amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 4 de Dezembro, 2007

SOMBRAS DO ENTARDECER

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Sombras na alma ao entardecer;
ocaso de sonhos entediados. . .
no peito, o pagar dos pecados,
viuvez de quem, no amor não crê.

Sonhos perdidos nas curvas do tempo;
naufrágio de almas claudicantes. . .
Morticínio de amores infantes,
dissipados na força dos ventos.

Os mortiços olhos, enuviados,
coração inseguro, dormente,
a fugir,  nesta vida,  ao fado

Os fúlgidos raios do sol poente,
sombreiam o agora de passado,
hibernando no peito a semente.

Jorge Linhaça

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Uma canção

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Uma canção ao longe. Um rosto de criança
 um campo bucólico. A magia de um poema
a glória de um amanhecer 
a policromia de uma pintura
 um gesto de sacrifício
uma oração
 Há em toda criatura um recanto seguro
 através de algum desses convites naturais
 onde se sente se fala se ouve a Deus.
 Joanna de Ângelis 

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RESGATADO

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Quando te vi, pela primeira vez, não sabia de mim,
      E foste tu minha estrela guia, que me reorganizou.
      Como num repente, apaixonei-me, de mim para ti,
      E, desde logo, toda a minha vida passada, mudou.

      Não quis saber mais de espectros – ó dócil alecrim!
      E foi a tua subtil chegada do nada, que caracterizou
      A minha tendência suicida, buscando qualquer fim,
      Com palavras de sabedoria, a quem tanto procurou.

      Minhas veias, como roxas varizes, são testemunho,
      Do muito que nesta vida sofri, dormindo ao relento;
      Embora sem queixume, assim calado, frio em punho.

      Mas, tudo isso é passado, que não tem mais volta,
      Agora vivo o meu dia a dia contigo, teu doce alento,
      E tendo apenas, o nosso amor, livre e sem escolta.

      Jorge Humberto

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Que você me dê algo de você

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Que você me dê vida
Que você me dê pecado
Que você me dê confiança
Que você me dê fé
Que você me dê morte
Que você me dê sol
Que você me dê esperança
Que você me dê estrelas
Que você me dê corpo
Que você me dê espírito
Que você me dê inspiração
Que você me dê saudade
Que você me dê força
Que você me dê silêncio
Que você me dê harmonia
Que você me dê desejo
Que você me dê carne
Que você me dê sonho
Que você me dê algo de você

Carlos Assis

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PROPÓSITOS

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Todos temos um propósito, mau ou bom,
      O gesto nos dirá se fomos consequentes
      Ante o passo dado, a palavra de seu tom
      E se as pessoas, revelaram-se inerentes.

      A pressa é a inimiga da astuta perfeição,
      Ter um propósito não significa concórdia
      Útil é que o que nos é dado, traga razão,
      E não nos percamos, a meio à discórdia.

      Alto o pendão, ergamos as ferramentas,
      Saibamos que nem tudo é consistência,
      Que muitas causas, tornam ferrugentas.

      Porém o propósito mantém-se inalterável,
      E tudo cabe menos a virulenta desistência
      E de músculos e nervos se faz impagável.

      Jorge Humberto

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PENSATIVA

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Recostada, quase displicente.
      na poltrona surrada da vida,
      repousa a dama, pensativa,
      com olhar distante e silente.

      Sua alma meio entristecida,
      sonhos a pulsar em sua mente,
      – a razão a dizer diferente –
      divergências subversivas.

      No éter navega, o pensamento,
      galáxias de luz e pura magia,
      o sol brilhante no firmamento

      Pensativa, a luz a alumia,
      a alma reveste-se de alento:
      Amanhã será um novo dia.

 Jorge Linhaça

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Quando os dias nos impedem de pensar:

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

     Os dias vividos entre máquinas e as massas,  os vividos entre mil atrações, os dias vividos em triunfos, aqueles em que nos encontramos sob a luz dos holofotes, e que fomos o centro das atenções, os dias nos quais podiamos ser chamados reis, ou rainhas.
      Vêm outros dias, com dores, tensões, dias de derrotas, de lutas nas quais nosso corpo se extenua e temos que reunir forças para caminhar.
      E existem os dias nos quais nos sentimos pior, se não entendermos para que servem, os dias de  solidão.
      Mas são dias bons, eles nos proporcionam  a  oportunidade de pensar, de analisar o que ocorre conosco.
      Muitas vezes achávamos necessitar deste dia, de tirar um dia pra reflexão,  para medir nossos atos e atitudes, mas todos os acontecimentos acima impediram que este dia viesse.
      E, de repente,  a vida nos dá este dia, e como podemos tendo esta oportunidade apenas pensar: “estou só?”
      Neste dia teremos a oportunidade de rever quanta coisa boas nos aconteceram, de descobrir que ao final elas superaram as que nos deixaram tristes, que muita coisa boa ainda virá, esta solidão em nada nos atingirá, é apenas o momento de compreendermos que existe uma linda vida pela frente, que as coisas boas continuarão acontecendo, o momento de exercitar nossa fé, o momento de esperar as bênçãos que estão por vir; e,  virão!
      Estas bênçãos cairão sobre nós como o orvalho no deserto escaldante, onde realmente é necessário, nos mostrará que em pouco  mudavam nossas vidas quando caiam na temperatura amena.
      Este momento vai nos ensinar o valor de coisas que antes não considerávamos importantes e nos mostrar que somos felizes, apenas não havíamos descoberto isto, que os percalços existem, mas não podem; realmente; tirar a serenidade daqueles que têm em si o amor de Deus.
      texto baseado no livro Mananciais no Deserto.

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HOJE EU TE VI PASSAR

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Por mera obra do acaso, tive hoje uma melancólica lembrança do passado, ao cruzar com uma figura triste, com a expressão de quem já desceu quase todos os degraus da vida, chegando naquele ponto de onde não mais existe volta.  Apenas uma saída.  A porta para o Além.
      Seu porte, outrora altaneiro, de moça fina, de família de recursos, estava alquebrado, vencido pela vida desregrada, pelo uso de drogas, pelo fumo, pelas bebidas… Enfim, o verdadeiro fim da picada. O quadro desenhado no tango “Esta Noche me Emborracho”.
      Não consegui fugir das recordações que me assaltaram a mente.
      E pensar que muito a amei.  E lembrar os doces momentos que passamos juntos.  Como doem essas recordações. E a busca das explicações, como se para a vida explicações houvessem.  Simplesmente certos fatos acabam acontecendo porque acontecem.
      Éramos namorados.  Para a época, nosso namoro era muito avançado.  Não tínhamos limite para nossas intimidades.  E foi essa liberdade, ou melhor, essa liberalidade que causou tudo.
      E aquele baile de formatura.  Triste baile.
      Ela queria ir sozinha.  Não me queria naquela noite, depois vim a saber o porquê.  Quando descobri, saí a campo para arrumar um convite.  Queria surpreendê-la, e o consegui.
      Não esqueço sua expressão de surpresa quando me viu entrando no salão, impecável em meu smoking alugado. Sorriu-me.  Magoado, fiz que não a vi, e comecei a dançar com outras, fazendo par constante com uma moça que conhecera lá.  Reparei que ela não dançava com ninguém, e apenas me olhava.
      Apenas no fim do baile, empertiguei-me e fui tirá-la… Ela, olhando tristemente, recusou-me e saiu… Nunca mais a vi… Fiquei muito ofendido com a recusa, e não a procurei mais.
      Depois vim a saber dos fatos.  Ela estava suspeitando estar grávida, e queria conversar com algumas amigas para ter certeza.  Quando soube, uma das amigas disse-lhe que eu não mais a procurava porque estava sabendo de tudo, e não queria saber mais dela, por estar grávida.  Bela amiga… Desesperada, e com vergonha de encarar seus pais, fugiu de casa e caiu no mundo… e na vida.
      Nunca mais soube dela, e essa mesma amiga me disse que ela havia fugido com um namorado.  Jamais soube o que realmente aconteceu.  E tampouco procurei saber.
      Apenas a reconheci naquela noite, porque sempre a tive em um cantinho da memória.  Seus olhos eram inesquecíveis, bem negros, brilhantes, fogosos.  Negros ainda estavam, mas o brilho, o fogo, completamente apagados.  Chorei muito, perdido nas recordações, e em como podem ser estranhos os rumos de nossa vida.  Amamo-nos, porém a vida nos separou, ela seguiu por um rumo, e eu por outro.  Poderia ter sido diferente?   Claro, se ela tivesse me dito tudo, ou se eu tivesse confiado mais, ou mesmo  se ambos não tivéssemos sido tão orgulhosos, cada qual julgando-se magoado, assumindo postura de vítima, e, principalmente, se aquela amiga não tivesse sido tão “amiga”…
      Enfim, coisas da vida, que nos prega peças as mais loucas possíveis.
      Seu nome? É lembrança. Lembrança daquilo que poderia ter sido, daquilo em que se transformou.
      Bem crianças, ouvi esta história em um desses papos de botequim, quando alguém precisa falar, e alguém gosta de ouvir, para contar depois.
      Nomes? Para que? Quantos de nós conhecemos muitas histórias semelhantes, em que tristes fatos acontecem, em que vidas podem ser destruídas, apenas porque não houve um melhor entendimento.  Em que as pessoas se deixam levar pelo orgulho, pela vaidade.  Quando se prefere ouvir inverdades, porque a verdade talvez nos incomode.
      A história desses dois poderia ter sido muito diferente.  Apenas coisas do destino?  Não creio que se possa atribuir ao destino certas falhas de nossa personalidade.
      Sinceramente, espero que a história de duas almas sofredoras possa servir como alerta, lembrando que a melhor maneira de se dirimir dúvidas, é através do diálogo.  Conversando é que se entende, ou não… Mas de qualquer maneira chega-se a melhores conclusões.

 Marcial Salaverry

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Filosofia do meio…

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Corpo desejado….com paixão,
é desejo,é libido é vicio…
corpo curtido saboreado…
em deleite… luxuria oral, posse… tesão…

de preliminares..a extrema sensação
de prazer…dos sentidos..da carne em fusão
diversidade de amores..a saciar…a insaciavel
fome carnal…banal…

de corpo alimentado em alma vazia
profusão de sensações…aridez de sentimentos
em alma que mais e mais  esvazia…
que procura..que anseia…vibrar em orgasmos

tanto da paixão quanto do amor
luxuria de corpos em abraços dos sentimentos
do namorar, nao simplesmente copular
mas do saborear , do sentir…do fazer amor

corpos prenchidos. almas atendidas…
fundidas…acoplados…sintonizados…
dança da paixao…compassadas..
em prazer..em realização…

Joe’A

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A Felicidade nao está nem no passado nem no futuro, está no agora, no presente.

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

A coisa mais facil,
Equivocar-se.

O obstáculo maior,
O medo.

O erro maior,
Abandonar-se.

A Raiz de todos os males,
O egoísmo.

A mais bela distração,
O Trabalho.

A pior derrota derrota,
O desanimo.

Os melhores professores,
As crianças.

A primeira necessidade,
Comunicar-se.

O que nos torna mais felizes,
Ser util aos demais.

O maior mistério,
A morte.

O Pior defeito,
O mal humor.

A pessoa mais perigosa,
A mentirosa.

A m aior satisfação,
O dever cumprido.

O pior dos sentimentos,
O rancor.

O melhor remédio,
o otimismo.

O mais belo presente,
O perdão.

A defesa mais eficaz,
O sorriso.

O imprescindivel,
O lar.

A rota mais rápida,
O caminho correto.

A sensação mais grata,
A paz interior.

A força mais poderosa do mundo,
A Fé.

As pessoas mais necessárias,
os pais.

A coisa mais bela de todas,
O amor.

 

                                Madre Teresa de Calcuta

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Dezembrei

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Porque você é uma pequena menina e tem um sorriso doce e luminoso que só as
crianças ousam ter, bem mais que isso, porque faz do seu olhar curioso e da
sua brandura a arma mais poderosa contra a descrença, eu lhe peço: Enfeita o
meu pinheiro, não com bolas de ocasião, mas com as da coragem de seguir e
pensar que nada foi em vão. Ah! É natal? Tem Papai Noel?

 Finalmente dezembrei outra vez.
Rosa Pena

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Correntes do céu

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Talvez as linhas sejam prisões
De coisas que não precisam ser ditas
A panela da imaginação mistura os ingredientes
Num proporção CONFUSA
A aceitação das asas presa as costas

Dentro das frases tudo é dolorido
Rochas em forma de anéis
Zéus lembrando Prometeu
Do seu castigo
Da sua condição inferior

No balanço dos barcos
O mar é o refúgio
De pescadores amaldiçoados pela sorte
Sol e sal torturam estas pessoas
Que foram abandonadas por seus amores

Tubarões vivem nos corais
Nadando por entre merguladores
Num filme da National Geografic
A coreografia da dança da morte
Dentes que estalam os ossos

O nada dentro do nada
Uma floresta de algas protegendo os peixes
Creia, existem tantos perigos
Alucinações em estado de euforia sexual
O amor se afoga dentro do aquário

Sem liberdade e entrega da alma
Os caminhos são interrompidos
Por barreiras caóticas
Margaridas jamais serão orquídeas
Sapos nunca terão voos de acasalamento

A rosa não é a minha namorada
A paixão é a única coisa real nesta vida
A proclamação do espírito
Ante a degradação inevitável da carne
A força do desejo sobre a linguagem

Respondo: Quem me deixou assim foi você
A ausência de um mundo melhor
A metade de um quadrado é outro quadrado
A perfeição de Deus espelhada na mulher
O fracasso da criação no ser chamado homem

Carlos Assis

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O UNICÓRNIO

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Entre cascatas de diamantes
galopando ao encontro do vento
desejando as estrelas do céu
como asas tivesse para voar…
Vai o mágico ser, chifre brilhante,
materializando os pensamentos,
– no peito o ardor de um fogaréu-
Belo unicórnio, no campo a sonhar.

Entre as verdejantes matas,
das florestas densas da fantasia,
aspira o perfume das flores,
trota fácil em nuvens de algodão.
No seu peito o som de mil sonatas,
e esperança plena nas utopias,
carrega arco-íris multicores,
pintados em afrescos no seu coração.

Jorge Linhaça

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Mãos

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Eu amo essas ásperas mãos calejadas

daqueles que tratam e cavam a terra

e ganham o pão, o sustento, que encerra

trabalho e suor, manejando as enxadas.

 

Eu amo as mãos santas das almas cansadas

na dura labuta a que o homem se aferra.

E odeio essas mãos que promovem a guerra,

constroem canhões e disparam granadas.

 

Eu amo as mãos postas erguidas em prece,

num gesto bendito de amor que enternece,

que enxugam o pranto e minoram a dor.

 

Eu amo as mãos ternas que fazem carinhos,

que mimam crianças, que amparam velhinhos,

e tudo o que fazem são obras de amor!

 

 

Francisco dos Santos

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PATER NOSTRO

Posted by amizadepoesia em Dezembro 4, 2007

Na rústica morada de chão batido
      pai e filho em completa integração,
       velas a iluminar a sua habitação,
      plenamente em amor imbuídos…

      Um anjo, vela pela sua segurança,
      conforta, ampara e dá-lhes alento,
      minora-lhes as dores e sofrimentos,
      enche-lhes o peito de esperança.

      Na humilde morada, luxo não existe,
      o material não é tão importante:
      mas nesse lar é o amor que persiste

      passado de mão em mão, adiante,
      pois a sua real virtude consiste,
      em estender a mão ao seu semelhante.

Jorge Linhaça

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