Há, em mim, toda uma postura,
Desconcertante,
Que, durante,
A minha investida,
Revela em mim toda a altura,
Com que me fiz homem aqui,
De principio, meio e fim.
Para alguns sou indiferente,
Pois que não vou em conversas,
Ditas e relidas às avessas.
Minha poesia fala por mim,
E, se sou diferente,
É só o meu génio a manifestar-se,
Como devido comportar-se.
Inveja de muitos, neste mundo,
Do mais vale parecer-se,
Do que ser-se,
Sigo meu caminho sem algoz,
Neste panfleto infecundo,
Onde o que vale é a soberba
E um bom partido de esquerda.
Contrário a todas as religiões,
Acredito, sim, no homem,
Que muitos consomem,
Como coisa sua.
Ah, que resistam os corações,
E que eles saibam lutar,
Sem armas com que matar!
Afinal não sou só mais um,
Que a tudo diz que sim,
Para parecer melhor, enfim,
Quando não se quer mexer,
No estabelecido jejum
Que nos querem impor,
Sem qualquer pundonor.
Jorge Humberto