sol dos beijos,
abraçados em mil desejos.
Ou até mesmo na chuva,
protegidos dos raios e trovões,
na alma apenas balões.
Subindo aos céus como foguetes,
coloridos e alvissareiros,
acesa a luz dos candeeiros.
Que ardem como tochas,
quando na cama os amantes,
trocam carícias galopantes.
Côncavos e convexos perfeitos,
apaixonados que se enlaçam,
ternamente e se beijam.
Em profusão de contentamento,
despertada pela sutil libido,
sob a flecha certeira de Cupido.
Guida Linhares
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JAMAIS TE ESQUECEREI
Posted by amizadepoesia em Maio 28, 2007
Impossível esquecer
A minha insensatez
Que posso fazer
Se minha alma
A cada instante te busca
Quando penso
Nos meus sonhos
Um porto seguro
Uma luz
É tua lembrança
Que me atormenta.
Como esquecer
De quem me ensinou
A ter esperança
A ver a paz
Entre os sonhos
E as promessas.
Impossível esquecer
Quem me ensinou
A ser criança a sorrir e brincar
E muitas vezes a chorar.
Apesar de o tempo ter passado
Das lágrimas terem secado
Dos temporais
Das paixões
Terem ficado perdidas no passado.
Ainda assim é teu
Sorriso que busco
É teu afago que procuro
Em meus sonhos
Noite após noite.
Fafá Lima
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