amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 8 de Março, 2010

REPOVOEM O MUNDO!

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

Cientes do caos do extermínio
deixado entre nós como semente,
povoamos a terra controversa
e clamamos pela paz inutilmente.

Inocente, brinca e ri uma criança
vendo pássaros voando sobre ela,
regurgitando nos cegos intestinos
o ódio que sua mente não alcança.

Pobre mãe que um dia embalou,
nas entranhas, seu filho livre, são,
e na incerta biografia, viu seu sangue,
espalhar-se nas fronteiras pelo chão.

Não há pátria que perdoe tanta injúria,
nem disparo fatal que faça a morte,
se reclamarmos todos os gerados
e paridos nesta Terra, já sem norte!

Não justifico as discórdias de Babel,
nem nego a Deus, cansado em seu refúgio,
eu só queria que todos se amassem
com as cores e idiomas deste mundo!

Mulheres, repovoem
 os seus ventres,
com humanos que se amem
 realmente!

Ceres Marylise

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MULHER EM MIM

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

      Em teus braços mulher
      me deito
      e contemplo teu rosto
      lindo… feminino.

      Não me canso de olhar
      para a tua tez
      nem de encarar esses
      teus olhos cor de mel.

      Teus cabelos são caídos
      por sobre os ombros
      enquanto eu te penteio
      silenciosamente.

      Tua pele acetinada
      é de puro linho…
      pés desnudos
      por sobre a relva.

      Teu olor tem mil
      fragrâncias
      de sândalos e
      de malmequeres.

      E tua silhueta
      e as tuas mãos
      emanam
      cheiros de belas fontes.

      Sei do teu corpo
      e nele me enlaço
      dobrado em quatro
      no teu colo.

      E tu és essa
      a mulher que eu amo
      mais que à
      própria vida.

      Vem me amar hoje
      que amanhã…
      amanhã é dia
      de partida.

      Jorge Humberto

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OUTRAS CANTIGAS

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

        Já ninguém se preocupa com ninguém
        nem que o coração tem nem o que à
        alma vem

        As pessoas passam sem sorrir
        e vão no porvir que não tem para onde ir

        Sãos mesquinhas até à sordidez
        ninguém sabe o que fez dá-lhes a surdez

        Um aperto de mão está fora de moda
        já nem um mundo roda na altura da poda

        A hipocrisia é o pão nosso de cada dia
        é de boa serventia a quem da vida se desvia

        Valha-nos as crianças e as flores
        nunca se queixam de dores e a ninguém
        devem favores

        Isto está tudo num aperto
        politica sem acerto comunhão sem alento

        E reina a vaidade ostensiva
        que de tão ofensiva se torna missiva

        Dos pobres e dos loucos ninguém fala
        a boca cala ante a iminente bala

        Parecemos todos uns maltrapilhos
        cuidando dos filhos como quem aperta o cilho

        Tudo para uma boa aparência artificial
        com a qual beneficiam até se darem mal

        Dos velhos não querem nem saber
        se lhes dá sede de beber se o que lhes resta
        é uma vida a padecer

        Às mulheres os maltratos
        e usam de aparatos dizendo-se apenas chatos

        Que a policia usa de vil conivência
        para eles são só aparência porque não têm decência

        E aqui está a cantiga dos meus ais
        dos trabalhadores de cais até aos filhos de pais

        Que nesta nova geração
        hão-de trazer o condão de um bafejado coração

        Jorge Humberto

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NEVA NA CIDADE

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

      Cai uma chuva tardia
      e todas as flores se abrem
      para receber a água divina
      que cai dos céus como
      num choro interminável.

      Os insectos se protegem
      o melhor que conseguem
      indo esconder-se
      nos caules das plantas e
      nas suas folhas viscosas.

      Pássaros levantam voo
      à desgarrada
      e é vê-los às centenas
      migrarem para sul
      em busca do sol perdido.

      Atarefadas as pessoas
      correm de um lado para o
      outro, tentando fugir
      da chuva que teima em cair
      como frutos de uma árvore.

      Com a chuva tardia veio o
      vento e com o vento o frio
      e uma pequena geada
      abate-se sobre a cidade
      cobrindo-a toda de branco.

      Jorge Humberto

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FLORES E SONHO DE AMOR

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

     Da janela vigiava o meu pequeno jardim e as flores
      que plantei, todas em homenagem ao amor que iria chegar.
      Meu jardim foi uma concessão de pequeno espaço,
      eu ainda menino, era o que podia pleitear.
      Na época dois sonhos animavam-me: ser o cobrador do bonde,
      trabalhando com muitas cédulas de cruzeiro entre os dedos
      e juntar o dinheiro para comprar um jardim bem maior.
      Não me passava pela cabeça que aquele dinheiro que eu cobraria,
      em sendo o cobrador do bonde, não seria meu, e sim do patrão.
      Ainda bem que a desilusão não veio tão cedo.

      Mas a delícia de ofertar flores à minha namorada,
      era o que mais me animava, estava impregnado pela fantasia
      de ter um belo jardim, era o desejo maior.
      Mas se minha namorada surgisse logo, mesmo eu ainda tendo
      somente um minúsculo jardim?
      Ah… eu andaria muitos quilômetros
      e pegaria flores numa praça pública de uma cidade que vi
      e que tinha flores até nas ruas. Não lembrava o nome da cidade,
      eu era muito pequeno, mas bastava perguntar ao meu pai,
      por certo ele não havia esquecido.

      – Toma pra você. Você é bonita igual a essa flor!

      Decorei essa frase com muito carinho e sempre repetia
      com receio de esquecer. Se esquecesse da frase quando encontrasse
      à minha namorada o que eu diria?
      Talvez ficasse quieto, bem calado, e por certo chorava.

   
     
      Evaldo da Veiga

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VOCÊ, TERNURA E PAZ

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

      Você, beleza de ontem,
      de hoje, de todos os meus dias.
      Gosto assim, da beleza simples
      manifesta em pequenos detalhes
      Oh amor meu, aonde vamos?
      Contigo gosto de todos os caminhos…
      Você fonte de ternura, beleza presente
      mesmo na mais longa distância.
      Nos momentos atribulados que vivo,
      tua imagem trás paz ao meu coração.
      Presença balsâmica quando imaterializada,
      presença física em fogo queimando a alma
      purificando meu ser, dando gozo ao meu corpo.

         
      Evaldo da Veiga

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FELIZ DIA SEM VIDA

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

      É um daqueles dias que se apresenta com gosto de nada.
      “Ai que tempo vergonhoso!” – Quando menino ouvi essa exclamação
      de um senhor enfurecido tentando, sem sucesso, consertar um carro
      velho. Culpa do tempo, de um momento no tempo, culpa da vida?
      Talvez culpa do carro ou do senhor enfurecido que não sabia consertar…

      Em toda minha vida o que vi sempre, ou quase sempre,
      foi culparem o dia, o tempo e a vida; também ainda, é claro, o semelhante.
      Mas não é isso o que eu quero, investigação de culpados
      culminando com uma nota de culpa, julgamento,
      condenação…

      Curioso, percebo agora: absolvição é o que menos esperam,
      quando alguém julgado é o outro, fora de sua relação de bem querer.
      Sempre fugimos da culpa e isso é uma péssima estratégia.
      Fora do acerto de contas não aprendemos e muito menos evoluímos.

      Feliz esse meu dia sem vida de alegria fácil.
      Vou pensar, pensar muito, algo está errado, e sem dúvida, o culpado
      sou eu. Feliz esse dia que me permite reflexão, busca de novos
      alvos e melhor jeito de viver..

      Evaldo da Veiga

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ORGIA NÃO, SOMENTE AMOR

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

      Antigamente, um bolero era o que a moçada queria.
      Dois pra lá, dois pra cá, rodopiar grudadinhos, rosto colado.
      Hum… sentir a respiração forte dizendo de desejos…
      O perfume simples da farmácia do bairro,
      todo aroma era amor.
      Hoje, já não se dança um bolero como antes,
      a coreografia está pra show,
      antes ela ditava os movimentos do desejo no amor.

      O som além da música, gemidos incontidos baixinhos,
      barulhinho de dois, somente para os dois.
      Mas se o bolero sumir? Inventa-se algo que ligue ainda mais,
      sons em surdina ouvidos pelos dois
      e brotados na santidade do pares que se imaginam sós,
      no salão, onde todos fazendo amor,
      aplaudem sem movimento invasivo,
      os amores que acontecem no salão.

          
      Evaldo da Veiga

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BOM DIA AMOR

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

      Um pouquinho mais amanhece
      E fica distante o frio úmido da solidão
      O Sol trazendo vida em seus raios
      Tristeza agora não
      Viajo na expectativa do amor

      Olho a linda Rosa entre outras
      Sinto-a meu único amor
      Rosa que não deseja ser a mais linda
      Melhor ou maior
      Só deseja ser Rosa fêmea, Rosa Flor

      Simplesmente Rosa
      Simplesmente amor

      Bom dia amor, grande amor
      Contigo sonhei
      Buscando te viver acordado
      Minha dor indo mundo afora
      Bem longe do meu galope

      Para a Rosa humilde
      Distinguida entre milhares de Rosa
      Fica a constatação
      Que o amor individualiza
      Ama  somente o amor

      E minha dor até já esqueci
      No lugar está à ternura
      E na emoção do teu beijo
      Meu desejo agiganta-se
      Bom dia amor, bom dia.
      VEM!

      Evaldo da Veiga

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Ser Feliz

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

Metade de mim é feliz
 a outra, pensa que é.
Metade de mim cheira a anis,
a outra segue o café,
aroma que invade a casa
 a me acordar para o sonho
 da outra, metade em mim,
que pensa que é feliz,
 mas sonha em  ser a outra,
 feliz metade de mim
esta,que nunca o diz,
por conta de ser assim

Metade de mim está aqui
 a outra não está a fim.
 Insatisfeita que é
 vive daqui pra  ali
 no cálculo  de cada hora
 que faz o tempo ir embora.
Numa, a espera se aquieta.
 noutra, vive de demora

A acima supra citada,
minha promeira metade,
 feliz, se agarra na fé
varre da lida o choro
 tem a alma ao rés do chão
deixa a paixão bem quieta.
tem o agora como meta
 abre mão da liberdade
tal e qual dorme um cachorro
 na beirada do fogão
 
A outra num louco afã
tem olho e jeito de gato
 esquiva, foge do fato
 a pensar no que não deve
 e até despreza a lua
num antever do amanhã.
Esta espécie de criatura
gosta mais de andar nua
 e, às vezes se nada segue
 parte  pra tal de escritura
 de versos de ser ou não,
jamais feliz, sempre alegre.

Elane Tomich

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Happy Hour

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

 Enche a taça da tua alma
de aragem, cheiro de tarde,
 separe em marcas vazias
 de baixos relevos e aguarde
a plenitude da ausência
na escultura dos lençóis.

Com ritmo, bate a mistura
 pede ao garçon si  bemol
 na  batucada de um drinque
que em magia de alquimia,
 o ponto de amar se apura.
 
Mergulhe em  saudade imensa
 de algo  jamais possuído
 num desamparo que arde
 Van Gogh em  girassóis.
 
Derrame o  desejo excluído
em banzo de meio dia.
Sinta o cheiro do café
incitando a comunhão
entre o torpor da fé
  e  o espreguiçar  no capim
Ângelus, vésperas na Sé
 aroma de beijo e jasmim.

Oferte teu coração
 ao deus da noite que aponta
e brinde com aquela taça,
aquela que  disse acima.
O anis invade o amarelo
e vai enfeitando o clima
o resto  mistura e não conta

Não deixe que se desfaça
no calor da boca, o gelo
 e…põe o amargo no prelo…

Entorne-me em  seu abraço
e na mais perfeita paz
 beijo feroz, sem prefácio
 o resto é demais da conta

Feche a conta, presto, pronto
o resto, em noite de ronda,
só há meio-fio, neon
 um choro chamado Odeon
depois, lógico, um jazz!

Elane Tomich

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Aliás

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

Cultivo um  arco de íris
canteiro, inteiro, matizes
 num circuito  de pupilas
igual  ramagem de luz
 que no céu faz -se tão ser
qual morrer de brilho e cruz
nos trilhos do entardecer.

Pesa-me  não saber
cores do lado de lá.
nos semi-tons da argila
cores terra, terracota
 do seco humano da crosta
 terrestre, onde não brilha
_vide ausência de brotas_
o verde tom maravilha

Roxo é ultravioleta
movimento é borboleta
nesse meu mundo de cá
bem pouco sei do lilás
 de cores, asas do olhar
 bem pouco sei, aliás,
 de flores, desabrochar

Cultivo um arco de íris
canteiro, inteiro, matizes
milagre de não saber
 nesse vôo de não ser
em trilhos de sntardecer.

Elane Tomich

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Muito normal

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

Todo mundo sabe mais
Do que pensa
E o que pesa na consciência
É a dúvida de falhar

Ele era um homem
Muito normal
Não tinha nada de especial
Até meio sem graça

Não usava anel no dedo
Carro importado
Camisa Pierre Cardin
E nem brinco na orelha

Mas como em toda história
Amava a mulher errada
Por certo nem toda a razão
Pode mudar um sentimento

No bolso da mémoria
Guarda os poucos beijos
Pequenas moedas esquecidas
Por cima dos móveis

Enquanto a face da morte
Sapateia nos túmulos dos apaixonados
As aves migradoras voam para o norte
Fugindo do inverno
 
Carlos Assis

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Sou um poema

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

O fruto das palavras
Minha mãe é a realidade
Meu pai ,a imaginação

Nem percebo a imperfeição
Não carrego bem nem mal
Faço parte do jogo da vida
Sorrindo para platéia deste circo

Se estou no mar
Viro pirata com tapa olho
Eu corro e brinco sem cansar
Sintam inveja de mim

Sou um poema
Canto no chuveiro
Quem quiser ouvir
Que acorde cedo

Toda esperança é amarga
Travessia no deserto
Felicidade deixou raiz no coração
A natureza fez assim e assado

Não falo mais nada
Outro dia é outro dia
Carrego paz e harmonia
Tenho o sangue da família

Sou um poema
O fruto das palavras
Minha mãe , a realidade
Meu pai , a imaginação

Carlos Assis

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Purgatório

Posted by vidapura2 em Março 8, 2010

Estamos preso ao pensamento
O que pensamos
Fazemos
Não pergunte a razão

O universo pertence ao inconsciente
Temos de viver deste jeito
Longe do que achamos perfeito
Longe do amor e da ilusão

Não escrevemos a história
Foi o destino
Quem trouxe você
As estas sujas mãos

Súplicas renitentes
Palavras que puxam
Cordéis de títeres
Escravos da paixão

Deixamos pegadas solitárias
Que as ondas esquecem
Memórias de vento
Chuvas de verão

Não sabemos o motivo
De aceitarmos o porão da vida
O que não é um direito
Ou que não é um fato

Acordamos como um fardo
Jogados no chão do tempo
Rocinantes etéreos
Desígnios rutilantes

Estamos presos ao pensamento
O que pensamos
Fazemos
Não pergunte a razão

Carlos Assis

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