amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 1 de Agosto, 2010

SOU NOS OUTROS

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Se me penso a quem me julgo?
      A mim naturalmente
      pois só eu posso pensar por mim.

      O que penso é reflectido no meu
      dia-a-dia
      no partilhar a minha vida com os outros.

      Não posso desassociar as outras
      pessoas
      no meu acto de pensar e reflectir.

      Interactivo e predominantemente
      activo com os demais
      nasce o pensamento bem fundeado.

      Humilde o quanto baste não faço
      do meu pensamento
      meu senhor nem do sonho meu mestre.

      Jorge Humberto

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SOU NOS OUTROS

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Se me penso a quem me julgo?
      A mim naturalmente
      pois só eu posso pensar por mim.

      O que penso é reflectido no meu
      dia-a-dia
      no partilhar a minha vida com os outros.

      Não posso desassociar as outras
      pessoas
      no meu acto de pensar e reflectir.

      Interactivo e predominantemente
      activo com os demais
      nasce o pensamento bem fundeado.

      Humilde o quanto baste não faço
      do meu pensamento
      meu senhor nem do sonho meu mestre.

      Jorge Humberto

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NOS BRAÇOS DO RIO

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Roubei-te um beijo com leve sabor a maresia. Meus lábios salgados
      encontraram os teus e eu não resisti à irresistível sede de te beijar
      cabelos
      esvoaçantes ao vento da tarde solarenga com o rio a emitir seus traços
      de prata nas ondas cavalo com espuma feita de galgos esbeltos feitos
      de platina.
      O sol encontra-se no seu zénite e o calor é sufocante: caminhamos em
      direcção ao rio e arregaçando o teu vestido descalçaste as chinelas
      e mergulhaste os teus pés na frescura da água reflectindo o astro-rei
      no cós de minhas calças, que logo despi para juntos encontrarmos a água.
      Brincamos
      como dois adolescentes no vigor das águas frescas e demos as mãos para
      que o compromisso e a alegria fosse mais coesa e em conjunto nadássemos.
      Por um acaso no nosso deslumbramento engolimos água à medida
      que sorriamos e o sorriso com algum atrapalhamento pelos goles desmedidos
      fez-nos engasgar e tossir para alívio de nossas gargantas.
      Retirando o cabelo dos olhos pudemo-nos ver com clareza e o silêncio pairou
      no ar por instantes, olhos brilhantes e pestanas como se com com rímel
      nadamos um até ao outro e beijamo-nos longamente.
      Subindo o pontão de madeira velha que logo rangeu ao nosso caminhar
      demo-nos conta que o melhor seria apanhar um pouco de sol, para dar uma
      corzinha à brancura de nossa pele. Deitamos uma toalha no chão e
      espalhamos um pouco de bronzeador e assim ficamos juntos e em comunhão.

      Jorge Humberto

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ASSIM

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

                  Do dia a alegria

                  O sol irradia

                  Recomeço é vida.

                   Das águas das chuvas

                  No céu o arco-íris

                  Ao encontro do sol

                  

                  Da noite a lua

                  O brilho de prata

                  ilumina a calçada

                  Delineando a caminhada

                  

                  Assim é a vida

                  Sentimentos, cores

                  A Natureza premeia

                  Amor, amores….

                  

                  Nanci Laurino

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O ESTUÁRIO DO RIO TEJO

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

Da janela de meu quarto para a rua
vejo os azuis a espraiarem-se em
águas frescas correndo livres para o
seu porto seguro. Velhos barcos
ensaiam a faina com mãos de sal
jogando redes às águas verdes azuis.
O Tejo é um santuário de peixes e de
aves migratórias, que sempre
regressam ao seu costumeiro poiso,
na orla do rio, onde abundam matas
e uma grande biodiversidade de
plantas e de animais sobretudo aves.
Estas maravilhas da natureza são
património mundial e todos devemos
estar cientes se sua importância
generalizada e comum para as gentes
da margem do rio. Os pescadores
têm apenas uma pequena margem
para o pescado e para pescar e as
redes são fiscalizadas pela polícia
marítima com toda a responsabilidade.
Temos de preservar o que é nosso
com orgulho e satisfação, por ver
nossas costas e afluentes a serem
protegidas devidamente. Garças
e outras aves vêm aqui nidificar temos
Açores e Gansos Patolas entre outros.
E quem passa de carro pela ponte
nova que atravessa o rio, é muito
bonito ver as aves em plena liberdade.
Todos temos de ter o bom senso que
estes habitats não são nossos mas de
todo o mundo e que a todo mundo
pertencem e nós vamos cuidar deles
com todo o carinho e perseverança.
Peixes vêm ao rio Tejo desovar e ter
as suas crias, portanto pescar só em
determinadas alturas e com pequenos
levantamentos das sanções sendo
tudo cuidado e preservado. Como é
bonito o rio Tejo e a sua fauna, é um
orgulho para todos nós portugueses.
As imensas ilhas pululam de vida e
assim devem continuar, para nosso
regozijo e sentido de honra maior.

Jorge Humberto

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PRENÚNCIO DE AMOR

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

O amor tem de ser consentâneo com o que os dois esperam um do outro.
Amar tem de ser recíproco consentindo-se algumas nuances sempre de
acordo com as duas pessoas em causa. Embora dois elementos diferentes
o amor tem o condão de gerir as diferenças e de aumentar as concordâncias.
Pode haver desacordos mas estes devem ser esmiuçados até se chegar a uma
conclusão de acordo com o que é melhor para os dois apaixonados.
A flexibilidade e a renúncia de certos pontos têm de ser assumidas como o bem
pouco que lhes resta.
Amar é um estado de espírito uma ilusão que se vai construindo até se tornar
uma realidade factual. É ainda um estado de graça pelo qual as pessoas se
engrandecem e tornam-se maiores e mais esclarecidas, é um momento bonito
de se viver. Amar é partilha é estarmos na dor e na felicidade do outro como
se fossemos uma única pessoa. É saber escutar mesmo em silêncio pois os olhos
dizem muito e o silêncio fala através de gestos corporais e faciais.
Encontrar a alma gémea é a procura incessante de todos, alguém a quem passear
de mãos dadas com um sorriso largo nos lábios. Não se precisa dizer nada para
saber o que um quer e logo sua solicitação é atendida. Amar é estar no na alto de
uma montanha e gritar aos quatros ventos o quanto se ama a plenos pulmões.
Sentimento de pura entrega, o amor não suporta o diz-se que diz-se da inveja
que infelizmente reina em muitos que não sabem o que é uma entrega sem
barreiras, o amor supremo ama por debaixo da vaga e nunca morre, quanto
muito pode-se é trocar de interlocutores, mas o amor esse permanece à espera
de novos parceiros, que tudo fazem para mostrar o seu contentamento com
palavras ternas e apaixonadas, fazendo-nos sorrir muitas vezes ao acaso. Quem
ama norteia-se pelo bem-querer dos dois amantes, nascem os agrados e uma
surpresa é sempre recebida com o sorriso mais bonito da Terra. Correr pelos
jardins como duas crianças, andar de baloiço, mostrar o como somos falíveis
com um aceno de cabeça e a palavra «amo-te» para sossegar o nosso ego.
Não ama quem quer ama quem se predispõe em aceitar condições, que não
eram ao princípio do indivíduo em causa, é saber mudar para que haja uma
intuição única que nos faz saber uns dos outros estejamos longe ou perto da
pessoa amada. Ah, o amor, esse perfeito estado de alma pura.

Jorge Humberto

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NO ACTO DE ESCREVER

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Eu não sei se escrevo o que penso se penso o que escrevo.
      Tenho consciência que escrevo o que me dita a alma e que
      escrevo para os outros, como forma de lazer ou de pura
      reflexão. Acho que escrever é exercitar o nosso pensamento
      assim como é uma divida que eu tenho para com os leitores.
      Se alcanço o que me proponho não sei mas apraz-me que
      haja quem me leia e comente minha obra com toda a seriedade.
      Em tudo o que faço ponho o máximo de mim sem me escusar
      a qualquer esforço nem esperar nada em troca que não seja
      a humildade de meus leitores e a dignidade de meus críticos.
      Sou feito de intuição e observação, e sempre procuro a
      perfeição para os meus escritos. Sei que é algo impossível mas
      não consigo fugir a esse enlace, que me domina contextualmente.
      Escrever para mim é uma responsabilidade a que nunca fujo e
      sinto orgulho por dizer que nunca deixo nada ao acaso nem faço
      descaso daquilo que escrevo pois respeito muito quem me lê.
      Como qualquer escritor e poeta sou um pouco de sozinho não
      de solidão embora às vezes seja apanhado no meio de um
      turbilhão de sentidos que me perdem por momentos e me
      duvidam enquanto ser consciente de muitos. Sou introspectivo
      e razoavelmente razoável, mas não faço da razão meu senhor.
      Sonhador o quanto baste acredito no bom senso do ser humano
      e dou-lhe a margem de dúvida suficiente para poder errar, o que
      não suporto é as pessoas incorrerem no erro sistematicamente
      por omissão ou desprendimento de suas responsabilidades.
      Multifacetado escrevo de tudo um pouco, mas a poesia livre
      cativa-me acima do restante. Quando escrevo tento encontrar-me
      e encontrar o cimentar de uma base que me faça entender
      perante os demais que como eu apreciam a cultura da escrita.
      Não escreve quem quer escreve quem tem intuição e é socialmente
      preocupado com as coisas que precisam ser esclarecidas na posse
      de todas as suas faculdades inerentes ao bom entendimento.
      Assumo o acto de escrever como um trabalho digno de se realizar
      e de ser socialmente aceite como ferramenta para atingir diversos
      fins. A escrita é abrangente e percorre muitos caminhos até chegar
      aos seus leitores, que procuram na leitura uma forma de se
      sentirem esclarecidos e devidamente avisados, quando a preocupação
      é sócio cultural ou de puro ócio. É um prazer que se constrói intimamente
      mas sempre ligado a quem futuramente lê o que se acabou de escrever.
      Escrever é um acto de crescimento para o seu autor e é uma forma
      de valorizar a vida. Não sei porque escrevo mas sei porque devo escrever:
      acto contínuo de minha responsabilidade perante os menos esclarecidos.

      Jorge Humberto

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ÉS A CHUVA AOS BORBOTÕES

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

És a chuva quando cais aos borbotões
és o sol quando nasce detrás do
horizonte, recém-nascido das nuvens
afastando o orvalho matinal e virginal.

Teu doce despertar cria em mim uma
corda de insónias que eu vou querer
perpetuar com sangue e nervos que
me conciliam e me perpetuam aqui.

Crias em mim uma volúpia crescente
que me faz contundente e arisco
por te ter junto a mim no presente
continuo e nada vulnerável ao

situacionista pensamento procedente
que nos  faz amantes sem precedentes
nem preconceitos estabelecidos e
preconceituosos da estabilidade acintosa.

Jorge Humberto

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POSSESSÃO

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

Falta às pessoas um pouco mais de humildade
dizerem ao que vão e o que querem. Habitam
em nós muitas máscaras possessivas e por demais
evidentes para que se possam subtrair por um
comportamento mais condigno e de acordo com o
ser humano falho e imperfeito. O supor que algo
de sobre-humano traz perfeição e que o tempo
tudo atenua e desculpa ou rectifica nossos erros 
humanos faz de nós pessoas solitárias e prepotentes.
A riqueza está sempre do lado do mais popular ,
sendo que o braço torce sempre que há uma dissemelhança,
com o que é básico no homem e faz ponte, com o seu
bom senso primário e ordinário.
Sopram ventos de mudança, mas o Homem não está
preparado para a revelação de novos critérios de tão
fundamentalistas e convencionais que se tornaram.
Ao Homem exige-se ouvir e passar a palavra inteligente
e comprometedora ao seu receptor atencioso e
abrangente com a música mística do ressoar da voz.
Todo o mal reside a partir do momento em que o Homem
deixou de viver em comunidade e passar seus costumes
ancestrais, em que havia um respeitoso consentimento
pela sabedoria dos mais velhos, aos chamados anciões
guardas da palavra transcrita e honrosa.
Já não há jovens para escutarem os seus lideres culturais
de maneira que a palavra não progride crescendo livre e
sumptuosamente, morre à nascença prematuramente e
de forma dolorosa para toda a humanidade.
Cada vez se dá menos atenção à forma como se escreve,
quem faz da escrita sua obra e poeticamente falando
a poesia virou um traste em que se tem de pedir o obsequio
para escrever de forma digna e respeitosa, para com os
seus leitores. Mas os leitores têm a sua quota-parte de culpa
quando ao lerem detectam um erro e não o comunicam ao
seu autor. A internet virou uma bagunça e os erros são
costumeiros, entretendo-se as pessoas com as lindas formatações
que vêm sempre a par das poesias, estas são feitas para a
vista e muito menos para o seu consumo interno e intelectual.
 
Jorge Humberto

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PRINCÍPIOS BÁSICOS

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

Qualquer coisa maior que a humildade de cada um
soa a luta sem crendice pelo meio que o homem é
mais que culto e que estátuas de ouro fundido.
Soa a falso todo o culto partindo do seu princípio
aglomerante e perverso que ele acarreta desde logo.
Enfim somos humanos perante a nossa fatalidade
e convenhamos que a arrogância faz parte dos que não
se incluem neste preceito malfadado e incoerente.
Porque se parte do princípio que o homem é feito
à imagem de Deus e tão só por isso é perfeito.
Não só por isso mas também por isso o homem é
pouco humilde como referi acima e alimenta um ego
maior que o seu defeito principal, a não tolerância
perante a diferença e a dissemelhança aguda
de cada um de nós diferentes e iguais na sua humanidade.

Jorge Humberto

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CHAMPANHE ESTRAGADO COMO EU

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

Hoje abri uma garrafa de champanhe bem preservada
quando me dei conta que não tenho nada aqui
para comemorar. A minha vida vivo-a por
arrasto e com muito esforço alcanço os
meus fins, que principiam sempre por algum
lado, lado esse onde eu não me encontro
bastas vezes, sou o próprio reverso de mim
mesmo e não vale a pena as minhas justificativas
para merecer o ar que respiro..
por pressuposto sou um pária da sociedade
já que meus poemas morrem logo no seu inicio
e por mais que eu queira não levam pão à boca
de ninguém, quer chore de inanição, quer de outros
maltratos que uma criança não devia estar exposta.
grito sim eu grito, não me ouvem gritar a dor que
me vai no peito? O que é feito de vocês poetas e
escritores que se tornaram omissos pela palavra?
Crianças ranhosas esbugalham os olhos ao ver-me
não pronunciam palavra que o choro morreu-lhes
na garganta não acicatada. mas eu ínsito à revolta
vós que sois poetas têm obrigações, não vale a pena
escarrar na parede e ver a miséria sem fazer nada.
Contra o focinho da palavra minhas veias se expõem
minha garganta incha com a dor e o verso que ficou
atravessado na dita cuja que apresenta tons vermelhos
pelo esforço de gritar ao mundo que isto é um fratricídio
com o qual temos de lidar pés firmes na terra, somos
todos culpados e até o champanhe estava estragado.
Sou um vagabundo percorrendo as areias do deserto
minha voz não tem precursor e isto vai de mal a pior.
Masturbadores passivos sóis vós, que escrevem sobre o amor
sem o doar a ninguém, preferível ser transgressor e
acicatar tudo isto, desde o coto até ao membro decepado.
Dou-me conta que as pessoas não querem saber da fome
dessas crianças, limpando o ranho ao pulso, para parecerem
mais decentes, escreva-se um poema sobre o amor e é
garantia de que será lido, escreva-se uma prosa social e ninguém
quer saber do que lá vem escrito, nem se dão ao trabalho de abrir
o trabalho do poeta e escritor. Conto pelos dedos as pessoas
que abrem um poema social para o lerem com olhos de ver
e pronunciar-se acerca de. enquanto escrevo esta prosa
dezenas de crianças morreram sob nutridas e por falta de
medicamentos, que no primeiro mundo há aos montes.
Hoje abri uma garrafa de champanhe e não tenho nada para
comemorar, apenas chorar e me culpabilizar ante os factos.

Jorge Humberto

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NÃO É MULHER COMO TU QUEM QUER

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

     Quando passas por mim mulher
      tuas fragrâncias são de água e de leite
      e eu pensando passo porque ela quer
      para meu conforto e deleite.

      Não é mulher como tu quem quer
      tem de ser pura como o azeite
      que alumia uma noite qualquer
      e espera de mim que eu a aceite.

      Passas fogosa cetim bem acetinado
      flor no cabelo bem aperaltado
      que me seduz como sói seduzir.

      Coras ao meu galanteio, pés descalços
      vais para a fonte sem percalços
      e brincas comigo só porque ousei sorrir.

      Jorge Humberto

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TRAVO AMARGO

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Cigarro após cigarro travo o
      fundo amargo do tabaco.

      Cinzeiro cheio diz de minha
      ânsia sem precedentes.

      E o sabor do café morre
      maduro no meu palato.

      Por certo procuro algum
      bem estar, que não vem.

      Na rua as pessoas passam
      indiferentes a tudo isto

      e eu me conformo diante
      do espelho obtuso.

      Não é o que eu queria mas
      é o que tenho e vejo-me

      limitado ao sonho precoce
      que nunca é como eu desejo.

      Acendo outro cigarro e bebo
      um gole de café frio entretanto.

      Tento fazer um poema mas
      as palavras fogem-me

      e eu não consigo seguir seu
      raciocínio lógico e prudente.

      É certo que este calor que
      resolveu aparecer

      não veio fora de horas e eu
      que detesto o cheiro do suor.

      Sou prepotente quando
      penso que isto só acontece a mim.

      Mas eu não queria nem um único
      cigarro, que me mata lentamente.

      Sou sobrevivente e não deixo
      meu destino por mãos alheias.

      Vou-me embora a poesia já
      disse o que queria.

      Só eu não sei se disse o que
      gostaria de ter dito.

      Enfim eu não sou perfeito
      terão de se haver com o que escrevi.

      Jorge Humberto

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INCOMPLETO

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Por mais que a vida não me sorria
      arranje pretextos para o meu mal
      Sempre uma réstia de esperança
      floresce como folhas húmidas.

      Crescendo em mim está o amor de
      minha amada minha musa de toda
      a hora, nos silêncios ressarcidos
      no focinho da palavra que não cala.

      É a ela que vou buscar as forças de
      que não disponho mas humildemente
      me entrego ao seu cuidado como
      quem não tem mais estrada para andar.

      Estamos tão longe um do outro amor
      mas o significado dessa palavra está
      connosco a toda a hora e eu atravesso
      o profundo oceano para estar contigo.

      Se te dissesse que não tenho olhos para
      mais ninguém essa seria a verdade a ser
      conciliada com o cuidado que nutrimos
      um pelo outro logo desde o seu inicio.
      
      Pela alvorada vejo teus olhos cor de mel
      e as minhas dores parecem desaparecer
      num outro corpo meu paralelo a este que
      me desafia a encarar a dor de frente.

      Só tu és a minha luz, meu lampião que
      ilumina até a rua mais escura, onde os
      gatos costumam ser pardos e esquivos
      roçando muros, trazendo a sombra consigo.

      Meu amor o que eu sofro é demais para
      um humano mas quando estou contigo
      todas as flores crescem e sorriem como
      nunca o sol teve a simpatia de sorrir para mim.

      Sou teu com todos os defeitos inerentes
      assim como aceito a nossa dicotomia
      que nos faz dois em um na mestria
      que o Universo há muito nos reservou.

      Jorge Humberto

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BANHANDO-TE NO MAR

Posted by vidapura2 em Agosto 1, 2010

      Teus lábios salgados nos meus
      deixam o leve toque da maresia
      e as conchas se espraiam
      pela a areia das dunas acima.

      Teu doce mistério vem com as
      ondas do mar, galgos de espuma
      que correm por ti, como a leve
      brisa da praia onde te encontras.

      Algas vêm dar à praia em tons
      verdes e depositam suas cores
      no teu cabelo minha musa
      escutando o som dos búzios.

      Podes assim escutar as ondas do
      mar longínquo, mas que está
      perto de ti conquanto tu o chamas
      à tua presença e adormeces na areia.

      Teu corpo assim descansado e
      exposto ao sol tem matizes de oiro
      e eu sacudo a água do cabelo
      e te beijo contigo adormecida.

      Minha musa acorda sorrindo
      e pede que o mar a banhe nua
      bem assim como veio ao mundo
      para lhe tomar providências.

      Jorge Humberto

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