Dois invernos dois verões
No topo do mundo
Versos caidos do céu
Letras de algodão
Que o vento espalha
A mão no vazio
Avança a imaginação
O relógio mente
O sofá de quarentena desperta
O poema reina
Dois invernos dois verões
Carlos Assis
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Dois invernos dois verões
No topo do mundo
Versos caidos do céu
Letras de algodão
Que o vento espalha
A mão no vazio
Avança a imaginação
O relógio mente
O sofá de quarentena desperta
O poema reina
Dois invernos dois verões
Carlos Assis
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Lo pensé para mis adentros.
Se es libre en pensamientos
aunque a veces nos corroen
los temores que inventamos.
Incoherencias dibujadas
con lápices incoloros:
trazos transparentes
avistados de manera egoísta.
Hojas blancas que vuelan
como cola de cometa
carentes de palabras
sin puntos y sin comas.
Tan sólo van unidas
por un fino hilván:
frontera que separa
lo utópico de lo real.
©SKORPIONA
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Quem a gente ama, nunca vai embora,
Apenas se ausenta, e sem que a gente chame,
Volta sem aviso, chega a qualquer hora,
Não chora e nem pede que a gente o ame.
Por mais que pareça estranho o ausentar-se,
Sem nunca partir, se o coração reclama,
Logo o ser amado vem aconchegar-se
Leve e repentino, quando a gente ama.
Quem a gente ama verdadeiramente
Sente o chamamento e vem, se o coração
Clama a afeição de quem se torna ausente
Quando o peito sente mais que solidão.
Quem a gente ama, paira na essência
Leve do perfume que fica no ar,
Quando o nosso amor reflete a inocência
Lírica do amor que a gente quer sonhar.
Quem a gente ama, volta sem ter ido,
Criando um sentido novo para o amor
E se o coração está triste e ferido,
Este ser querido cura a nossa dor.
Quem a gente ama, nunca se ausenta,
Entra de repente sem ser convidado
E, se do vazio, a dor se alimenta,
O amor complementa o ser abandonado.
Quem a gente ama, não morre nem parte,
Basta que o silêncio habite o nosso ser
Que a saudade chega e refaz, com arte,
O todo da parte que quer renascer.
Luiz Poeta
Posted in poesia | 29 Comments »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Enlouqueço,
quando me abraças
e com suas mãos ávidas,
fortes,
percorre cada pedacinho
do meu corpo.
Seu beijo,
leva-me a loucura.
Torna-se
a mais deliciosa tortura…
Entrego-me completamente.
O seu cheiro me embriaga…
O meu corpo,
estremece de prazer,
ao sentir seus lábios nele percorrer.
Nossos desejos,
ampliam a cada gesto sedutor.
Sem pensar, me entrego
a mais uma noite de amor.
Catarina
Posted in poesia | 4 Comments »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Meu coração pirata sonhador…
Audacioso… Sedutor…
Um dia… Esbarrou no teu.
O teu… Doce fera adormecida…
Da ventura esquecida…
Cansado dos embates da vida…
Apaixonadamente… Acordou!
E aos meus pés se entregou…
Desse dia em diante,
Meu coração errante…
Vibra, delira a cada instante…
Feito pássaro cantador.
Assim, destemidos seguimos
Cruzamos mares, tempestades…
Para matar a saudade…
E abraçar a felicidade,
Que escapa veloz como um raio.
Deixando-nos ainda mais ávidos…
Do carinho, do beijo abrasador…
E outra vez nos entregamos
Ao pecado… Extasiados de amor!
Mary Trujillo
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar…
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar ?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.
Cecília Meireles
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Corpos inertes no chão à deriva
peões que passam indiferentes
em ruas conspurcadas sem vida
risos rasgados, e impertinentes
Cães perseguidos, e torturados
gatos em celas assim diminutas
mal refeitos, f´ridos, degolados
servidos à mesa, mais as frutas
Quem pode ser assim tão cruel
sugerindo que são só tradições
comendo de tudo, e a tudo fiel
E um povo de séculos: o chinês
exige-se evolução e condições
pra fugir, ao pequeno burguês
Jorge Humberto
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Ah, eu tenho o maior amor do mundo! E isso não é privilégio meu, é de cada um de nós.
O maior amor do mundo é aquele que faz nosso coração vibrar e até chorar de vez em quando!
Ele é extraordinariamente único e maravilhoso e transforma qualquer dia chuvoso e triste na mais linda noite enluarada. Ah!… e com as estrelas mais brilhantes do universo!
O amor maior do mundo nos deixa assim com alma de criança, jeito de adolescente que acaba de descobrir a vida ou de adulto que perdeu um pouco do juízo…
Ele escancara as portas do coração e nos deixa à mercê de tudo. É tão grande que chega a doer, que chega a tirar o sono ou a razão. Tão alegre que devolve o riso.
O amor maior do mundo é tão grande que chega a ser incomparável, tão único que chega a ser individual.
É aquele que dura o bastante para ser lembrado para o resto da vida, mesmo quando não mais houver aquele “quê” que fez vibrar cada uma das fibras do nosso coração…
Letícia Thompson
Posted in AMIGOS, amizade | 6 Comments »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Confesso que às vezes me sinto eufórico com as pessoas,
de seus gestos altruístas para com os demais.
É como se a natureza reconhecesse e cantasse loas,
às gentes, às plantas e aos inúmeros animais.
Para logo depois um constrangimento atingir-me,
com a mesquinhez e a falta de humildade do Homem.
Dente por dente, olho por olho. a quem devo fingir-me,
se até os livros sagrados nos enganam e consomem.
Sagrado é o homem e a mulher e as bem ditas crianças,
tudo o mais é propaganda escrita consoante o imaginário.
O que nós precisamos é de firmar fortes alianças,
que – além de crenças fanáticas – não vêm com o sudário.
Três países reivindicam, em sua posse a lança sagrada,
convenhamos que serve para entreter os turistas.
É como a arca sagrada, de há muito propagada,
aqui e ali protegida dos Fariseus, sobrevivendo às conquistas.
Os manuscritos do mar morto, são um bom exemplo,
de homens fiéis a Deus, preservando lúdica herança.
É como entrar num museu, que mais se parece com um templo,
assim tu pagues para te comparares à semelhança.
Não querendo faltar ao respeito a ninguém,
dizer que tudo isto é uma farsa, episódio irrisório.
Que as igrejas podres de ricas, sabem-no muito bem,
por isso, desde já, dispenso padres, no meu velório.
E assim findo o meu texto literário, quem sabe controverso,
mas de uma coisa estou bem ciente, apenas digo o que penso.
E no meu ideal, apogeu de meu dito verso,
apenas os amigos de coração, pais e amada, não dispenso.
Jorge Humberto
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Eu tenho um passarinho
que é o encanto da casa
todo ele branquinho
assobia se alguém passa
Vem-me comer à mão
piando vem de alegria
a gaiola não tem portão
canta de noite e de dia
Está a mudar as penas
com o bico a ajudar
a retirar as melenas
que ao chão vão parar
E quando ao banho vai
na água bem fresquinho
suas parceiras atrai
embora viva sozinho
Parceira ele há-de ter
assim branca branquinha
e os filhotes vão nascer
em ninho de palhinha
Que alegria para os pais
ter filhotes que cuidar
bicos abertos largos ais
para a atenção chamar
Grandes o suficiente
ao chão eles vão descer
numa calma aparente
esperando o que comer
Branquinho não é noviço
que doze anos já tem
nunca vi tamanho viço
no querer viver bem
E quando um dia partir
das plantas as sementes
a tristeza há-de vir
ficam os descendentes
Jorge Humberto
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Às vezes na caminhada, encontramos portas abertas, que nos convidam a entrar, e lá vamos nós com a nossa ousadia e inquietude a penetrar em seu interior. Parece tudo tão bonito e brilhante. Em cada parede, quadros que mostram a materialização dos sonhos, daqueles que trazemos em nosso interior e querem se desvelar.
Então pisamos confiante neste novo aposento, nos deitamos na rede da varanda, sentindo a brisa fresca da tarde, escutando o doce trinar dos pássaros, na sua alegria natural. Heis que de repente, ouvimos o som da viola dedilhada, por um experiente cantador, que dela tira os sons mais sedutores que chegam nos corações desejosos de encontrar um grande amor.
E aquela melodia nos leva a penetrar nos meandros da música, a se deixar envolver pelo ritmo romântico, a fechar os olhos e dançar na loucura que a paixão permite e que os desejos aflorados cobram quando encontram um território propício e aguçado para a sua realização. E a sensação de que os Deuses do Olimpo conspiram a nosso favor, e que agora sim é chegada a hora de se revelar um sereno Amor, faz com que o coração sinta-se navegando em nuvens douradas, carregadas de uma gostosa eletricidade, que acende corpos e almas.
Tantos momentos são vivenciados nesta casa de paredes luminosas, tantas idéias trocadas, tantos sonhos compartilhados, que se chega a pensar, que a busca pelo grande amor ali termina e começa uma nova caminhada; a do viver a dois, compartilhando das mesmas emoções, em que de mãos dadas iremos caminhar pelos campos de centeio, sob as bênçãos da natureza, sentindo raios de sol aquecendo rosto e corações.
Parece tudo tão certinho, mas eis que de repente, surgem nuvens cinzentas que vem trazer o sombrio vendaval a arrastar sonhos e esperanças para o ralo da desilusão. E então, os quadros da parede recebem um pano negro, o do luto que precisa ser feito, o da ruptura dos laços afetivos, porque quando um desiste e se vai, o outro precisa ter amor próprio suficiente, para reiniciar a caminhada, sair da casa e seguir por um caminho que o leve buscar uma outra janela.
Uma janela em que possa sorrir de novo, em que sinta que nem tudo está perdido, em que tenha a absoluta certeza de que tudo o que ganhou foi bom, mas aquilo que perdeu seja o que for, precisa ser resgatado de novo, para desanuviar o coração, e encontrar a paz de espírito.
Se for um poeta e neste sonho dourado perdeu a inspiração, e não mais conseguiu escrever seus sentimentos, pois estavam desencontrados, então nesta nova janela, que possa se deliciar com a visão do mar, das flores, coqueiros e o alegre papagaio, sejam poderosos estímulos aos olhos do menestrel, para que volte a escutar o doce cântico da lira.
Assim ele sabe que ela voltará: aquela antiga inspiração que acalentava seus dias e noites, e que sempre o acompanhou, sem nunca jamais traí-lo e nem deixá-lo ao léu.
A vida transcorre num contínuo movimento e tudo o que acontece para cada um de nós, sempre contém um aprendizado.
Mas quando algo nos prende a ponto de nos tirar a alegria de viver, temos que ter a coragem suficiente de mudar tudo o que for necessário, para retornar ao ponto de partida, aquele em que encontramos uma porta aberta e nela entramos.
Há que se fechar esta porta e partir para um recomeço, com o coração cheio de esperança de que tudo valeu a pena, pelos instantes de felicidade, mas que nada nesta vida tem duração eterna.
A tristeza, a mágoa, o desânimo não trazem nenhum benefício à saúde. Apenas são portas abertas para que a doença física se instale e faça morada.
Que tenhamos suficiente bom senso para não deixamos que as daninhas dos sentimentos e pensamentos negativos nos prendam em suas malhas traiçoeiras.
Que a vida é um sopro fugaz e a cada dia temos uma nova oportunidade de sermos cada vez mais felizes e realizados, pois o Supremo Criador nos deu a Inteligência para que saibamos conduzir a vida para a abundância, com muito amor no coração.
Guida Linhares
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Por mais difícil que possa parecer
Um amigo sempre há
de com boas palavras aquecer
A amizade sincera que assim dá o direito
e o dever de poder falar
De que adianta um amigo
que tudo sabe e nada diz
Mesmo vendo-te minar, pobre infeliz…
Que o auxílio venha pelo amor
Da amizade sincera que um dia premiou.
Amigo aceite minhas palavras
É com amor que penso edificar,
Essa nossa velha amizade.
Pelo justo afeto que há de se falar.
E as diferenças sejam sanadas,
Longevidade a essa amizade,
Que assim perdurará
Com respeito e humildade,
Um com o outro podermos contar.
Nanci Laurino
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
Vejam!…Quanta tristeza há na Terra…
Causada por guerras insanas,
Violência e decadência da célula maior;
A família, que não mais existe, por exceções,
Ninguém está mais aí para ninguém…
Pais ocupados, desregrados,
Filhos abandonados, mesmo dentro de casa,
A fazer tudo que querem, para se transformarem,
Em adultos descompostos, quando não
Bandidos, autores de crimes hediondos…
O caos das relações se apossa
Das populações mundiais!…
Nem mesmo as Religiões
Estão conseguindo segurar tamanha
Falta de amor, falta de vergonha…
O que fazer, se o exemplo,
Em âmbito nacional, vem dos mais altos cargos,
De quem tem a responsabilidade de dar abrigo,
Gerar empregos, garantir saúde e educação;
Dos que detêm nas mãos as leis
E com elas deveriam garantir o bem-estar,
A segurança de uma Nação;
Antes disso, são os menos confiáveis;
Fazem de seus altos cargos um trampolim
Para um enriquecimento ilícito,
Sem se importarem com quem
Morre de fome, por falta de socorro,
Ou vítimas da violência…
Uma indecência, que não sabemos
Quando irá terminar…
Choro!…Dói a alma com a tristeza que vejo…
Por isso, o que faço é não desistir;
Quero e grito, que o mundo me ouça,
Mesmo em versos tortos,
Peço por piedade para uma humanidade
Já tão sofrida,
Que a história não me deixa mentir…
Lamento, mas não perco a esperança.
Quem sabe, um dia,
Alcance os corações que decidem
E neles, ainda, exista um pouco de decência
E tudo comece a mudar…
Seja um início… com o tempo,
Poderão ser muitos
E o mundo estará a salvo para
Que o homem possa dormir em paz;
Acordar com um sorriso, ciente
De que tem seus direitos estão respeitados;
Viver com dignidade…
Por enquanto,
Vamos lutar com o que temos…
Por Deus, erguer a Bandeira da Fé,
Acreditando na força das Palavras;
Com Poesia e o Amor que nos fez Poetas…
Carmen Cristal
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
O que aconteceria,
se eu chegasse de mansinho
e em teus braços me aconchegasse,
te chamando de amorzinho.
O que aconteceria,
se nesse suave aconchego
te desse o meu carinho.
O que aconteceria,
se mansamente em teus olhos fitasse,
suavemente te acariciasse…
O que aconteceria,
se suavemente com minhas mãos
em teu corpo passeasse,
na certa, o meu coração
iria disparar…
O que aconteceria,
se docemente e devagarinho
os teus lábios eu beijasse
e te desejasse…
O que aconteceria,
se em teu corpo o meu irei encaixasse
e me aninhasse…
O que aconteceria?!
Deixaria que o tempo passasse,
nosso amor iria frutificasse
Nada…Nada iria nos separar.
Quero poder assim viver
sentindo o teu prazer
e ao teu lado sempre adormecer…
Catarina
Posted in poesia | Leave a Comment »
Posted by amizadepoesia em Junho 25, 2008
No alongado do aberto
o rio nada _ que nada! _
um nada a nadar esperto
abaixo do espelho, quieto.
Como suspiro silente
bombeando o coração
ganha garra, garra força
vira labuta de gente
ribeirinha que se esforça…
no viver, na margem ser,
erva daninha ou floresta
no remo contra a corrente
onde é difícil escolher
como contar sua história
se em roda de entardecer
se em luar de seresta.
Do Fogo-Apagou o pio
não cabe no desvario
da pressa das corredeiras.
No afago do rio, o contrário:
brincam as quebras de horários
na quietude das beiras.
No largar largo do rio
no jogo do vai-não-volta
vai-se o quente fica o frio
chega uma dor tão funda
parece medo com escolta
contra o temor de si
denúncia do bem-te-vi.
A corredeira aclama
as paixões na contra-mão.
No circo da piracema
pecados de antemão
gota d’gua que derrama
a dor de amor de Iracema
Ninguém segura este rio
no charco quente do cio.
Só, se represa pós fonte,
guardando a vinda da espera
sonhar de quimera mera
no esquecer do horizonte.
Elane Tomich
Posted in poesia | Leave a Comment »