amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 29 de Junho, 2008

MOÇA NA JANELA

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Todas as tardes vejo a moça na janela,
       E me pergunto quais são os sonhos dela…
       Às vezes escuto suas músicas ao piano,
      Tristes acordes ecoando pela rua calma…
      E a imaginação voa, penetrando minh’alma,
      Fazendo reviver o longínquo passado,
      Relembrando momentos inesquecíveis,
      Vividos ao lado de alguém muito amado…

      Tudo passa nesta vida, os bons e os maus momentos…
      Mas não cai no esquecimento o que ficou no coração,
      Gravando na memória a saudade em forma de oração..
      A moça triste da janela trouxe de volta essa emoção….

  Esther Ribeiro Gomes

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Cartas de amor…

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Palavras de amor em cartas

  Rasguei-as, não as tenho mais

  Por que guardá-las? Melhor ignorá-las

  Foram escritas em tempos de amor

  Amareladas, agora só significam dor…

  Palavras emocionadas, cobertas de paixão

  Anseios desesperados, ricos atropelos de ilusão

  Foram sonhos sonhados, amados, amarrados

  Em festivais de paixão, cheias de intensa emoção

  Jazem agora amordaçadas, entregues à solidão…

          Sempre estamos escrevendo cartas de amor, muitas ou poucas, mas deixando impressos em papéis, retidos tempos de singulares emoções, grandes e intensas épocas que nos marcaram, em nossa vida pessoal, amorosa, sentimental. Nossas chegadas, nossas despedidas, nossas alegrias, nossas verdades, nossas mentiras, nossas destemperanças, nossas expectativas, nossas esperanças, num desfilar de memórias, de inquietudes…

          Quantas vezes, com os sentimentos de desespero, passamos para o papel tudo que está nos machucando, que está nos ferindo, como meio de extravasamento e, de ter também, algo como testemunha daquele momento de dor. Muitas são cartas iradas, amarrotadas, manchadas com gotas de lágrimas que não puderam ser retidas e escoaram, pingando dúvidas, murmurando dores, marcando horrores, delimitando dissabores. E, então, lançamos mãos das palavras, companheiras de todos os instantes, para num alívio de espírito, transbordarmos tudo que está alfinetando nossos corações, fazendo-nos sofrer novamente…. 

          Debulhamos mágoas, registramos momentos, integramos ansiedades, choramos perdas, deliramos alegrias, satisfazemos memórias cantantes, gementes, ardentes, amorosas, delinqüentes… Todas as emoções, passadas para o papel, são símbolos de afetos, saudades, delírios, bem-aventuranças, malentendidos registros.

          Anos se passam, realidades modificam-se, quimeras esboroam-se, feito cartas de baralho manuseadas, marcadas. E aquilo foi transformado em amareladas réstias de palavras, anseios, desilusões. E, como num ímpeto de saudades as relemos, as curtimos recordando a nossa vida passada. Lacônicas impressões toldam nossas mentes e ávidas as desamarramos da nossa coleção e, mais uma vez, revivemos aquelas realidades havidas e sentidas.

          A maioria dessas cartas são as conhecidas cartas de amor, repletas de sensações de emoções de carinho, de amor. As palavras se repetem, pois em âmbito de emoções não temos vocabulários variados, sendo repetitivas as palavras e expressões que as identificam. Com surpresa revivemos carinhos já até esquecidos ou vergonhosamente lembrados, de pessoas que passaram, ficaram e depois se foram para nosso alívio, saudade ou tranqüilidade.

          Cartas de amor, retalhos de dor sentida de alguém, que num vaivem de acontecimentos, mostram saudades de quem era amado, indiferença de quem desrespeitando emoções, fizeram-nos jogados ao chão, desintegrados…

          Rasguem as memórias existidas, os conceitos desmerecidos, as mentiras de quem nada tinha a oferecer. Ao reler, choramos novamente, sofremos de repente, repetindo nosso passado, nossa saudade.

          Cartas de amor são andorinhas que levam e trazem as notícias, mas quando não regressam, deixam tristezas.

          Vamos nos vestir de saudades, com pétalas floridas e perfumadas ao desatarmos os nós das que foram emoções vividas, paixões sentidas, amores reconhecidos. Vamos saudar com elegância nossas saudades, realidades, em prantos as nossas decepções…

Maria Myriam Freire Peres

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NOITES DE INVERNO

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Noites de inverno.
Noites frias…
Noites solitárias…
Não tenho o seu amor,
muito menos o seu calor
que o meu ser
e o meu coração
aqueceria.
Sei que na realidade
Não posso deixar de sentir saudades
menos ainda
posso apagar o fogo dessa paixão.

Noites de inverno.
Noites frias…
Noites solitárias…
Necessito do seus beijos,
que é a combustão
dessa louca paixão.
Necessito dos seus carinhos
do seu amor…
Necessito de você
como o sangue que corre em minha veias.
Não posso viver longe de voce…
Ficar sem você para mim é morrer…

Noites de inverno.
Noites frias…
Noites solitárias…
Vem!!
Venha cobrir-me com seus beijos
Venha saciar minha sede,
aquecer o meu corpo…
Venha me amar…
Venha viver as loucuras do amor
e depois
nos abandonaremos num languido abraço,
numa entrega total.
Numa união de corpos e almas
onde o seu corpo aquecerá o meu,
seus beijos irão me completar
e me acalmar,
deixando a calma invadir o meu ser.
Reinando somente a felicidade
em nosso ninho de amor
por toda a eternidade.
 
 
Catarina

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O melhor de mim

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Sofremos pelo que não temos, e muitas vezes,
      pelo que acreditamos que era nosso,
      e na verdade, nunca foi.

      Sofremos, pela incerteza do amanhã
      que não nos pertence,
      mas que tentamos controlar.

      Sofremos pelas amizades e afinidades
      que tentamos dominar, possuir sem medidas,
      e que se afastam de nós.

      Sofremos pela doença que podemos ter,
      pela gripe que pode virar bronquite,
      e nos abatemos.

      Sofremos pelo medo do imponderável,
      pelo que não podemos medir,
      pelo que não vemos, mas as vezes, podemos ouvir,
      e nos trancamos.

      Sofremos pelas nossas faltas,
      e nos abatemos com as dificuldades que criamos,
      e estagnamos.

      Por isso,
      as notas que não tiramos, as provas que não passamos,
      os amores que não vivemos, o abraço que perdemos,
      os cadernos amarelados, os cheiros da infância,
      a velha chupeta guardada ou perdida,
      são doces lembranças, mas até nelas, sofremos.

      Sofremos, porque não queremos nada simples,
      nem simplesmente viver,
      em simplesmente amar.

      Temos medo de nos entregarmos
      definitivamente ao amor,
      medo de sofrer uma dor maior,
      por isso, sofremos,
      até pelo que não sabemos.

      E, hoje,
      sabendo que o sofrer é uma antecipação da dor que nem sempre viveremos,
      vou procurar conquistar aquilo que realmente me cabe,
      e se a dor me visitar, vai me encontrar mais forte,
      porque tenho a exata medida de tudo o que já passei,
      e sou o fruto maduro dessa árvore chamada, vida.

      Paulo Roberto Gaefke

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O PRINCIPAL

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

 O vestido vai ser encantador,
      vermelho da cor do amor.
      Um decote ousado
      e sutilmente bordado.
      Um tecido esvoaçante,
      leve, inebriante.
      Nos pés uma sandália deslumbrante,
      alta e elegante.
      No rosto uma leve maquiagem
      e os cabelos soltos, em liberdade.
      E entro na festa caminhando
      como se num tapete flutuante
      eu estivesse desfilando.
      Nesse exato instante
      você pousa seu olhar sobre mim
      e seus lábios murmuram assim;

      Ela é sonho, é irreal…

      E olha que você desconhece o principal.
      Eu sou muito mais que um belo vestido
      com um decote sensual,
      eu sou no mínimo um perigo
      que nunca você viu igual.
      Eu exalo carícia pelo olhar,
      eu sou um desejo impossível de controlar.
      Eu encanto com as palavras
      e lido com elas de forma despojada.
      Eu emano um mistério ao sorrir
      e tenho um jeito especial de sentir
      o que muita gente não sabe que existe.
      E o melhor é que meu coração não desiste
      de loucamente se entregar
      a quem gosta e sabe amar.

Silvana Duboc

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O QUE FALTA AO HOMEM

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

O que falta ao Homem é parar para reflectir
      e ser mais humilde nas suas decisões.

      O que falta ao Homem é bem repartir,
      de vontade própria, tendo como referência boas acções.

      O que falta ao Homem é aos outros bem servir,
      sem pedir nada em troca, alegrando carenciados corações.

      O que falta ao Homem é sempre progredir,
      com a força dos braços e dos músculos, transparentes doações.

      O que falta ao Homem é não se deixar tingir,
      pelas maculadas teses, de todas as chamadas religiões.

      O que falta ao Homem é na cabeça, a tinir,
      a todo o instante, os animais extintos, por simples aberrações.
      
      O que falta ao Homem é nunca por nunca denegrir,
      aquele que lhe é diferente, da natureza suas razões.

      O que falta ao Homem é ser de novo o povo, a gerir
      o seu trabalho diário e dizer basta, à exploração dos patrões.

      O que falta ao homem é saber, se necessário, agir
      e deixar que, a criança que vive em si, abra os restritos portões. 

      Mas, o que mais falta ao Homem, é deixar de fingir,
      aquilo que não é nem nunca será, e cingir-se às limitações.

      Porque, não há Homem, que possa atingir,
      progresso nesta vida, se doutros são, as distinções.

      Jorge Humberto

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QUE CANTEM OS POETAS

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Que cantem os poetas,
      Que digam os loucos,
      O que disserem,
      Palavra rude ou bandeira,
      Esgar ou fonema,
      Que cantem,
      Não mais calem,
      Pois quando a fome é plena
      E a desgraça um teorema,
      Toda a fonética é pouca,
      Para se dizer da voz a boca
      Da retorta que há num tema.

      Quando o poeta canta
      E traz a voz ao homem,
      Ou é sorte ou a planta,
      Dos versos quando morrem.

      Por isso, que cantem os poetas,
      Ou digam os loucos,
      O que disserem,
      Que não há grito, que cale a fome,
      Nem palavra, por nosso nome,
      Numa criança,
      Quando morre.

      Jorge Humberto

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O Bem e o Mal

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Olhar brilhante, vagando tão longe…
Magia e sedução é seu nome…
Vinda da terra do ontem, tão distante.
Do amor tem gula, sente imensa fome.

A noite empolgada se atira em seus braços,
Vênus orgulhosa, abençoa seus passos…
E lá vai ela, cheirando a paixão e mistério,
Prendendo astros famintos em seus laços…

Dizem ser uma bruxa, outros chamam de fada.
Luz e trevas se atiram numa guerra desvairada…
Vive entre anjos e duendes, poções e perfumes.
Netuno lhe protege, mas Medusa muito maltrata…

Essa figura dourada, é odiada e amada…
Mas quem é essa criatura ambígua, afinal?
Ela é apenas uma sonhadora que ama,
Intensamente, acima do bem e do mal…

Mary Trujillo

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Se Tu Soubesses

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

 Ah se tu soubesses o quanto eu te amei

      O tanto que te esperei

      Sem pensar que um dia para ti eu seria um simples ninguém

      Sinto meu ego sorrir ao ver o nada que me tornei!

      

      Sonhos e sonhos e mais sonhos que não sonhei

      Tu sabes que iluminaste minhas noites e dias

      Somente eu não percebi o apagar das chamas

       Que me mantinham viva!

      

      Meus risos e sorrisos se perderam

      Na penumbra dos meus dias

      Cabisbaixa sem rumo não sei o que fazer

      Para retomar o meu caminho!

      

      Como podes olvidar momentos sublimes

      E incomparáveis do nosso amor da nossa cumplicidade

      Ah que saudade das palavras mágicas

      Que eu tanto amava e acreditava

      E tu sabias como sussurrá-las ao meu ouvido!

      

      Quantos beijos abraços corpos entrelaçados

      Gemidos e ais profundos em nossa alcova perfumada

      O amor é sempre assim acontece como uma labareda

      Que solta aos ventos se espalha se inflama

      E aos poucos se apaga

      Até o néctar de uma das duas vidas fenecer!

   Iracema Zanetti

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SERÁ. UM DIA!

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

 Dois filhos, no bom caminho,
                          para um futuro sorridente,
                          deixam-me assim embevecido,
                          extremamente feliz e contente.

                          Ter por esposa quem me quer,
                          pelo que sou não pelo que fui,
                          não é uma mulher qualquer,
                          mas aquela que em mim flui.

                          E a família que é sempre unida,
                          nos bons e nos maus momentos,
                          é ela quem me dá a guarida,
                          se não correm de feição os ventos.

                          Ter uma casa asseada e modesta,
                          que de floreados não preciso,
                          é tudo que quero, do que me resta
                          ainda viver, que a teu lado diviso.

                          E assim levamos a vida a quatro,
                          no bem sentir, que não se impõe,
                          pois é com vocês que reparto,
                          tudo o que agora ainda só se supõe.

                          Jorge Humberto

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Perto dos Olhos…

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

  “.. Te vi,
      passando por mim displicente,
      levando a vida num sorriso…
      Perdi minha pretensa direção
      E fiquei ali, remoendo uma dor
      que pensei não doía mais…
      Meu coração tresloucado
       bateu forte,
      e a vontade que eu tive
       foi de correr
      e me embrenhar em você,
       num afã louco de saudades…

      Tropecei em minha sombra
      e pisei nos próprios pés…

      Segui então, a procura de alguém
      que me desse a solidez sugestiva
      da sua presença…
      Alguém que me fizesse
       umedecer os olhos,
      e me desse a impressão
       de que, se a sua ausência não mata…quase…”

Soni@ Pallone

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SUBTIL NATUREZA

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

 Flores do campo, silvestres saboreando o ar
      que o sol cobre em toda a sua luminosidade
      e me acorda do longo sono, despretensioso
      cubram-me o corpo com sua leve fragrância

      Eis, então, que, a manhã se define e escorre
      nos seixos, polidos pelo tempo, co, as águas
      a resgatar seus cursos, abrindo os caminhos
      que ao mar as levarão à natureza desabrida

      Sou um mero espectador, consciente da luz
      que me cerca e invade, a fragilidade etérea
      Acerco-me do precipício, algumas as fragas
      se expõem, como sempre, dos tempos idos

      Jorge Humberto

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Sutilezas.

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Retirei a essência da noite,
Para de ti ser a sombra.
E não me ferir com o açoite,
Dos olhos da penumbra.
 
Ser da nostalgia o deleite.
Ser sedição e ruptura.
Com a forma redundante;
O amor em formosura.
 
Sentir a caricia pertinente.
Ao teu abraço concernente.
Vestir-me de tensa loucura.
 
Pois a incerteza adjacente,
Não há de ser tão inclemente.
Com os termos da paixão.
 
Gerson F. Filho.

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Trilogia da Alegria

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

 Se alguém me perguntasse, e pode ser,
      Que bem maior é capaz de enternecer,
      Por um momento ou muitos,  nessa vida…
      A um jovem sem qualquer motivação,
      Ou um velho que gastou a sua, em vão
      Cuja esperança há tempos é perdida…

      II

      Diria da alegria que conheço,
      De tão alto valor que não tem preço,
      Que desmantela a dor e o desprazer…
      Quem pode rir é rico mas não sabe,
      Duvido que algum dia ele desabe,
      Sendo a alegria, dom que faz crescer…

      III

      Por onde andei que vi a alegria estar,
      Foi fácil esquecer, abandonar,
      Qualquer rancor antigo, impuro e triste…
      Nossa alma repudia a insistência,
      Nas dores vãs que levam à demência,
      Quem sabe amar, ao riso não resiste!

Tere Penhabe

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UM AMOR SEM VOLTA!…

Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2008

Quando, por amor,
desejei ardentemente
estar a teu lado,
tu, insensível,
não deste importância;
viraste-me as costas e,
sem olhar para tras,
foste desfrutar
do que achavas ser melhor,
do que estar comigo…
Hoje, que a vida te mostrou
o quanto eu era importante,
para tua felicidade,
queres voltar!…
Felizmente, o tempo passou
e eu, enquanto estive só,
sofrendo as penas do abandono,
pude perceber que o importante
é estar em paz, ao lado
de quem nos valoriza,
de quem nos ama,
para podermos,
com verdades, abrir caminhos
até a tranquilidade,
a paz de espírito…
Por isso, te digo:
Do que fomos restou
belas lembranças,
um amor guardado com carinho.
Hoje ,
para nós não há mais esperança;
vamos cada um por si,
em busca do que lhe é devido,
para, assim, vivermos em paz…

Carmen Cristal

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