amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 17 de Agosto, 2007

Uma Conclusão

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Na busca de livros
encontro o passado
dos grandes escritores
que correram no meu destino

Folhas passadas
na eternidade do meu eu
por entre os campos
de uma vida de esperanças

A paixão da leitura
atravessou minha infância
com a sede do saber
por entre as cortinas da sabedoria

Fui jovem
por entre os prados
de uma sabedoria faminta
para o encontro do meu eu

E hoje com o desejo da verdade
de um ontem passado
cheguei a uma conclusão
nada mesmo nada sei.

Pedro Valdoy

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Dia a dia…

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Nas rotas que não se cruzam, na cumplicidade eterna das paralelas

No amaro íntimo, intrínseco às despedidas, no café de todo dia,

Nos versos comuns, nas manchetes dos jornais, no pão de todo dia

Nas ruas, nas mulheres nuas, nos meninos cheirados, na droga de todo dia

Bom dia… País da delicadeza perdida

Meus versos sentem a seiva de vida dos morros, das periferias

Dos pronto-socorros, de ir e vir – com as mãos vazias

Tem o sangue e está entre os sacos estirados da última chacina

Está infectado, picado com seringas, meu verso está nas prostitutas,

Chocado? Viaja entre linhas brancas ou o fogo das pedras

Alucinado, dança entre bijuterias dos transviados

No café de todo dia, no pão de todo dia, na droga de todo dia

Bom dia… País da delicadeza perdida

Já aprendi a sobreviver nas esquinas definitivas, e sinto como é pesada a franqueza

Poesia não é sobremesa, não estou aqui para acalentar dores,

Escrevo abaixo da “linha da pobreza”, bem dentro dos olhos e com muita dor

Mas não me iludo, não me engano, meus versos são pelos seres humanos

A poesia é para sermos humanos

No café de todo dia, no pão de todo dia, ainda que seja na droga de todo dia

Bom dia…

Tonho França.

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DECLARAÇÃO DE AMOR

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Minha flor minha flor minha flor. Minha prímula meu
pelargônio meu gladíolo meu botão-de-ouro. Minha peônia.
Minha cinerária minha calêndula minha boca-de-leão.
Minha gérbera. Minha clívia. Meu cimbídio. Flor flor flor.
Floramarílis. Floranêmona. Florazálea. Clematite minha.
Catléia delfínio estrelítzia. Minha hortensegerânea. Ah, meu
nenúfar. Rododendro e crisântemo e junquilho meus. Meu
ciclâmen. Macieira-minha-do-japão. Calceolária minha.
Daliabegônia minha. Forsitiaíris tuliparrosa minhas.Viole-
ta… Amor-mais-que-perfeito. Minha urze. Meu cravo-
pessoal-de-defunto. Minha corola sem cor e nome no chão
de minha morte.

Carlos Drummond de Andrade

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AS SEM-RAZÕES DO AMOR

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

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Ainda que mal

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Ainda que mal pergunte,

ainda que mal respondas;

ainda que mal te entenda,

ainda que mal repitas;

ainda que mal insista,

ainda que mal desculpes;

ainda que mal me exprima,

ainda que mal me julgues;

ainda que mal me mostre,

ainda que mal me vejas;

ainda que mal te encare,

ainda que mal te furtes;

ainda que mal te siga,

ainda que mal te voltes;

ainda que mal te ame,

ainda que mal o saibas;

ainda que mal te agarre,

ainda que mal te mates;

ainda assim te pergunto

e me queimando em teu seio,

me salvo e me dano: amor.

Carlos Drummond de Andrade

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Quero

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.

Carlos Drummond de Andrade

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Além da Terra, além do Céu

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Carlos Drummond de Andrade

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SENTIMENTAL

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçadas na mesa todos completam
esse romântico trabalho.

Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!

– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!

Eu estava sonhando…
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar.”

Carlos Drummond de Andrade

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Um espaço depois…

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Há de surgir um espaço

Depois que se fizer bem tarde

Depois que parte do alarde

Se acertar no compasso

Há de encolher o embaraço

Que finalmente se acabe
Juntando cada pedaço

Da forma que não se sabe…

E há de perdurar o abraço

Que aqueça o coração

Um calor, tal qual mormaço

Que eternize a paixão

Priscila de Loureiro Coelho

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Que história

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Eu tenho pra contar
Mas, já sei.
Que você
Não vai acreditar

Mas, mesmo assim.
Eu vou contar

Um dia desses
Eu vinha vindo
Pela Paulista
Com passos lentos
Sem pressa de chegar
Mas chegando sempre
Pois, que anda.
Sempre chega
Em algum lugar
Quando.
Não mais que de repente
Vi um pivete
Fazendo malabarismo
No farol com três bolas de tênis
Parou de jogar as bolas
Para o alto
Encostou-se à janela
De um BMW
E gentilmente perguntou
-Tio, posso fazer.
Um número de mágica
Pro senhor?
O motorista do BMW
Disse:
Primeiro, não sou seu tio.
Segundo não gosto de mágica.
Terceiro, desencosta do meu carro.
Pra não sujar!

O Pivete nem piscou
E falou pro motorista
Ai, Otário,
Passa o relógio
O celular, a carteira.
Os anéis o brinco
O cordão
E tudo rapidinho
Se fizer um movimento em falso
Descarrego o cano
E fez o motorista ver a pistola
Nem tente fechar a janela blindada
Te apago e ninguém me pega

E então vai ficar mais leve
Ou quer virar presunto
Bater as botas
Comer capim pela raiz?

O motorista entregou tudo
Que o pivete queria estava branco
Que nem papel sulfite

Ai o pivete agradeceu
Obrigado otário
Eu só queria fazer mágica
E você me obriga a roubar
Vai e nem olha pra trás
O farol abriu
Atravessei a rua
E fui à luta
ABittar

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Posso tudo

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Que o pensamento
É capaz de pensar

Posso tudo
Porque acredito na força
Que ele pode gerar

Acredito na força do amor
No perdão da cruz
No sangue de Jesus

Acredito que sou capaz
Pois perante o Pai
Somos todos iguais

Existem verdades
E verdades
Acredita quem quer acreditar

Tenho poucas palavras
Pra dizer
Porque tenho muito
Que aprender

Tenho dois ouvidos
E uma boca
Logo falo pouco
E ouço mais

Não sou escravo
E nem sou senhor
Respeito pra ser respeitado
Amo pra ser amado

Com poema e voz
Fronteiras não conheci
Não carrego bandeira
Pois acho besteira

Minha casa é a Terra
Tanto quanto posso ser
Sou livre e feliz
ABittar

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VIDA NOVA

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Chega!, de lembrar o passado
      E de suas relíquias costumeiras.
      Melhor, do que viver atinado,
      É desprezar das ruas as maneiras

      Que se nos enleiam como ofertas
      A desdenhar. e enfim descansar
      Ao sol e ter as portas bem abertas,
      A quem lá queira por fim entrar.

      Da minha boca só miles alegrias
      Eu farei notar, chega de desdém,
      E de trocar as noites pelos dias.

      O presente será a minha religião.
      O futuro esse nunca é de ninguém.
      Serei ponto assente e confirmação.

      Jorge Humberto

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Será?…!!!…. o, que soy ?

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Coloqué mi corazón  en la mano de ella
      con todo el amor y el contenido…
      Dudas, incertidumbre, inseguridades ,
      miedos… ahora me asolan…

      Será que fui eludido o me eludi,
      será que soy correspondido?
      Ven ,ahora esta abierto
      aqui bien en el fondo de mi pecho. 

      Qué hago sin mi corazón ,
      sin mi amor , ni el  amor de ella .
      Tengo aqui en mi mano
      mucha    angustia…y pura aflicción

      Sera que voy  a sentir otro dolor
      en el corazón ,  como una lesión …
      Sin remedios para dilucidar   será  el malefício de la duda…
      Ni la morfina aliviará ese dolor …

      Que tonto que soy…
      ella me ama.
      Será?…!!!
      ………………… afirmativo ?

      Joe’A

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Ame de verdade

Posted by amizadepoesia em Agosto 17, 2007

Quem ama para o outro é transparente
Quem ama, cuida da gente
Quem ama faz carinho na gente
Quem ama quer ser amado pela gente

O Amor faz a gente ficar forte
O Amor nos traz alegria e sorte
O Amor nos faz lutadores perseverantes
O Amor, sabe transigir e ser tolerante

Quem é amado fica iluminado
Quem é amado é compreendido
Quem é amado é pacifico
Quem é amado é gratificado

Saber amar é saber se dar
Saber amar é saber cuidar
Saber amar é saber afagar
Saber amar é saber aconchegar

É uma felicidade amar e ser amado
É uma dádiva amar e ser amado
É uma preciosidade amar e ser amado
Todos buscamos amar e ser amado

O Amor completa a vida e o coração
O Amor promove a Paz e a compreensão
O Amor preserva e mantém toda Criação
O Amor é poesia e também canção

Ame de verdade, é tão simples
com certeza será amado
partilhará da felicidade
E viverá de verdade…

Joe’A

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