amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Ó MORTE, QUE CONFUSA ÉS!

Posted by vidapura2 em Julho 31, 2009

Quisera poder cantar-te,

      em versos sem lamentos.

      Saber de ti ó morte,

      se conheces o poder sem alento,

      do horror, que de ti verte.

      Tantos gritos, tantas dores!

      Ao falar de ti,

       enchemo-nos de pudores.

      És o inferno ou apenas o inverso

      de nossa sorte?

      A vida que dizemos ter,

      está também estampada em ti,

      no que é desprezível , no horror

      que podemos vivenciar…

      Aflitos até imploramos que logo

       venhas,

      aliviando o pesadelo desta

       malfadada vida.

      Já nem sei se a  morte é vida,

      ou se a vida é morte.

      E nesta dualidade,

      a crueldade tanto maltrata!

      A vida a cada dia que passa, morre

      e a morte se aproxima,

       cada dia mais e mais,

       fazendo a vida virar morte

      e a morte se tornar vida,

       além desta vida que se finda.

      Será morte que és a vida

      virada pelo avesso?

      Mas se fores outra vida a ser vivida,

      o que nos reserva além desta vida?

      És vida, pois morte pós morte, não

       seria vida vivida

      pela eternidade da vida.

      E neste perambular, acho morte,

      que tu não existes.

      Fostes inventada para sairmos desta

       vida e adentrarmos pela porta da

       vida, numa outra vida.

      Então, sai a vida com a morte

      e a morte vive na vida, como vida

      eterna a ser vivida.

      Que confusão tu me fazes ó morte!

      Quisera poder cantar-te

      sem lamentos,

      pois chegas em hora certa,

      para exterminar tantos sofrimentos.

      Mas adentras também sorrateira,

       onde ainda havia muita vida

       a ser vivida.

      Tristezas contigo carregas,

      nesta vida,

      isso fazes questão de demonstrar.

      És a parte mais profunda do ser,

      mas posso ficar mergulhada por

       horas a fio,

       em meu íntimo mais profundo

       e fazes questão

      de esconder seu segredo.

      Não se faz luz em meu pensamento.

      Então morte creio, que o eco do meu

       pensamento é uma voz no abismo.

      Quisera poder cantar-te,

      em versos sem lamentos,

      mas te condeno ser cúmplice do

       silêncio profundo.

      Me silencio diante de ti

      e neste silêncio por momentos,

      peço ao bom Pai tão somente,

      paz para esta vida de sofrimentos.

Vanderli Granatto

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