amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 21 de Outubro, 2009

Saudade e esperança

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Tudo começou num dia claro de primavera, quando a brisa fresca da manhã espalhava suave perfume de flores no ar. Voltei da maternidade carregando nos braços aquele pequeno tesouro com que Deus me havia presenteado.

 

Vê-lo crescer e observar cada gracinha da sua meiguice, era a maior felicidade que uma mãe pode esperar.

 

Os meses se somaram e se transformaram em anos…

 

E aqueles dois olhos azuis pareciam duas pedras preciosas engastadas num rosto angelical, observando tudo com atenção e vivacidade.

 

À medida que o tempo passava, mais se apertavam os laços do afeto… Mais se solidificava o amor…

 

Os meses pareciam horas, embalados pelos risos e a algazarra daquele ser singular.

 

Todavia, a vida nos reserva emoções das quais nem suspeitamos…

 

Era uma tarde de verão e o vento morno soprava, espalhando no ar um estranho sentimento de tristeza.

 

O pequeno se queixou de dor de cabeça e em meu coração senti profundo amargor…

 

O médico diagnosticou câncer…

 

Tive a sensação de que o chão havia sumido de sob os meus pés. Um aperto no coração me tomou de assalto e eu perdi os sentidos.

 

Voltando à realidade, muni-me de coragem para enfrentar a situação daquele momento amargo.

 

Ele estava ali, numa súplica silenciosa para que eu o ajudasse. E foi o que eu fiz, com a ajuda de Deus.

 

Os tratamentos eram cruéis…

 

As horas pareciam anos, arrastados pelos gemidos de dor…

 

Aqueles dois olhos perdiam o brilho a cada segundo…

 

E, por fim, a vida se extinguiu como uma chama que se apaga…

 

…Era um dia de inverno e o vento soprava sem piedade, trazendo consigo o manto escuro da morte…

 

Naquela tarde eu depositei seu corpinho imóvel na laje fria do túmulo…

 

De braços vazios e coração dilacerado, tive vontade de agarrar-me ao pequeno esquife para não deixá-lo sozinho, mas uma força estranha me conteve…

 

Lembrei que muitas mães já haviam partido para o Além e roguei para que elas amparassem meu anjinho…

 

Lembrei-me também que há muitos pequeninos órfãos deste lado da vida e fui ao encontro deles para preencher o vazio da minha alma…

 

Achei-os relegados à própria sorte e os envolvi em meus braços… Amei-os como se meus filhos fossem…

 

Os anos rolaram… a saudade se transformou em esperança…

 

Esperança de reencontrar aquele anjo que Deus me emprestou para valorizar meus dias e abrir em meu coração espaço para um sentimento maior, capaz de amar em cada filho alheio, meu próprio filho.

 

Essa é a minha mensagem de amor e esperança para todas as mães que já sentiram o amargo sabor da separação…

 

***

 

A história dessa mãe anônima talvez se pareça com a de tantas outras mães, variando apenas em algumas nuanças.

 

E é por isso que nós a narramos, com intuito de mostrar que, mesmo num momento difícil, podemos optar pela resignação ao invés da revolta, pela confiança ou invés do desespero, pelo amor, ao invés do ódio.

 

Diante dos entes queridos mortos, recordemos Jesus, triunfante depois da morte, retornando em incomparável manifestação de imortalidade gloriosa, vencedor das sombras e das dores…

Momento Espírita

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POETA… POESIA …

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

O Poeta é a Poesia
                  que Deus criou.
                  Ser de sensibilidade aflorada
                   que verseja  sonhos
                  que muitos querem sonhar.

                  Faz da ilusão
                  maravilhosa estória de Amor.
                   Tece colares de  lágrimas,
                  como se preciosas  pérolas fossem…

                   Mostra, nas entrelinhas do seu poetar,
                  o brilho, no olhar,
                  quando fala de amor.

                  Declama com alma,
                  a grandiosidade do verbo amar
                  que, muitas vezes, é apenas um sonho
                  que vive a sonhar,
                  mas, que faz reviver, em alguém,
                  os que deixaram ficar
                  por não saberem amar.

                  Poeta é Poesia viva,
                  versejando o alvorecer,
                  no esboço de um novo dia que começa a nascer,
                  para ser vivido, num ato de amor, de Fé e Esperança.

                  O Beija-Flor que voeja em
                   um Mágico Jardim, beijando sua flor,
                  em busca do néctar da vida!..

                  A Crisálida, que se torna  linda Borboleta,
                  lançando-se no ar,
                  em eterno farfalhar de asas multicores,
                  festeja seus amores!

                  O Sol , dourando, os trigais,
                  brilhando, em campos floridos,
                  refletindo, nos lagos
                  a natureza, criada por Deus.

                  A brisa, tocando seu rosto,
                  acarinha o corpo, como abraços de amor.

                  O marulho gostoso do mar
                  que traz o encanto das sereias e
                    ondas rendadas a beijar.

                  O luar prateando o céu,
                  como sombra sorrateira,
                  desperta  eternos enamorados.

                  Estrelas que bordam o manto da noite,
                  exaltando Anjos, no céu a bailar.

                  Sussurros de amor comungado,
                   na entrega total de corpos,
                  num ato de pleno ardor!

                  Enfim:
                  Poeta  é quem traduz, em  melodiosas palavras ,
                   o Poema que a Mãe Natureza
                  inspira, em cada pulsar da vida!..

                  Poeta… Poesia!..

Thais S Francisco                   Eda Carneiro  da Rocha                   Maria Aparecida Macedo

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Poesia

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Poesia que nasce rasgando-me as entranhas,
      Entre as lágrimas das minhas verdades…
      Pisando a terra bruta, desconexa, tão incerta,
      Derrubando muros de inverdades e vaidades…
      
      Poesia que grita nos recônditos da minha alma,
      Que reclama a falta de afeto, de um mundo louco,
      De homens sem fé, sem caráter, sem rumo…
      Que em seus versos nasce e morre um pouco…
      
      Poesia que quer sonhar ainda quer vibrar em suas
      Rimas… Em sua melodia de amor pulsante…
      Mostrando a cara da vida, o outro lado da morte…
      Ainda cobra sonhos, esperança a cada instante…
      
      Poesia que me faz visionária, missionária do afeto,
      Caminhando pelos orbes escuros, empedernidos,
      Pedindo união,  paz… Levando claridade… Luz…
      Fazendo-me gritar… Em nome dos desvalidos…
      
      Vamos então poesia… Vamos falar aos corações
      Descrentes… Onde o amor não mais arde…
      E tudo o que lhes resta é a tenebrosa noite…
      Vamos poesia, antes que seja muito tarde!
      Mary Trujillo

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POETA, APENAS POETA…

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Pelos caminhos que seguem o coração
      o poeta vai tecendo com retalhos
      um manto de sentimentos tantos
      que impossível seria dizer de um só!…
      Fala, chora e ri!… Diz da dor e do amor
      rimados nas cores do Universo…
      Pessoal ou impessoal envolvido
      nos versos que lhe saem da alma,
      dando norte a poesia…
      Vibrantes, a folha que cai
      um vulcão em evolução,
      o sorriso de uma criança!…
      A violência que assola as cidades…
      Mestre na arte das palavras,
      se faz ouvir, se faz seguir,
      (isso já nos conta a História)
      Envolvido com a busca pela Paz,
      mostra os horrores da guerra…
      Envolvido com valorização do humano,
      mostra o quanto nos falta a fraternidade…
      O poeta!… Gente  que é gente,
      guerreiro ou amante,
      sempre apaixonado nas formas
      de se mostrar…
      Caminha, muitas vezes
      só consigo mesmo
      mas envolto em emoções
      o que o transforma em “patrimônio”
      das multidões…
      Desde Homero até nossos dias,
      o poeta erudito,
      amado ou odiado sendo
      o porta voz do Mundo…

Carmen Cristal

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FALA MEU POVO!…

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

OI MEU POVO!…TO CHEGANDO…

      DAQUI, DO ALTO DA TRISTEZA,

      SÓ OBSERVANDO!…

      QUERENDO ENTENDER,

      DA REALIDADE EM QUE SE VIVE!…

      APERCEBENDO QUE NADA MUDOU

      O QUADRO DESTE NOSSO PAÍS…

      NOSSO BRASIL TÃO AMADO,

      PELO QUAL

      TANTA GENTE JÁ MORREU,

      LUTANDO POR UMA LIBERDADE,

      UMA QUALIDADE DE VIDA

      QUE NÃO CHEGA, E NÓIS AQUI,

      VIVENDO SÓ NA VONTADE;

      SAUDADE

      DO QUE NUNCA TIVEMOS!…

      DE VERDADE!…A MENTIRA

      NOS GUVERNA,

       DECIDE NOSSAS VIDAS.

      DESDE UM TEMPO DE REINADO,

      CONTINUA TUDO NO MESMO,

      MEU POVO

      DE BARRIGA VAZIA,

      CANTA PRA NÃO CHORA…

      SEM SAÚDE NEM EDUCAÇÃO,

      VIVENDO DE ESPERANÇA…

      QUERENDO UM AMANHÃ MIO

      QUE NÃO VEM…

      DIFÍCIL É O PÃO E UMA MORADIA,

      NEM MESMO ISSO NÓS TEM!…

      E, OLHA SÓ, SEU MOÇO!…

      NÃO QUERÍAMOS MUITO MAIS,

      O INVERSO DE QUEM GOVERNA,

      QUE VIVE NA ABASTANÇA!…

      O QUE NÓIS QUERIA ERA SÓ

      RESPEITO!…

      UM POUCO DE DIGNIDADE,

      ISSO,

      PARA TODAS AS IDADE,

      SEM DISTINÇÃO,

      SOMOS UM SÓ POVO,

      UM SÓ CORAÇÃO,

      UMA SÓ NECESSIDADE!…

      VALE PRA  NÓS

      UMA SÓ VERDADE:

      O DIREITO QUE NÓS TEMO

      DE VIVER EM PAZ…

Carmen Ortiz Cristal

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O SER POETA!…

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Ser Poeta é viver a cada instante

      a magia do olhar e perceber além!

      “Ver” o que outros não conseguem ver…

      Amar quem na verdade não amou,

      viver a dor que não sofreu!…

      Ser Poeta é ter nas mãos o passado

      e o presente na mesma linha de tempo,

      acreditando que o tempo

      está nas entrelinhas

      de um verso despido de razões…

      Ser Poeta é viver as emoções

      das variações do sentir humano!…

      Ver os sonhos como verdades,

      verdades de quem é coração…

      E o que não consegue

      debulhar em versos

      como ilusões efêmeras!…

      Ser Poeta é, no mesmo verso,

      cantar, rir e chorar,

      rimando tristeza com esperança,

      se fazendo ouvir com a certeza

      que a fé remove montanhas

      e que a Paz no Mundo está para chegar…

      Ser Poeta é ver beleza na imperfeição,

      clareza na escuridão da alma…

      Eterno apaixonado pelo que compõe

      o Universo Sideral, amante inveterado

      pelo Universo das Paixões…

      Ser poeta é olhar o Mundo de fora

      e o ser humano por dentro…

      Ser poeta é acreditar na Poesia,

      mas d’ele mesmo nada sabe,

      apenas que será de tudo

      um eterno aprendiz…

Carmen Cristal

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RIQUEZAS INAUDITAS

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

A observação das circunstâncias humanas adversas mostra-nos que os cristãos são
 sujeitos às mesmas tribulações, dores, sofrimentos e tragédias que todas as criaturas
humanas experimentam, e que algumas dessas adversidades são aparentemente sem
nenhum sentido, sem desígnio. A tristeza tem derrotado totalmente muitos cristãos
que antes viviam piedosamente;  e quiçá porque a tristeza é destruidora da fé,
pelo menos temporariamente.
Tendemos por esquecer-nos que CRISTO era homem de tristeza e familiarizado
com a angustia.
E isso porque se a prosperidade é o sinal e o selo da piedade, de acordo com A.T.
a aflição é acompanhante da piedade nas páginas do N.T.
“ERA DESPREZADO E O MAIS REJEITADO ENTRE OS HOMENS; HOMEM DE
DORES E QUE SABE O QUE É PADECER; E, COMO UM DE QUEM OS HOMENS
ESCONDEM O ROSTO,ERA DESPREZADO, E DELE NÃO FIZEMOS CASO”. (Isa. 53: 3)
Além das nossas próprias tristezas, vemos também as aflições que atingem a outros.
E o simples fato que somos cristãos pode levar-nos a ter uma maior visão sobre as
condições do mundo do que podem fazê-lo outras pessoas. Podemos ver com maior
clareza os efetiso devastadores do pecado, a futilidade dos prazeres efêmeros,
em que tantos homens confiam quanto ao sabor e à satisfação de suas vidas.
A tristeza e a alegria, na experiência cristã, na realidade não são pontos apostos, mas
fazem parte realmente necessária da mesma experiência que tem por intuito formar
CRISTO em nós, e, assim sendo, são meios diferentes de cumprir a vontade de DEUS
em nossas vidas. Precisamos aprfender a conhecer a CRISTO na comunhão dos seus
sofrimentos, e não meramente no triunfo de sua alegria.
“PARA O CONHECER, E O PODER DA SUA RESSURREIÇÃO, E A COMUNHÃO DOS SEUS
SOFRIMENTOS CONFORMANDO-ME COM ELE NA SUA MORTE.”(Fil. 3: 10). E isso para
que possamos ser conformados à sua morte. Disso é que fluirá, eventualmente, a vida
ressurreta, conforme esse mesmo versículo citado nos mostra.
Temos na expressão. “…MAS SEMPRE ALEGRES…” aquela forma de júbilo íntimo que
impulsiona o cristão, e que talvez brote da alma sem dar qualquer sinal externo,
mas que de alguma maneira, em meio aos mais profundos sofrimentos, nos confere o
senso de segurança. Trata-se de uma qualidade divina, uma graça e um dos aspectos do
fruto do Espírito.
“TENDO-VOS DITO ESTAS COISAS PARA QUE O MEU GOZO ESTEJA EM VÓS, E O VOSSO
GOZO SEJA COMPLETO”. (João, 15:11)
A tristeza e o regozijo se originam da mesma raiz divina, e têm por finalidade realizar
os desejos do Espírito de DEUS ainda que de maneiras diferentes. Como todos nós
sabemos, os apóstolos eram pregadores itinerantes e pobres, no entanto, levavam
consigo um tesouro de valor inestimável, transmitindo-o a outros.
Quando aos seus recursos físicos eram paupérrimos, sendo o apóstolo Paulo forçado
a fabricar tendas, e algumas vezes tinha a necessidade de aceitar presentes em
dinheiro das igrejas. (2 Co. 11:9 e Fil. 4:15). Os vasos que transportavam essas riquezas
eram apenas barro; no entanto, transportavam riquezas inauditas.(2 Co. 4:7).
Os opositores do apóstolo Paulo provavelmente sublinhavam sua probreza extrema,
munidos daquela mentalidade que dizia que a piedade é abençoada com a prosperidade,
uma idéia comum no A.T., e daí deduzirem que a pobreza de Paulo era merecida, como
como castigo contra a sua vida diária pecaminosa. Paulo responde negativamente, e dia
que apesar dos apóstolos serem pobres, enriqueciam a muitos. Porém, as riquezas
aqui aludidas são indubitavelmente de natureza espiritual, aquelas que ele transmitia
a outros através do seu ministério fiel.
O Senhor, com sua pobreza fez a muitos ricos.
“POIS CONHECEIS A GRAÇA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, QUE, SENDO RICO SE
FEZ POBRE POR AMOR DE VÓS, PARA QUE, PELA SUA POBREZA, VOS TORNÁSSEIS
RICOS.” (2 Co. 8:9).  
Todas as coisas são do cristão, com a mesma certeza de uma herança segura. A bem-
aventurança, dos mansos, daqueles que nada reivindicam para si mesmos, e que eles
herdarão a terra.
Portanto, “TUDO É VOSSO; SEJA PAULO, SEJA APOLO, SEJA CEFAS, SEJA O MUNDO,
SEJA A VIDA, SEJA A MORTE, SEJAM AS COISAS PRESENTES, SEJAM AS FUTURAS,
TUDO É VOSSO, E VÓS, DE CRISTO, E CRISTO DE DEUS.”

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Vença a insegurança

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

A sua verdadeira segurança está na firmeza do espírito, no otimismo e na confiança que você tem.
Sua segurança indestrutível nasce da certeza de que Deus o ama e lhe dá permanente
saúde física e espiritual.
Acredite na potência que Ele colocou em você.
Sinta-se seguro, amparado e sem motivos para ser triste.
Veja-se com saúde e em paz.
A segurança em Deus deixa para traz a
fraqueza e o medo.

Lourival Lopes

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Descubra-se.

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Há dentro de você um mundo de luz, alegria e paz
esperando a sua busca.
Volte-se para dentro e não se deixe abater pelos
pensamentos opressivos e maléficos.
Reaja.
Ponha confiança abundante em si mesmo.
Não espere sofrimentos e amarguras.
Seja firme.
Desperte. Você é feliz, pense nisso.
A sua segurança em Deus aumenta à medida que você
descobre a luz, a alegria e a paz
que repousam no seu íntimo.

Lourival Lopes

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O Eu

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Na poltrona ao lado , estava sentado um homem de posição e autoridade. Parecia bem compenetrado disso, pois seu aspecto, suas maneiras e atitudes proclamavam a sua importancia. Era um alto funcionário do governo e os que estavam próximos se lhe mostravam muitos deferentes . Dizia , em alta voz , a um companheiro , ser monstruoso o importunarem por causa de serviços oficiais secundários. Resmungava a propósito do procedimento dos seus subordinados , e os ouvintes se mostravam nervosos e apreensivos. Voávamos muito acima das nuvens,  a uma altura de dezoito mil pés, e pelas frestas das nuvens via-se , lá embaixo, o mar azul. Quando as nuvens se dissiparam um pouco , apareceram as montanhas cobertas de neve, as ilhas , e largas enseadas. Como estavam distantes e como eram belas as casas solitárias , e as pequenas aldeias! Um rio descia das montanhas para o mar. Passava por uma cidade, enfumaçada e escura, onde as águas se poluíam ; logo adiante , porém , se mostravam de novo límpidas e rutilantes. Num dos assentos, um pouco mais longe , estava um oficial uniformizado , o peito coberto de fitas , arrogante e inacessível . Pertencia a uma classe à parte , existente no mundo inteiro.
 
Por que temos tanta ânsia de louvor , por que queremos ser tidos em grande conta , ser estimulados?  Por que razão somos tão esnobes? Porque nos apegamos à exclusividade de nosso nome, posição , aquisições ? É degradante o anonimato , é desairoso ser desconhecido? Por que seguimos os que são famosos , populares? Por que  não nos contentamos com sermos nós mesmos? É por termos mêdo  e vergonha de ser o que somos , que o nome , a posição e a aquisição se tornam de tão subida importancia? Curioso como é forte o desejo de reconhecimento, de aplauso. Na excitação de uma batalha , praticamos feitos incriveis, pelos quais nos são prestadas grandes honras ; tornamo-nos heróis , matando o nosso semelhante . Mercê de privilégios , talentos ou capacidade e eficencia alcança-se uma posição nas proximidades do cume;  entretanto , o cume não é o cume, pois, sempre se quer mais e mais , na embriagues do sucesso. A nação e os negócios estão personificados em vós mesmo; de vós dependem os acontecimentos: sois o poder.  A religião organizada oferece posição , prestigio e honras; aí também sois alguém, separado , importante. Ou , por outro lado, vos tonais o discipulo de um instrutor , um guru ou um mestre , ou cooperais com eles , na sua obra. sois ainda importante , pois os representais , e participais de suas responsabilidades , porque dais e outros recebem . Embora em nome dêles , sois vós o agente. Podeis cingir uma tanga ou tomar o hábito de monge , mas vós , ainda , quem faz tal gesto , sois vós quem está renunciando.
 
De uma ou outra maneira , sutil ou grosseiramente , o eu é nutrido e sustentado. Afora suas atividades anti-sociais e nocivas , por que razão o eu tem de se manter a sí mesmo? Vivendo , como vivemos , agitados e sofrendo , com prazeres passageiros , porque se apega o nosso eu às satisfações exteriores e interiores , às atividades que acarretam inevitavelmente sofrimento e misérias ?  Nossa sêde de atividade positiva como oposto da negação  faz-nos lutar para ser ; a luta faz-nos sentir-nos vivos , que a nossa vida tem finalidade e iremo-nos aliviando progressivamente das causas do conflito e do sofrimento.  Sentimos que se essa nossa atividade  se detivesse , não seríamos mais nada , estaríamos perdidos , e a  vida  não teria mais significação alguma ; e por isso nos mantemos em movimento , no conflito , na confusão , no antagonismo. Mas percebemos igualmente que há algo mais , um estado diferente , acima e além de toda esta miséria. Achamo-nos , destarte , numa batalha constante dentro de nós mesmos.
 
Quanto maior a ostentação exterior , maior a pobreza interior; mas a libertação desta pobreza não é a tanga . A causa do vazio interior é o desejo de vir a ser ; e tudo o que fizermos nunca será capaz de encher este vazio  . Podeis fugir dele de maneira rudimentar ou requintada ; ele continuará , porém tão perto de vós como a vossa sombra . Podeis nào desejar percrutar êste vazio ; ele , todavia , estará sempre presente. Os atavios e renuncias com que o eu se cobre nunca esconderào a pobreza interior .  Com suas atividades interiores e exteriores , procura o eu enriquecimento, que ele chama experiencia ou por outro nome , conforme sua conveniencia e satisfação. O eu não suporta o anonimato ; poderá cobrir-se com um manto novo, tomar um nome diferente ; a identidade , entretanto , é sua própria essencia. Êsse processo identificador impede o percebimento de sua natureza. O processo cumulativo da identificação  forma, pouco a pouco , o eu , positiva ou negativamente ; e a atividade dêste é sempre  um auto-enclausuramento , por mais ampla que seja a clausura. Todo esforço do eu no sentido de ser ou não ser é um movimento para longe do que é. Separado do seu nome , seus atributos , idiossincrasias e posses, que é o eu? Existe ainda o eu , se lhe são retiradas as suas qaulidades? É o medo de ser nada que impelle o eu à atividade ; mas ele é nada , ele é um vazio.
 
Se somos capazes de enfrentar esse vazio , de ficar em companhia daquela solidão dolorosa , então o mêdo desaparece completamente e ocorre uma transformação fundamental . Para  que isso possa acontecer , precisamos conhecer aquele estado  de ser nada , o que não é possivel  se existe experimentador . Se existe algum desejo de conhecer aquele vazio , com o fim de domina-lo , ultrapassa-lo , transcende-lo, tal experiencia não poderá verificar-se , pois o eu , como entidade continua. Se o experimentador tem uma experiencia , não há mais o estado de conhecer , viver .
 
O conhecer o que é, sem lhe dar nome , é que traz a nossa libertação do que é.

 
J. Krishnamurti

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SERENIDADE DO AMOR

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Com o coração sempre puro,
procuramos sentir serenidade,
em busca da felicidade…
Sem sentir medo,
sem desistir,
embora sem rumo,
procuramos nosso prumo…
Olhando para o alto,
vemos que lá está Deus,
é Ele que nos orienta…
E se a esperança não sentir,
é só não desistir…
É saber persistir,
e lutar contra o que nos atormenta…
Sempre fica uma luz… uma cor,
uma estrela brilhando, o luar
Há que buscar apoio no amor,
sem desespero…sem tristeza…
Veremos a luz, a beleza…
Lá está o amor, o carinho,
olhando naquela direção,
encontraremos o linimento para o coração…
Sigamos adiante, seja como for…
À frente, nos espera o amor…
Sigamos sempre procurando,
sempre o amor buscando
pois ele nos está esperando…
Sinta comigo a doce emoção
e a muda sensação
que nos domina o coração…
Reconhecendo o chamado do amor,
naquele doce momento,
tirando todo tormento,
entregamo-nos ao suave calor
que sem contestação.
nos vem desta doce paixão…

Marcial Salaverry

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SERENIDADE

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Sereno é o vôo elevado do pássaro;
da nuvem alta que se desloca no céu;
do movimento da água do córrego,
que sem qualquer violentação
ensina ao que o contempla
o significado da pacificação.
 
Ser sereno significa:
estar claro, simples,
sem qualquer animosidade.
É ser ponderado
e ter suavidade na ação,
consciente de que a paz
não é nenhuma ilusão.
 
Serenidade é diferente de inquietação,
mas é semelhante a brisa que agita as flores,
ou de um lago com suas águas em modulação,
batendo às margens entoando suave canção.
 
A serenidade está na espontaneidade
que faz parte de cada individualidade,
com a completa ausência da superioridade,
envolvendo suas relações com gentil amabilidade.
 
A serenidade está na certeza do amanhã;
Na convicção da boa ação;
No sorriso que brota voluntário e sincero;
No abraço do amigo irmão;
No sentir Deus no fundo do coração.

Elio Mollo

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A CONQUISTA DA SERENIDADE

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.
 
Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?
 
A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?
 
Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.
 
Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar:  Que bom é voltar para o conforto da cidade.
 
E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.
 
Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?
 
A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.
 
Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.
 
Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo acontece em nossa vida.
 
E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de auto-educação.
 
A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.
 
E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.
 
Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.
 
Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, domina-se as emoções, tranqüiliza-se a mente.
 
O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.
 
É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.
 
Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.
 
* * *
 
A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.
 
Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.
 
 Momento Espírita

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UM AMOR INCONDICIONAL

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

Quando amantes se encontram,
naquele êxtase divino,
naquele desejo supremo,
só se espera aquela explosão
sem qualquer explicação,
que só o amor provoca…
Aquela união de bocas,
os corpos colados,
completamente apaixonados…
Esses momentos de amor,
essa cumplicidade,
que só os amantes

que sentem esse amor total,
esse amor incondicional,
que todas as barreiras superam,
porque sem restrições se amam,
e que tão bem se conhecem podem dispor…
Momentos de ternura,
momentos de loucura,
tendo do amor, aquela doçura,
e que fazem da distancia uma tortura…
É muito doce tê-los,
uma delicia vivê-los…
por que perdê-los?
São esses momentos,
que fazem o amor incondicional…

Marcial Salaverry

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A VIDA É PASSAGEIRA

Posted by vidapura2 em Outubro 21, 2009

A vida é passageira,
 
vamos então bem viver
 
sem fazer muita besteira,
 
para não se arrepender…

Marcial Salaverry

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