amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 10 de Fevereiro, 2008

TEXTO IRRETOCÁVEL

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço.
O amor comeu meus cartões de visita.
O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas.
O amor comeu metros e metros de gravatas.
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus.
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas.
Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X.
Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia.
Comeu em meus livros de prosa as citações em verso.
Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha,
escovas, tesouras de unhas, canivete.
Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios:
meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro,
o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa.
Bebeu a água dos copos e das quartinhas.
Comeu o pão de propósito escondido.
Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara
a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta,
cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas.
O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros,
mordia o lápis, andava na rua chutando pedras.
Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo,
com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher,
sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade.
Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré.
Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares,
cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés.
Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia.
Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas.
Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as
linhas de minha mão asseguravam.
Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta.
Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em
volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra.
Meu dia e minha noite.
Meu inverno e meu verão.
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
João Cabral de Melo Neto

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O silêncio de uma mulher

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Faz o mundo
Girar ao contrário
 
Alquimistas nos porões trancados
Criados correm em direção a Colônia
Pontes de cristal sobre rios de mercúrio
 
Jogos de cavalaria
Castelos em ruinas
Festivais bizarros
 
Longinus caminha ao panteão
Santo graal em livro
Pedra filosofal
 
Lanças e espadas se partem
Olhos na barriga do Odin
Guerras medievais
 
Cem anos em cem anos
Lenço de Íris
A pedra da lua
 
Santo graal
Pedra Filosofal
Damas de companhia
 
Jogos de cavalaria
Festivais bizarros
O terceiro olho
 
Faz o mundo
Girar ao contrário
Druidas e a Dama do Lago
 
Ocultam o que não sei dizer
Merlim medita no túmulo
O silêncio de uma mulher
 
Carlos Assis

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Borboletas

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Dê o que você tem de melhor e a vida lhe retribuirá!

Muitas vezes, passamos um longo tempo de nossas vidas correndo desesperadamente atrás de algo que desejamos, seja um amor, um emprego, uma amizade, uma casa, etc. Muitas vezes, a vida usa símbolos, acontecimentos que são sinais para que possamos entender que, antes de merecermos aquilo que desejamos, precisamos aprender algo importante, precisamos estar prontos e maduros para viver determinadas situações.

Se isso está acontecendo na sua vida, pare e reflita sobre a seguinte frase:

Não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim e elas virão até você!

Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que esse fluxo é perfeito. Tudo acontece nos seu devido tempo. Nós, seres humanos, é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo “empurrar o rio”. O rio vai sozinho, obedecendo o ritmo da natureza. Se passarmos todo o tempo desejando borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão. Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, a transformar o nosso espaço (a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável – as borboletas virão até nós!

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PARA UMA LINDA NOITE

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

 
 
Receba meu beijo demorado,
e meu carinho completado,
dando vida ao amor,
e com amor pela vida…
Vida que continua,
quando te vejo nua,
linda, à luz da lua,
esperando-me para o amor…
Amor que nos torna amantes
à luz de estrelas brilhantes,
que ficam faiscantes,
iluminando este amor…
 
Marcial Salaverry

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Quando vem o amor

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Quando chega o amor
tudo ganha vida
tudo ganha cor
tudo tem novo sabor
 
Nos olhos novo brilho
nos lábios novo sorriso
o coração palpita
a face se enfeita
 
o corpo saltita
a alma canta
tudo encanta
a alegria contagia, é tanta
 
que a todos inebria
com tanta essência
um mundo de fantasia
de paz e harmonia
 
Arco íris em todos horizontes
multicolores flores nos campos
azul celestial no firmamento
a noite bordada de estrelas
 
A madrugada povoada de sonhos
sonhos coloridos, perfumados
de exuberantes desejos
Amar, o amor que chegou
 
Que o coração acariciou
que a alma afagou
que o prazer pleno realizou
Assim,  chega o amor
Joe’A

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UNA MANANA CON EL POETA

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Algunas mananas claras recuerdan el nuevo dia
                  Y los azules de algodon, son como folio,
                  Donde transitasemos, al negro y blanco
                  De la lluvia mundana o leve, leve llanto.

                  Despues, en una hoja toda alva, serventia
                  Le daríamos, en el final tendríamos galeria,
                  Para exponer a obra, que, con tal espanto
                  Nos llevo allí el sudor de nuestro encanto.

                  Y asi va  siguiendo la rutina del poeta
                  Que, sin algoz es el arma que espoleta
                  En la creacion mayor que su alma conduce.

                  Y, viendo aproximarse, su dócil musa,
                  Le hace galantearlo y luego pide oscusa
                  Para continuar su obra, que aun reluce.

                  Jorge Humberto

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Calor e Frio

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Devolva-me, do luto, o frio
e, da lida , que eu recorde
o calor do teu regaço
em  cio, rio em cicio
 no  acordo de um acorde.

Para a vida, Deus me acorde
a um segundo do forte…
…Fraquejo, solidão de morte,
lápide, duro abraço…

Elane Tomich

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O TEMPO DE CADA UM

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Nos julgamos, dos outros, possuidores do tempo,
            De suas coisas e afazeres, sua bem distinta vida,
            Esquecendo aqui também, in gran parte indevida,
            Que o tempo, é de cada um, sobrando-lhe alento.

            Se te esqueces de cumprir com os demais, calas,
            Se pelo contrário são os outros que acaso tardam
            Logo exigências lhes cumpres: os olhos te ardam
            Se assim não é como te digo nestas minhas falas.

            Então não cuspas para o ar pode cair-te em cima!
            Todos nós temos o nosso próprio ritmo, costumes
            Que vêm de trás, e o menino vinha por nós acima.

            Temos de aprender a honrar o tempo de cada um,
            Dar um nó na nossa prepotência esquecer ciúmes
            E, assim, quando não, seremos todos ou nenhum.

            Jorge Humberto

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Mas eu sou homem

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

As ruas estão repletas de sábios
Caminham olhando para as nuvens
Conversando sozinhos
Muitos falam alto
Mas o que sabem
Sobre os mistérios gloriosos da vida

Os desertos estão cheios de profetas
Tolos comendo areia
Enquanto o tempo canta
Cada pessoa tem um destino
Não importa se isto é casual
Ou algo divino

As escolhas que aceitamos
Encontros e desencontros
São fatos apenas
Carregamos pesos ,fardos, lembranças
Sangue, herança, tradição
Por isto somos seres únicos

Mas eu sou homem
Não preciso dar desculpas
Do que faço
Vivo entre erros e acertos
Ninguém tem nada com isto
A esperança é a filha perfeita

A sociedade e a natureza
Impõem algumas regras
Que aceitamos por enquanto
Não procuramos problemas
Acidentes e desgraças
Elas que nos buscam

A razão e o sentimento
Cabem nestes corações
Cheios de ilusões e luz
Lutamos pela paz
Tentamos compreender a escuridão
Estudamos o universo

A eternidade espera
Tememos céus e terra
Deixamos exemplos claros
Tudo esta escrito
No espirito que nos rodeia
Neste mundo ou no outro

Mas eu sou homem
Não preciso dar desculpas
Do que faço
Vivo entre erros e acertos
Ninguém tem nada com isto
A esperança é a filha perfeita

Carlos Assis

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LUZ DE MI VIDA

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

 Luz de mi vida, mi amor, encarnado
      En tu ser, que me hace asi apasionado
      En êxtasis me dejas en total humildad
      Y yo soy tu todo entrega a tu verdad

      No hay alejado, que quien estará a tu lado
      Ante ti, y lo mas que fueras, sea comparado
      Porque tu, mujer, eres esencia, lealtad
      Y, de todo lo que existe, la grata realidad

      Poso mis manos en las tuyas, ruego amor
      La aprieto, junto al corazon, las dispongo
      En cruz, sintiendo, de mi cuerpo, el calor

      Todo el  propósito mio eres tu, sutil manana
      Que, en las dulces al alburas, luego las expongo
      Al rocio, que reviste las hojas como lã

      Jorge Humberto

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LA DANZA DE LOS CISNES

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

En un cristalino lago cisnes representan,
En semicírculos una danza apasionada
Llevando que los amantes que ostentan,
En los bellos jardines el credo de su amada

Presten mas atencion, a quien representan
Aquella como, por ellos, la mas cuidada,
Con todo el amor, con que se lamentan
Si ella no está a su espera a su llegada.

El amor tiene dos caras y merece aprecio,
Algunas veces el cuidar bien no es lo suficiente,
Porque quien ostenta juzga suyo la direccion.

Otras, el cuidar menos bien, sólo interviene,
Si quien es sojusgado, lo es estrictamente
Riguroso, afirmandose como aqui alguien.

Jorge Humberto

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Flores,folhas e frutos

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Uma árvore se desfaz
Daquilo desnecessário
O que não é essencial
Uma árvore se desfaz

Não carrega peso demais
Por isto guarda no coração
Apenas a alegria do viver
E lembranças do amor!

Carlos Assis

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Amor transcendental

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Yo tengo el viento, tengo el sol, yo tengo el mar
 yo tengo la naturalez ,
y toda su pujante belleza

Yo veo ,oigo y hablo
Yo temgo vida   en todos los sentidos 
Pueden  aprisionarme y puedo perder
el viento, el sol y el mar,
asi como no poder apreciar
toda la belleza de la  Naturaleza

Pueden   mutilarme
y yo perder los sentidos
de oir, el habla ,el tacto

 y no poder  ver.

Pueden sacarme la vida
mi corazón dejará de latir …dejaré de respirar
y no perteneceré más a este mundo 

Mas núnca , núnca , ninguno me va poder
 podar, controlar o matar,mis pensamientos
Ellos pertencen, a mi esencia, a mi alma, a mi Ser…
Mi amor es  eterno, ninguno me podrá impedir núnca …
Amarte …
(c)Joe’A

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TE AMO

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Eu sei como doi
                voce ter a alma no peito
                e a presença distante
                em corpo sonhado desejado

                Amor platonico
                não materializado
                morto sem corpo
                flor sem perfume

                Sensação sem calor
                emoção sem fato
                musica sem sons
                amor sem o fogo da paixão

                è a paixão distante
                que nao pode ser presente
                doi como um corte na alma da gente
                sangra um coração com tesão

                É o peito que bate sem vibração
                Um mar sem ondas nem espumas
                Nuvem que nao contem chuva
                aguas que não matam a sede

                Uma dor que dilacera o coração
                que esvazia o peito..um buraco
                impossivel de ser desfeito
                Um amor incandescente, sem lavas…sem vulcão

                JOE’ A

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AMOR PRESENTE,CALOR AUSENTE

Posted by amizadepoesia em Fevereiro 10, 2008

Oh! poeta,onde está o calor do seu corpo
                que deveria ser meu,que assim estava escrito.
                Sei que me téns de alma,também tenho a sua.
                Mas e seu calor?seus beijos e seu amor?

                Amor paixão,amor tesão.,amor total.
                Poeta! amo sua alma,porque sei
                o que vai nela,sei que faço parte dela.
                E você está da mesma forma na minha.

                Olho você,sua foto,sinto você.
                A me acarinhar,a me dizer palavras lindas.
                A dizer:Mônica meu bem,você é linda.
                Téns uma alma como poucos.

                Que mais quero?entrar na sua vida,
                Destruir tudo que com anos foi
                conquistado?não tenho o direito.
                Tenho sim,o direito de te amar.

 Mônica Freitas.

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