AMOR, ESSE NÔMADE
Posted by amizadepoesia em Julho 8, 2008
O amor é cigano
em qualquer acampamento!
É nômade,
é livre e às vezes se espraia,
antes que uma raiz se fixe.
Nômade,
o amor se instala, faz festas…
Baila ao som dos violinos
que ele mesmo toca
e magicamente
acende fogueiras nos corações…
Então gira,
dança animado…
pleno de felicidade e alegria!..
Perdura em estado de amor,
no mesmo acampamento…
Gita
que toca e dança
a própria seguidilha…
Numa madrugada de sua existência,
saciado e pelo cansaço vencido,
vai saindo devagar…
por seu instinto andarilho…
ou porque a fogueira se apaga lentamente…
ou porque a canção torna-se amena,
serena …
e termina…
Mas, antes dos últimos acordes,
já o amor se vai
e pode deixar lágrimas…
ou pode causar pena…
Brasa,
lembrança vaga do amor,
com um vagar de asa pousada,
recolhida,
fecha-se à vida,
pelo sopro do Deus Fogo,
abandonada..
Então, se finda.
E o amor,
nômade no tempo eterno,
caminha por suas trilhas ciganas,
em busca de outro acampamento…
Porque um amor assim liberto,
sem toques de violinos,
sem festas,
sem fogueiras,
sem destino,
sem alento,
não pode ser
feliz!!.
Eme Paiva
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