Carência
Posted by vidapura2 em Outubro 7, 2010
Ah, essa fome me consome!
Como saná-la de mim?
Tenho inveja do tempo,
que não se consome assim!
Tal qual ferida aberta
dói saber-te,
adornando outro jardim.
Continuo a querer-te assim,
tão bem, como o tempo, sem fim.
É bem meu querer outrossim.
Sonho, sonhos inimagináveis.
Vejo-te pelas sombras,
vindo até mim.
Mas o espaço vazio
é o abismo do sem fim.
Descobri que nem o tempo
será capaz de curar-me.
Este mal ressoa forte dentro de mim,
fazendo-me a mais infeliz
das criaturas enfim.
Nesta atrocidade,
da fome que me consome,
fujo dessa minha ingenuidade.
Posto que, a fome se mata
procurando o alimento certo,
Necessito de algo para suprir,
este insano desejo, que tenho por ti.
Vanderli Granatto
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