Degenerado amor,
alterado,
esfomeado da cor azul,
cobrindo a vida com seu manto noturno,
prenuncio de chuvosa madrugada,
p’ra cutucar a ausência
comprovada.
Maldito amor quebrado,
gasto e desnutrido
de beijos e carinhos,
amor que deita junto na cama vaga
e cobre o corpo de vazios,
quisera apenas temporários.
Amor desaforado,
permanecido sem que eu queira,
formando sonhos indesejáveis
nesta cabeça…
beijando morno como primeiro beijo,
quando a imprudência gritou mais alto
e fraquejou matando medos.
Amor desabrigado,
sem ombro, sem colo
nem amanhã ensolarado…
Ao relento em qualquer estação,
entregue a saudade do gosto
e do corpo,
maldito …safado …
Suzette Rizzo