amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Inocência e Utopia

Posted by vidapura2 em Abril 26, 2010

Abril é o mês das flores e da primavera no velho continente.

O mês de grandes movimentos pela liberdade, fraternidade.

A minha memória musical presta homenagem aos libertários

Zeca Afonso e aqueles que fizeram a revolução dos cravos.

Não importa seus resultados, o que importa foi o sonho vivido.

Sonho vivido até o limite do realizável, do palpável.

Zeca Afonso, ou com cerimônia, José Afonso,  um homem admirável,

Viveu a utopia do sonho ao seu extremo.

José Afonso e Adriano Correia de Oliveira foram mentores da

Canção de intervenção em Portugal. Poeta, balaieiro, compositor notável.

Conciliou a musica popular portuguesa e os temas tradicionais

 com a palavra de protesto em prol da liberdade e da igualdade.

 Zeca trilhou, desde sempre, um percurso de coerência.

Na recusa permanente do caminho mais fácil,

da acomodação, no combate ao fascismo salazarento.

Injustiçado, por estar contra a corrente,

morreu pobre e abandonado pelas instituições.

No começo do ano passado, estive em Coimbra.

 Andando pela cidade, descobri uma casa

com uma pequena placa “aqui viveu Zeca Afonso”.

 Senti vontade de passar as mãos naquelas paredes,

 como acariciasse o poeta.

Fiquei com um nó na garganta.

Uma emoção diferente.

É doce e ao mesmo tempo doloroso

 ficar frente a frente com a própria acomodação,

 com o desejo contido de viver o sonho,

lutar pela utopia, ao mesmo tempo acomodar-se à rotina da vida.

O 25 de abril, como vivência de uma utopia,

 estará sempre na memória e no sangue de cada um.

 Sempre haverá alguém cantando

 ” terra da fraternidade, o povo é quem mais ordena,

  dentro de ti ó cidade.

 Em cada esquina um amigo,

 em cada rosto a igualdade.

Grandola  Vila Morena, terra da fraternidade.”

No delírio do sonho, da utopia,

 imagino Grandola Vila Morena, como a terra… o mundo.

Cada esquina é um pais,

 onde ” as fronteiras beijam-se e ficam ardentes” ,

 como poetizou  Silvio Rodriguez ,

   poeta/revolucionário cubano,

 que cantou a perda do “unicórnio azul”.

Com esta memória musical homenageio

todos que fizeram da utopia,

do sonho sua forma de poesia e de canto.

Violeta Parra, Mercedes Sosa,  Victor Jará,

que foi assassinado  por ver o utopia,

 por sentir o sonho acontecer na vida,

no rosto molhado de Amanda, que corria

a fábrica onde trabalhava Manoel, com um sorriso

nos lábios, sem importar com nada, porque ia se

encontrar com ele _ o amor.

Que as flores de abril e seus ares de anil

transformem a vida em canção,

que os poetas estejam dizendo:

“vai e canta, meu irmão,

ser feliz é viver morto de paixão.”

             GRANDOLA VILA MORENA           

 

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
 
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Uma resposta para “Inocência e Utopia”

  1. Amigos poetas blogueiros, parabéns por utilizarem a internet como forma de dividir com o mundo o seu pensar, o seu compreender, desempenhando a missão do poeta que é se afirmar como ser humano, sobretudo perante si mesmo, captar os arquétipos coletivos de sua época e princípios universais, permitindo após compreender-se ou não compreender-se, que pela sua obra os da sua época tenham referência alternativa para fazer a leitura do mundo e as gerações posteriores entenderem a própria história da humanidade. Tudo temperado pelo sonho, pela sensibilidade e pela utopia. PASSOU A ÉPOCA DE ESCREVERMOS E GUARDAR NA GAVETA NOSSAS CRIAÇÕES DEPOIS DOS MAIS PRÓXIMOS FINGIREM TER LIDO PARA NOS AGRADAR. Através do meu blog quero aprensentar-lhes a video-poesia, que usa várias linguagens de uma só feita, a serviço do texto. Se gostar divulgue e compartilhe com os seus contatos. Acessar em:

    http://www.valdecyalves.blogspot.com

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

 
%d bloggers gostam disto: