Quantas vezes abri as portas de minha vida…
E, através dela, entraram a alegria, a tristeza, a dor…
Quantas vezes abri as portas na esperança de encontrar o sol
e encontrei a névoa, outras vezes…
pensava encontrar a chuva e encontrei o sol!
Ah, porta esta! Que me surpreende,
portas abertas a amigos que se foram
e, hoje esquecem de tudo
porta que recebo à tantos e, por vezes, tento fechar
mas, falta-me coragem…
Através dela, esta porta da vida,
venho me aperfeiçoando e aprendendo, a cada instante,
por mais trancas que coloque
sempre esqueço entreaberta…
Esta porta, por vezes a entrada de minhas expiações,
Trouxe-me também o amor, e este compensa…
Dando-me forças de suportar a tudo.
Fecha-la afinal, para que?…
Não vim ao mundo para acovardar-me ou,
fechar-me para tudo,
pois sou filho de alguém que é, simplesmente,
O grande chaveiro do universo!…
E lá vou eu, mais uma vez, em direção a esta porta,
Que por vezes me foi traiçoeira e outras tantas amiga,
Abri-la para mais um dia, para mais uma emoção,
para o desconhecido…
até que um dia…”este grande chaveiro”,
venha…e por vez a feche!…
Mas, certamente ele me abrirá outras portas,
Assim é nossa vida, nossa morte física,
repleta de portas, cabe a mim, somente continuar…
Abrindo…Abrindo…Abrindo!…
paulo nunes junior