amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 21 de Junho, 2007

Desqualificado Amor

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Degenerado amor,

alterado,

esfomeado da cor azul,

cobrindo a vida com seu manto noturno,

prenuncio de chuvosa madrugada,

p’ra cutucar a ausência

comprovada.

Maldito amor quebrado,

gasto e desnutrido

de beijos e carinhos,

amor que deita junto na cama vaga

e cobre o corpo de vazios,

quisera apenas temporários.

Amor desaforado,

permanecido sem que eu queira,

formando sonhos indesejáveis

nesta cabeça…

beijando morno como primeiro beijo,

quando a imprudência gritou mais alto

e fraquejou matando medos.

Amor desabrigado,

sem ombro, sem colo

nem amanhã ensolarado…

Ao relento em qualquer estação,

entregue a saudade do gosto

e do corpo,

maldito …safado …
Suzette Rizzo

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Tentar tentei

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Tentar tentei,
Tentei, tentei.
Só eu sei
Quanto tentei.

Tentei de tudo
Pra te esquecer
Sem conseguir
Vivo a sofrer

Tentar tentei
Mas, foi em vão.
Só maltratei
Meu coração

O amor que sinto
Não se apaga
Porque é chama
Que me queima

E mais se inflama
Se não te vejo
Faz do desejo
O meu tormento

Só penso em ti
Em cada momento
O que mais aumenta
Meu sofrimento

Tentar tentei
Mas não deu certo
Agora te peço
Volta por favor, volta.

Estou cansado de tentar
Esquecer-te não te ver
Deixa essa mágoa de lado
Vamos ficar juntos

Lado a lado que é melhor
Do que viver separados
ABittar

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Hoje bebo o vinho

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Hoje bebo o vinho
Que até bem pouco tempo
Era apenas uva na parreira

Porque hoje sinto o cansaço
Da marcha que marchamos ontem

Hoje realizo um desejo
Que ontem eu tive
Quando vinha vindo
Para lhe encontrar

De ter você em meus braços
E lhe fazer minha mulher
ABittar

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O tempo pode demorar

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

O tempo pode demorar
Mas o dia vai chegar
O dia sempre nasce
Pra quem sabe esperar

Dou tempo ao tempo
Curo minhas feridas
Arrumo a minha vida
E volto pra te buscar

Tenho na memória
A imagem gravada
De como acontecerá
Nosso reencontro

E se realmente acontecer
Farei de você a pessoa
Mais feliz da face do planeta

Isso é o que desejo
E desejo que eu desejo
Sempre se realiza
ABittar

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Quando nascer o dia

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Quando nascer o dia
Vou sentir a alegria
Vou sorrir feliz da vida
Esperarei você querida

Quando nascer o dia
Abrirei portas e janelas
Deixarei entrar o ar e o sol
No fogo colocarei as panelas

Quero receber você
Com muita fartura
Enfeitarei a casa com flores
Acenderei incenso e velas

Quando nascer o dia
Tudo isso vou fazer
Só pra agradar você
ABittar

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Marcas deixadas

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Marcas deixadas
Por meus pés
Na areia

Pela maré alta
Serão apagadas
Não mais
Serão pegadas

Os versos
Que escrevi
E já esqueci
O mar levou

Pra onde
Não sei
Só sei

Que quando voltei
Escritos na areia
Não mais os li

Como é bom esquecer
O amor que acabou
Estou livre pra outro
Outro grande amor

ABittar

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Desabrochar

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Era o desabrochar,
de menina moça, cheia de
encantos e deslumbres.
Na mulher sedenta,
como o fogo, consumindo
suas entranhas
na paixão desenfreada
de seu homem.
Misturou do mel da paixão
ao orvalho
da noite
silente.

Paulo Mello

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Como Flor

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

De mansinho acheguei-me como
quem quer ser molhada…
Meu corpo cheio de noite
e o teu perdido de amor…
Ai, um rumor
de bocas, mãos loucas,
sabor de paixão…
Doce mel escorregadio cintilava
o meu corpo…
Orvalhada, fui-me abrindo
em flor…
Naidaterra

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VALHA-ME NOSSA SENHORA!

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Vejam só a situação
do meu amigo estimado
assim todinho amarrado
parecendo com um leitão
prontinho pra ser assado
tenho pena do coitado
que arrumou essa confusão

Acontece que meu amigo
foi assim como convidado
pra um banquete marcado
sem ter noção do perigo
tava se achando endeusado
de belas mulheres cercado
se achando o rei dos bandidos

Lá pelas tantas da festa
a conversa mudou de rumo
meu amigo perdeu o prumo
com uma cacetada na testa.
Acordou com cheiro do fumo
se achando já um defunto
besuntado e sem as cuecas.

O pobre gritar não podia,
pois aboca estava entravada
numa maçã avermelhada
que a boca toda lhe enchia
as mãos nos pés amarradas
sobre a travessa enfeitada
-Valha-me a virgem Maria!

As mulheres ali em volta
decidiam como ultimar
o prato antes de assar
-Quase que estoura a revolta.
meu amigo pos-se a urrar
e as cordas tentar desatar
como se dançasse uma polca

A mulherada ali do lado
continuava a discussão
sobre a sua destinação
como prato a ser degustado
falavam assim de roldão
se cru ele já é tão bão
imagina depois de assado.

Jorge Linhaça

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PAMPEANDO

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Pelos pagos do Rio Grande
aonde o céu é mais azul
a liberdade se expande
e não há quem me comande
campeio de norte a sul

Com meu poncho companheiro
e meu pingo, meu irmão,
entre as flexilhas, altaneiro
sou gaudério sou campeiro,
encilhado em minha emoção.

O meu chima me aquece
no meio da invernada,
quando enfim anoitece,
-é hora duma boa mateada-
nessa hora a dor se esquece.

Minha prenda, que maravilha,
me espera mais além
sabe que coração farroupilha
é livre e não se encilha
mas sabe muito querer bem

E no aconchego do galpão
com amigos de valor
partilhamos o fogo de chão
o gaiteiro toca uma canção
uma vanera que fala de amor

E assim cruzamos os pagos
desta terra tão adorada
nos bolichos tomando tragos
do Rio Grande aquerenciados,
sonhando os olhos de nossa amada.

Prenda minha, prenda minha,
senhora dos olhos meus,
me espere, que a noitinha,
te lerei, linha por linha,
poesia que Deus me escreveu.

Jorge Linhaça

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MORRE UM ANJO

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Morre um anjo qundo não há pão
na mesa ou mesmo sobras no chão
onde disputa o homem e o cão
o mesmo alimento na podridão.

Morre um anjo quando olha a criança
desejando o doce que sua mão não alcança
e tão somente degusta o fel da matança
bebendo a água sórdida da indiferença.

Morre um anjo quando os homens pregam
a divina palavara de Deus mas se negam
ao ato da atitude de dividir e renegam
com maestria a fé das almas que chegam.

Morre um anjo quando se valoriza
uma jóia rara num cofre e a eterniza
feito bem supremo, supondo que a beleza
é a garantia para não cair na profundeza.

Morre um anjo quando não lembramos
que somos passageiros e possuímos
muitas bagagens que trazemos
de outras eferas por onde passamos.

Morre um anjo a todo instante
envenenado com o sentimento constante
do egoismo e do preconceito predominate,
um verdadeiro caos contra o diferente.

Morre um anjo de tristeza
quando irmãos se tratam com rudeza,
fecham o coração e não há mais leveza
na palavra, somente incerteza.

Morre o anjo em cada coração
que não sente mais emoção…
Morre o anjo quando falta a oração,
ponte segura para alcançar a redenção

Naidaterra

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AS DORES DE UM ANJO

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

As dores de um anjo acontecem
quando o semelhante é atingido
quando o mal é assim consentido
e as consciências se entorpecem

Flageladas almas inocentes
no descaso cruel do dia a dia
choram crianças de barrigas vazias
enquanto outros passam indiferentes

Morre um anjo a cada dia passado
morre de angústia e de decepção,
morre à mingua de cada emoção,
em cada coração hoje petrificado.

Não mais anjos, adeus proteção,
adeus acordes de amor e paz,
e a multidão sepultada jaz
escrava consentida de sua ambição.

Morre um anjo, silenciam as trombetas,
menos uma voz de alerta, um atalaia,
e a inimizade pelo mundo se espalha
e as mentes se fazem mais estreitas.

Morre o anjo no peito de alguém,
a inocência se perde em agonia,
morre um anjo, um arauto a cada dia,
morre crucificado em pregos de desdém.

Dores e prantos sacodem os céus,
apaga-se a luz da alma bendita,
crescem as trevas de nossa desdita
caminhamos um pouco mais ao léu.

Quando o último anjo enfim expirar,
que será da incauta humanidade?
onde encontrará a luz e verdade,
para a senda da vida trilhar ?

Jorge Linhaça

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POETA CASTRADO. NÃO!

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Podem chamar-me de louco, insano,
Calhorda, escroque, prostituta, ladrão,
Tudo o que faço, faço-o porque amo,
E não me omito da minha condição.

Podem chamar-me de velhaco, pueril,
Vendilhão, iletrado, apolítico ou cabrão,
Que embora pareça não estou senil
E não renego nunca o meu coração.

Podem chamar-me de tudo, ilustração,
Indigente, falsete, misantropo, joguete,
Um inerme nas mãos desta gente,

Que toma-me por parvo sem rendição,
Pois, quando o poeta ama, não tem
Senão, e é de todos e de mais alguém.

Jorge Humberto

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LA SOBERBIA

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Orgullo hacia nosotros, la soberbia nos inspira
Antipatía, es como un camino caminado a solas
Donde no cabe el otro, que así, se retira
Dejandonos atrás, desatando los nudos,

Que, si antes los unía, ahora los separa,
Más aún todo el eufemismo que quepa aquí
Porque, transgrediendo la ley, nadie nos nota
Y vamos por la vida sin tener jardín.

Dejad para trás esta impostora, pedestal
De todo nuestro sentir, si así no fuere
No tendremos a nadie a quien llamar igual.

Cuanto más no vale el altruísmo, la verdad,
Y toda forma viva de decir amor,
Mientras reine aquí toda su simplicidad.

Jorge Humberto

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HIERÁTICA SEÑORA

Posted by amizadepoesia em Junho 21, 2007

Oh, doncella mía, musa adorada,
Mujer de mis sueños por revelar,
Tu sueño es como la madrugada,
Cuando esta se empieza a despertar.

Tus encantos, de mujer amada,
Son mis desengaños, a tributar
Mi vida, por tí tan deseada,
Cuando nos ponemos a amar.

No partas de mí, mi bien,
Tan intenso como lo que nos hace
Desear, por bien saber,

Que, uno sin el otro, no es nada.
Vida impregnada, de todo es capaz,
Como de vivirla así, apasionada.

Jorge Humberto

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