Vou Me Deixar Ir
Posted by amizadepoesia em Julho 3, 2008
O vento varejas as fraguas quase imortais do que foi meu ninho
Mas este está seguro nos ramos da árvore verdejante
Cada rebento da árvore, forte no seu amor e carinho
Tem alicerces de amor puro, não são ilusões de amante.
As fraguas de meu ninho são remexidas e ajeitas pelos filhos
Com paixão eles as pintam e asseiam de mil e uma cor
A cada visita deixam as fraguas com mais calor e mais brilhos
Todos que olham meu ninho, vê nele alegria e amor.
Vou me deixar ir voar, ver a inédita beleza do mundo
Meus filhos dizem, nem uma fragua foge, guardaremos o berço
Queria ver uma roda humana, neste paraíso redondo
Nunca deixar as mãos do carinho e amor, no regresso.
Vou deixar ir minha idade, pegar cada dia no modo de alegria
Abandonar os com inveja, mania, ódio e egoísmo
Vou pegar na minha esposa que e paciência; sua dor de cada dia
Quero viver; ir para longe do nada, do eterno abismo.
Aqui vivo entre as fraguas, que anos da juventude pisou
Aqui pousei, junto ao bando que vi voar, lançar-se à vida
Eu esposa somos felizes junto aos filhos que a gente criou
Os filhos pintam as fraguas de amor e cor garrida.
Armando C. Sousa
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