amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 12 de Maio, 2008

Desejo Doce

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Um desejo doce
de  mim se apodera;
ganhar um real beijo.
Ah! Quem me dera!

Deitada na relva,
estou a sonhar;
Com os ypês coloridos
de um lindo lugar.

E os passarinhos
alegres em farra,
voltam aos seus ninhos
com alegre algazarra.

Queria ser a  princesa
não fugitiva
do teu abraço apertado.
Ser cativa
dos teus beijos molhados,
ao cair da tarde,
debaixo do caramanchão
de alegres primaveras.

Em teus olhos de mel
vejo a ternura
despida.
Toda a candura
envolvida.
A emoção despertada,
numa gostosura
consentida.

Do teu corpo forte,
pressinto o perfume
de viril consorte.
Pleno de lume
de sul a norte
e jamais passarias por mim,
incólume!

Neste doce desejo
que assim desabrochou,
não sinto nenhum pejo
Pois faminta estou
do teu sutil manejo,
que logo me conquistou.

Seja quando for,
como for,
onde for,
que este doce desejo
continue a aquecer
os nossos corações
em festa!

Que seja suave
como a fresca brisa.
Que seja doce
como o mais puro mel.
Que seja eterno,
quanto o tempo amigo.

Que seja alvissareiro,
trazendo para os nossos dias,
o frescor da juventude.

Que não nos faça prisioneiros,
da posse desmedida,
nem do ciúme incontido.

Que nesta envelhescência,
nossos melhores sentimentos,
sejam em sua essência,
do mais puro Amor!

Que a Amizade que nos uniu,
abra as portas sempre
para a Cumplicidade e Felicidade!

E que nossos maiores sonhos,
sejam aqueles
que tragam um doce alento
aos nossos dias.

Bem me Queres?
Eu te Quero!
E neste querer embalo os dias
com um papel salpicado
de estrelas cadentes.

E trazes o laço que prende
meu coração junto ao teu.
Agora não mais sozinha,
viajo junto com você!

Por terras nunca navegadas,
por faróis no meio da madrugada,
por montanhas de açúcar
que adoçam o nosso
maior desejo:
Um doce beijo ao cair da tarde,
na varanda, sem alarde!!!

Guida Linhares

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Amor é fogo que arde sem se ver

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor? 

Luís Vaz de Camões

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A Flor e a Fonte

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

  “Deixa-me, fonte!” Dizia
              A flor, tonta de terror. 
              E a fonte, sonora e fria,
              Cantava, levando a flor.
             
              
              “Deixa-me, deixa-me, fonte!”
              Dizia a flor a chorar:
              “Eu fui nascida no monte…
              “Não me leves para o mar”.
             
              E a fonte, rápida e fria,
              Com um sussurro zombador,
              Por sobre a areia corria,
              Corria levando a flor.

              “Ai, balanços do meu galho,
              “Balanços do berço meu;
              “Ai, claras gotas de orvalho
              “Caídas do azul do céu!…

              Chorava a flor, e gemia,
              Branca, branca de terror,
              E a fonte, sonora e fria
              Rolava levando a flor.

             
              “Adeus, sombra das ramadas,
              “Cantigas do rouxinol;
              “Ai, festa das madrugadas,
              “Doçuras do pôr do sol;
             
              “Carícia das brisas leves
              “Que abrem rasgões de luar…
              “Fonte, fonte, não me leves,
              “Não me leves para o mar!…”

              As correntezas da vida
              E os restos do meu amor
              Resvalam numa descida
              Como a da fonte e da flor…

 Vicente de Carvalho   

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Feliz Recordação

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Na lembrança vejo a menina,
  que descalça,  na terra corria,
  em seu reino a pequenina,
  como doce princesa vivia!

  Eram tamanhos os sonhos,
  que povoavam a sua mente,
  que os seus olhos risonhos,
  encantavam muita gente!

  E então essa gente trazia,
  pra menina toda prosa,
  brinquedos e fantasia,
  de uma vida cor de rosa!

  Mas o tempo foi escoando,
  e a menina, mulher se tornou
  e dos sonhos relembrando,
  uma lágrima então brotou!

  A lágrima das saudades,
  do seu primeiro grande amor
  que cedo partiu ao Hades,
  chamado pelo grande Senhor!

  Com o pai aprendeu a amar
  a todas as criaturas do céu,
  da terra, da água e do ar,
  do jeito como ele escrevia ao léu,
  nas longo das noites, a meditar.

  Se estivesse ainda vivo, não seria anônimo.
  Seus textos na Net estariam circulando.
  Negroli era o seu pseudônimo.
  Estaria a todos encantando.

  Mas no girar das estações,
  sempre fica uma ferida,
  dos caminhos e ilusões,
  que entrelaçam toda a vida.

  E num átimo de segundo,
  da singela e feliz recordação,
  abro a janela do mundo,
  partilhando a saudosa emoção!

  MagAbreu

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Destino

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

o que é, de cada ser,  o seu destino?

rota marcada por ente superior

religiosos bradarão…

um determinismo genético infalível

responderão os céticos

eu desconfio

apenas o trilhar, de cada qual,

o seu  próprio caminho

num espaço de tempo disponível

vivendo uma vida que é possível

dotando-a de sonhos e quimeras

desviar por atalhos de tal sorte

que possa ir driblando

o encontro com a morte

e esse ocorre, eu suponho,

não é com o eterno

e derradeiro sono

mas quando o desencanto

o cobre com seu manto,

 determina e o ser afirma:

Não mais sonho!

Gui Oliva

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RASGANDO O CÉU

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Rasgo o céu, na ponta dos meus dedos.
      liberto o mar aprisionado
      e ao sol em crepúsculo guardado,
      irrigando o deserto do medos.

      A terra ressecada do degredo,
      recebe ao licor abençoado,
      singra, o mar, o navio encalhado,
      nestes versos que agora concebo.

      Não há vida sem água, tenho sede,
      sede dos vinhos da minh’emoção.
      Neste mar me perdi em tua rede,

      qual o peixe pescado n’arrastão.
      Hoje rompo, dos céus, suas paredes,
      viajo pelo mar da ilusão.
Jorge Linhaça

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QUANDO ESCREVES

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Quando escreves libertas a alma,
      deixas a luz fluir plena em teu corpo.
      Quando escreves retomas a calma,
      revives o sentir que achavas morto.

      Se nos versos teu ser se espalma,
      soltas da garganta teu grito rouco,
      teu espírito assim se acalma,
      não sentes as angústias tampouco.

      Quando escreves, descreves desejos,
      dizes dos teus anseios, esperanças,
      da vontade que tens de doces beijos

      Espraias da tua alma a pujança,
      como anjos a tocar em harpejos,
      a alma livre de uma criança.

Jorge Linhaça

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Para sempre

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.

 

Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

– mistério profundo –

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

 

Carlos Drummond de Andrade

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MÃE, SINÔNIMO DE AMOR…

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Alem do horizonte, incólumes,

Estão desfraldadas as frações do tempo

Que por ti, foram passando, marcando tua face,

Sem que afetasse tua alma, que dos anjos,

Empestou a bondade, a lealdade,

A ternura, que te fizeram grande…

Vistas ao presente, por onde caminhas

 Com passos lentos, já cansados!…

Um parecer de perdas,

Conseqüência das verdades,

De que foram compostas as horas,

Os dias que esgotaram tua juventude,

Roubaram o frescor da imagem,

Que um dia, aos olhos, no vigor dos anos,

Encantou por sua beleza e distinção…

Enganos, o tempo passou, é certo,

Mas não te roubaram a essência, a coragem,

O discernimento de ser mulher vaidosa,

De ser mãe, amorosa, abnegada!…

De ser gente, que é gente, humana…

Aquela que tem uma vida para contar,

Uma história escrita com o esforço

Das próprias mãos,

E, que esse mesmo tempo, fez superior,

Sábia por excelência do conhecimento,

Experiências pela vivência,

Pelo interesse singular da Educadora,

Que guiou meus paços e de tantos outros,

Que ao longo do caminho

Vieram ter contigo, buscando o futuro,

Que para nós era crescer na esperança

E para ti, o dever cumprido, com amor…

Minha mãe, meu orgulho, meu amor,

Que o tempo, independente das marcas,

Fez mais bela, mais amorosa, mais sábia!…

Guerreira!…Exemplo de ser humano…

Deus permita que ainda, por muitos anos

Eu possa te abraçar, te desejar:

Mãezinha, felicidade no teu dia!…

Dia das mães… Maio de 2008,

abençoados por teus 84 anos…

Mamãe, tanto te amo, tanto devo

A ti, que tudo fez por mim, que o tudo

 Ainda será pouco para eu te recompensar…

Ainda assim te peço mais mamãe!…

Fique comigo mais e mais anos

Para eu poder te abraçar e te amar…

 

Deus te conserve e abençoe minha mãe!…

Deus abençoe todas as mães e filhos neste dia…

Carmen Ortiz Cristal

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MANHÃS

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Manhãs indefinidas,
O Cisne de Tuonela
Vagueia na alma.
O vento está enigmático.

Manhãs sem sol,
Nem definição de vida,
Esparsas lembranças,
Atiçam o burlar deveres.

Manhãs molengas,
Somos todos interioridade,
Lembranças do ignoto
Sem alegria ou tristeza.

Manhãs brumosas
O céu indefinido.
Nenhuma cor predomina
Na alma estapafúrdia.

Manhãs ganhoperdidas
Na falta de vontade
E um torpor com algo de delícia
Pacifica a imposição do poema

Manhãs serenas
Nem preguiça nem ações
Espaço da alma em preparo,
Sem recados, alusões ou deveres.

Manhãs sorrateiras,
O bem e o mal em silêncio.
Uma dor que alivia
O susto de existir.
ARTUR DA TÁVOLA

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LIMBO

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Não, lá não tem telefone!
A estrada acaba em reta,
a música é de gramofone,
saída pequena e incerta
onde o adeus se aperta
num silêncio de renome.

Há mais janelas que portas.
Do mundo, imprecisa notícia,
assunto vago, não importa…
Há uma bruma propícia,
que encoberta o passado
trazendo idéias tortas
a um tempo pré-datado.

Não há caixa de correio.
Num espelho emoldurado,
futuro partido ao meio.

Um pouco dele é presente,
o resto é pura vigília
de flores de buganvília.
Ali a mentira não agita
aquilo que à carne grita
num resto de terra aderente

Na casa desta charada
onde sorriu-me o sorriso
um anjo de asa quebrada
sem um pingo de juízo,
conduziu-me em travessia
à chegada da saída,
onde o medo se esvazia!

Não sei se é o que esqueço
dentro da minha saudade!
Algo em mim sabe o endereço
da minha perplexidade
Canta a ave do sono, insone,
a brisa sopra reticente,
desculpe! Esqueci meu nome,
mas acho que era Gente.
Elane Tomich

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CONTRATEMPO

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

  Caso de amor é quase sempre assim,
      vai mudando com o passar do tempo,
      enquanto um chora o outro sorri,
      quando se perde o tal sentimento.

      “Coisas da vida” : diria o poeta,
      enquanto no peito fere o espinho,
      mas a poesia não é tão concreta
      vagueia por delicados caminhos.

      Quem não teve um amor já perdido
      não sabe o que isso quer dizer,
      o quanto o peito se fecha ferido,

      O quanto permanece o querer
      nas fímbrias do coração escondido
      querendo morrer, querendo viver

      Jorge Linhaça

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CONTRATEMPO…

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Que amor é este que surpreende?
      Que descompasso, quanta agonia!
      Certo é, que o amor ninguém entende
      E se opõe à razão com rebeldia…

      Quem acalma este inquieto coração
      aflito, sufocado de emoção?
      E ri de mim, o desalmado!
      Melhor que eu, sabe o que quer,
      Por quem palpita… afogueado!
      Bate apressado, bate ligeiro,
      Num rodopio dentro de mim
      Faz o que quer, o desordeiro,
      Numa balbúrdia que não tem fim
      Pois sempre soube por quem pulsava,
      De minha espera, ria e zombava.

      Fugiu de mim, o bandoleiro
      E noutro peito, muito mansinho,
      Fez a morada mais que ligeiro…
      Aconchegou-se em outro ninho.

      Faz tanto tempo te conhecia,
      Que antes de mim (que ironia),
      Apaixonou-se. Te amou primeiro!

      Sylvia Cohin

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MÃE DE TODOS

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Oh majestosa mãe do amor!…

            receba em teu coração as lágrimas dos filhos

            que agora choram pela ausência de suas mães…

            Oh senhora da luz!…

            Dê ao coração dos humanos

            a luz do reencontro da fé…

            Oh senhora do perdão!…

            Perdoai aos humanos que se distanciam do amor ao próximo.

            devolva aos corações a esperança,

            faça com que o sol brilhe a todos,

             nossas terras continuem a nos oferecer alimentos;

            os governantes sejam tomados pelo espírito da decência,

            que possamos olhar para as nações e ver o amor entrelaçar,

            que os homens não disputem por aquilo que não lhes pertença,

            aprendam a tempo dividir tudo que possuam.

            Ah senhora do aconchego

            receba em teu colo o doente, retira-lhe a dor,

            devolva-lhe a esperança

            faça com que o sorriso volte as faces,

            que haja paz na terra.

            Deus não seja mais disputado entre crenças,

            a tempo o homem perceba

            Que Deus é Pai de todos, o mesmo Pai, o mesmo!

            Abençoe todos os ventres a espera de novas vidas

            e que dentro venham brotar seres dotados de luz,

            para dar continuidade a grande obra de teu filho.

            Ah querida mãe…

            Consola meu peito que dói como muitos pela dor da separação,

            Entregue a minha mãe e a todas a teu lado

            as rosas que nos, os filhos, hoje oferecemos.

            Bendita sejas tu mãe de todos!…

            

            Paulo Nunes Junior

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A MÁSCARA DO SENTIMENTO

Posted by amizadepoesia em Maio 12, 2008

Quantas vezes mascaramos nossos sentimentos,
      fingimos não amar ou não dar importância,
      nos convencemos de nossa própria jactância,
      e deixamo-nos adormecer na névoa do tempo.

      Deixamos de sentir com sincera constância,
      deixamos o amor solto qual pipa ao vento,
      preso por uma linha tênue de frágil alento,
      por causa de nossa tão estúpida relutância.

      Mas a alma nos cobra em sua pura essência,
      o preço da saudade e da angústia atróz,
      As miragens invadem  nossa consciência

      Pensamos em um dia,  desatar os nós,
      mas por conta de nossa pouca sapiência.
      afastamos o amor  e  ficarmos sós

      Quiça se não mascarassemos o sentir,
      se não tivessemos esse medo enfadonho,
      pudessemos amar, acreditar e sorrir

      Ao invéz de pesadelos vivessemos sonhos
      sempre crendo na melhora do porvir,
      ao invés de viver no exílio medonho.

Jorge Linhaça

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