O coração debruça frente as minhas verdades,
busco ao fundo da alma os porquês…
Sem respostas,
deparo-me frente a este mundo
que por vezes mostrou-me o louro;
por outras, colocou-me frente à derrota.
Quero pedir-te perdão meu grande e único amor…
Hoje,
despeço-me deste sentimento lindo
que me fez chegar até aqui, tropeçando ou não…
Dos erros que cometi, fui pago com o mesmo
através da senhora ilusão;
tomada pelo prazer momentâneo
que me custa a dor mais profunda
que o universo possa apresentar-me…
Ao fechar as cortinas do tempo
recolher-me entre estrelas,
seres encantados
se fizeram presente a meu redor.
Fazendo-me ter forças necessárias
para não entregar-me à senhora morte,
que, por vezes, tentou abraçar-me…
Neste novo caminho
imposto por esta dor infinita
pude sentir que sou querido e desejado
até mesmo por silhuetas mais jovens que a tua.
Mas tudo foi em vão, pois a essência se foi…
Hoje,
o poeta se debruça
frente sua janela de encanto e poesia
aonde, de um mundo por vezes imaginário,
retira inspiração que toca corações solitários.
Hoje,
o grande se torna pequeno…
Não somente para pedir-te perdão,
Mas como pedir a tudo que me ladeia,
que eventualmente, sem querer,
tenha algum dia machucado, ou ferido…
A você terra
a qual tanto piso e pouco ofereço…
A vocês meus pássaros, meu animais,
a quem às vezes, pouco tempo tenho
para retribuir-vos o amor oferecido…
A vocês meus amigos e amigas
os quais tanto me dão de carinho…
Até mesmo a você, ou vocês;
aos que não gostam de mim
mesmo sem que eu saiba o porquê;
só quero vos pedir perdão…
E hoje, quando despeço
do sentimento mais lindo que vivi
para iniciar a procura pelo meu novo sol
apenas vos peço:
– Vivamos em paz, apenas isto!…
Agora volto-me à janela
de lá, vou em busca da inspiração.
Mesmo que ela advenha da dor
afinal,
sempre será prova de meu aperfeiçoamento!…
Paulo Nunes Junior