Louvar a morte é o que mais hoje faço,
Não importa se ela vem rindo ou chorando…
Eu a recebo feliz e num abraço
Deixo-a à vontade sempre me espreitando.
Aos poucos ela vai se acostumando,
Faz-se íntima e se põe sem embaraço,
Sua história correndo sai narrando
E nem percebe que a prendi no laço.
Ah, como aquela dama é tão bem-vinda,
Quando a sua visita atra me brinda
E preenche o meu peito de alegria!
Sei que ela surgirá enfim verdadeira,
Mas como inspiração bem sementeira
Só a quero aqui comigo… na poesia!
Marise Ribeiro