amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for 3 de Fevereiro, 2011

Razão de viver

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Muitas pessoas erguem-se pela manhã acreditando não existir qualquer sentido para despertarem.

Dormem sem nenhum objetivo e acordam do mesmo modo, transformando o dia-a-dia, em uma experiência insossa ou vazia.

Vagam pelas ruas, sem destino certo, à mercê do que lhes aconteça no curso do dia.

Levam uma vida sem direção, desvalorizando o tempo e a oportunidade de estarem reencarnados.

Deixam-se levar pelos “ventos do acaso”.

Não vêem significado em família, em amigos, nem em trabalho.

Quando se estabelece este estado d’alma, a pessoa corre o risco de ser tragada pelo aguaceiro das circunstâncias, sem quaisquer resistências morais para enfrentar as dificuldades.

Com certeza, não é o melhor modo de se viver.

É urgente que nos possamos sentir como peças importantes nas engrenagens da vida.

É necessário que tomemos gradual consciência quanto ao nosso exato papel frente às leis de Deus.

Seria muito belo se cada pessoa – principalmente as que não vêem sentido para a própria vida – resolvesse perguntar-se: “O que posso fazer em prol do mundo onde estou?

Para que, afinal, é que eu vivo?

Para quem é que eu vivo?”

Dificilmente não achará respostas valiosas, caso esteja, de fato, imbuída da vontade de conferir um sentido para sua existência.

Cada um de nós, quando se encontra nas pelejas do mundo terreno, pode viver para atender, para cuidar de alguém ou de alguma coisa, dando valor às suas horas.

É importante dar sentido à vida.

É importante viver por algo ou por alguém.

Dedique-se a um ser que lhe seja querido, que lhe sensibilize a alma, e passe a viver em homenagem a ele, ou a eles, se forem vários.

Dedique-se a uma causa que lhe pareça significativa para o bem geral, e passe a viver em cooperação com ela.

Dedique-se a cuidar de plantas, de animais, do ambiente.

Apóie-se em algum projeto justo, desde que voltado para as fontes do bem, pois isso alimentará o seu íntimo.

Assim seus passos na terra não serão a esmo, ao azar.

Quando se encontram razões para viver, passa-se a respeitar e a honrar as bênçãos da existência terrestre.

Cada momento se converte em oportunidade valiosa para crescer e progredir.

A vida na terra não precisa ser um “campo de concentração” a impor-lhe tormentos a cada hora.

Se você quiser, ela será um jardim de flores ou um pomar de saborosos frutos, após a sementeira responsável e cuidadosa que você fizer.

Dedique-se a isso.

Empreste sentido e beleza a cada um dos seus dias terrenos.

Liberte-se desse amortecimento da alma que produz indiferença.

Sinta que, apesar de todos os problemas e dificuldades que se abatem sobre a humanidade, a chuva continua a beijar a face do mundo e um sol magnífico segue iluminando e garantindo a vida em todo lugar.

Isso porque, todos nós somos alvos da dedicação de Deus.

***

O tempo é uma dádiva que Deus nos oferece sem que o possamos reter.

Utilizá-lo de forma responsável e útil é dever que nos cabe a todos.

Dê sentido às suas horas, aos seus dias, e assim, por conseqüência, a toda a sua vida.

Momento Espírita

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Sou Cigana

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Sou cigana, sou festejo e alegria.
Não tremo frente à torpeza e a patifaria,
Minha missão é levar felicidade e magia.
Sou livre como o vento, sou louca ventania!

Celebro a vida que em mim habita…
O amor por mim sentido, conjugado.
A lealdade em minhas veias palpita.
Meus sonhos viajam num cavalo alado!

Sou cigana, misto de mulher e feitiço.
De mansa pomba e tigresa ferida…
Faço parte de um povo justo e castiço,
Não temo a turba ruim, desabrida!…

Sou a cigana que vive e ama pra valer…
Mulher sem preconceito, feminina, amante!
Que muito deseja e muito se faz querer…
Sou tarde de verão, sou o sol flamejante!…

Sou cigana, bruxa, fada, feiticeira…
Uma fênix nesta terra enfurecida!
Não temo facada.. nem fogueira…
Sempre estarei de pé, renascida!

Sou cigana, ser cigana é ser valente.
É sorrir… dançar… rodopiar… cantar!…
Abraçar muitos irmãos… toda a gente!…
Toda a magnificência de Deus.. exaltar!

Sou cigana, tenho brasa no peito, no olhar.
Amo a liberdade, a natureza, a terra, o mar!
Sou a alma de um violino plangente a tocar,
Meu amor… é um meigo manancial a jorrar!

Mary Trujillo

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O Poeta Verdadeiro

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

O poeta verdadeiro
É como um vulcão explodindo
Todas nuanças de cor, de amor à vida…
Morrendo para renascer em cada
Verso. Nascendo em cada lágrima
Derramada no decorrer da estrada.
O poeta é o médico das almas
Desvalidas, esquecidas e cansadas…
Ser poeta é querer que todas
As dores do mundo sejam
Curadas, com o carinho das palavras.
O poeta é andarilho do mistério
Rei da clarividência…
Alheio ao desamor e ao ódio…
O homem do mundo sem moradia certa.
De papel em punho desmascarando
A face dos cruéis…
Secando as lágrimas dos injustiçados.
O poeta verdadeiro é aquele que veste de
fantasia, o amor sonhado por tanta gente…
Menestrel das noites e madrugadas…
Anjo da guarda dos renegados,
Dos que andam sem rumo pelas calçadas.
O verdadeiro poeta povoa sua solidão
De risos, música, rimas, estrofes encantadas…
Esquecendo que é apenas um homem e
Mais nada…

Mary Trujillo

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ALMAS DESAVINDAS

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Tenho tantas almas,
que, no descrer,
são montanhas a aparecer,
vãs e inúteis – sensações,
que a Razão desconhece,
e no mar permanece.

Bóiam águas calmas,
nos fúteis pensamentos.
perdidos remos e alentos,
vagando águas, outros olhos –
que nos meus, não têm porquê,
como um haver, de nem sei quê.

E da montanha, a descer,
só um nevoeiro se vê,
nado ou posto, como nem quê –
como estas almas, que me assaltam,
num redemoinho, de momentos,
cobrindo-os, de feros ventos.

Minhas almas desavindas,
são como esses ventos,
insistem nos pensamentos,
que de haver, já o eram –
assim um arado, na pedra,
onde alma alguma, medra.

Jorge Humberto

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QUERIA UM SOSSEGO DE SOSSEGAR-ME

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Queria um sossego de sossegar-me,
entre crianças e flores a lembrar-me,
que o que sou ou fui, inda insiste,
no debruar das nuvens, que consiste.

Lembranças são barcos a perder-se,
num oceano, que, no mar, invertesse,
o sentido das cousas, e ao essencial,
que no mundo buscasse, o segredo original.

O resto é nada.
Cala.

Jorge Humberto

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MINHA PÁTRIA SEM NOME

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Minha Pátria sem nome,
nem pronome;
e em cada verso, o Tejo
rumoreja –
Camões compondo
líricas, no líquido das
fontes recessas,
apelando ao visco da pedra.

A pedra é sempre pedra,
esculpindo meu rosto
(como quem funde oiro,
ou coisa nenhuma) –
e os pássaros no restolho,
anunciam o entardecer,
no crepitar ansioso
das águas, na pressa de chegar.

Vãos de escada; e em
cada esquina um fascista;
escondendo-se fedendo,
nas alturas dos
arranha-céus – melhor
seria pô-los a todos,
à disposição do povo:
doutrinando-os de socialismo.

Tenho fome de dentes
na tábua. de morder o éter
insalubre, com que
deixaram meu país,
à beira do colapso flexuoso
(só a poesia pode numerar
e restringir os excessos,
da criança, que tudo sabe).

Anseio minha Pátria livre,
de escumalha
e de escombros políticos;
alva brisa adentrando nas
folhas das árvores,
guardando pela nossa
inteireza, o nome com
que do Pátrio nos elegemos.

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PÓS-OPERANDIS

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Meu ser inerte,
corpo desnudo
e cru; metáfora
de mãos aprisionando
meus sentidos;
éter rarefeito,
na sala purificada
e gaseada.

Faca perdendo-se
na carne doente;
é gume é cabo,
ordenando
sua propensão –
o teorema,
que rasga minhas
entranhas.

Recobrar,
no meio caminho;
e a faca suga
a lâmina, que busca
a inflamação
(não sem antes
intensificar,
a anestesia).

Envolto em tubos,
regresso às
paredes simétricas;
brancas;
(e o relógio parou, ficou
a faca o gume
e o tempo ,
que lá ficou).

Cavalos desnorteados;
dir-se-ia, que
estou inválido!
Sorrisos femininos,
acodem meu corpo
(se não fosse faca,
seria relógio,
ou chumbo de bala).

Jorge Humberto

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NOSTALGIA

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Todo o amor, que me tens dado,
guardo-o no coração, enlevado.
É como o carinho, que a ofertar,
quisesse do afecto um beijo deixar.

Em cofre de marfim está guardado,
que no teu colo sinto-me abraçado.
E no silêncio do que possa parecer,
as rosas do amor, que as viu nascer.

E acaso sou eu, teus olhos a guardar,
confesso. sim. sinto-me apaixonar.
É como se o céu descesse até mim,
e em branca alvura, trouxesse-me a ti.

E por todo o lado Narcisos a corola
expõe; e o mal, se existe. estiola.
Menos o nosso amor, que é eterno,
persistente no querer e muito terno.

Jorge Humberto

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APENAS UNS VERSOS

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Compulsivamente o sol venceu o gris,
das ondas e do céu mostra-se ameno,
em toda a sua generosidade rarefeita,
lembrando a sua génese contrafeita.

Continua a brilhar na noite insalubre,
com fogachos de luzes intermitentes,
e lá dentro nas casas as luzes brilham,
enquanto à mesa as pessoas se animam.

E guerreiam as estrelas, pela posição,
que julgam de direito no espaço sideral,
caem, levantam-se se metarmofeiam,
e do brandíssimo Universo se alheaião.

E uma criança com bola joga a rodapé,
esquecendo a chuva e o frio lá fora,
bola para cá, bola para lá, num ritmo
preciso, que o sono, brando, é íntimo.

Jorge Humberto

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DE MUSA SE FEZ SILÊNCIO

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

De musa escolhida,
a musa descabida,
foi um passo
a rememorar,
levando o poeta
a se atentar,
que estava só sem
palavra da escolhida,
com seus versos
falhos de palavra amiga.

Assim sem musa,
que o poeta usa,
na entrega total,
com setas nos braços
e músculos,
astuto chacal,
devorei géneses,
que do poeta foi um dia,
os poemas cantados,
em firme sincronia.

Tudo isso acabou,
tudo isto findou,
meus versos
vão sozinhos,
na noite sem par,
mais os reversos,
do poema difuso;
não me importa,
nem quero saber,
se há alguma porta.

Jorge Humberto

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TRISTE LUAR

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Cai a noite no cinzento cru do rio,
vem branda mas trás tanto frio,
que eu sou obrigado a lembrar,
que é o inverno lá fora, a regelar.

A tudo colhe o seu braço esguio,
muros, casas, de negrume tingiu
a mão que a cobre, sobre o luar,
sem estrelas no céu a enamorar.

E as pessoas que de longe cingiu
perguntam-se se alguém partiu,
ou se é assim, a tristeza a chegar,
de mansinho, parecendo chorar.

Jorge Humberto

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MAGNÓLIA

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

No meu peito aberto, magnólias
e nardos; mais as rosas
esquecidas, no teu regaço aberto,
não por acaso as deixei lá devidas,
comigo aqui por perto.

De pétalas cubro o teu sono,
que eu desvendo, brincando
com os teus sonhos, de cá para lá,
e de lá para acolá,
como que levitando.

E acordado em mim, ciente de
minha postura, teu corpo desvendo,
pelo toque suave de minha mão,
que tem cheiro a terra e desfolhada,
e é um rito qualquer, de antemão.

Acordas; sorris; e voltas a adormecer,
na quietude da noite branda.
Fecho as janelas e, deitando-me,
a teu lado, sopro-te um beijo,
de roupa te cobrindo, ajeitando-me.

Jorge Humberto

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AH, DÊEM-ME ROSAS!

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Quis Deus que eu fosse esta fraca figura,
Que não tivesse nem terras nem empresas,
E deu-me por espinhos excessiva ternura
Com que visto as minhas muitas incertezas.

E o sono vem sempre tarde por esta altura,
Quando a partilha é solidão e reais certezas…
E o vetusto caminho, de minha candura,
É uma paisagem vazia de mãos ilesas.

Assim sou dois, o que quer e o que rejeita.
E revolta-se-me o coração, a toda a hora porvir,
A vida e com ela o amor que me enjeita.

Ah, dêem-me rosas, e um mar de calma!
Brancos braços de mulher onde dormir,
O meu desassossego, a minha alma!

Jorge Humberto

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SEGREGAÇÃO E AFIRMAÇÃO

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Dentro deste mundo, incontido,
singular, das vezes, pervertido,
procuramos o que nos é devido,
em cada degrau, soando a olvido.

Caminham sem norte e à omissão,
os pobres desta vida, aquém da mão,
que, estendida, espera a excepção,
que lhe sirva, saudosa, redenção.

Homens, como eles, desviam o olhar,
na sempre difícil arte de recriar,
a irresponsabilidade, que querem negar;

o que os olhos bem vêem, sem emoção,
nem cuidados sagrados, secreto coração,
que da segregação, sói aqui a emancipação.

Jorge Humberto

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MINHA FLOR DE ALEGRIA

Posted by vidapura2 em Fevereiro 3, 2011

Meu amor, meu amor,
minha flor de alegria,
quando me trazes calor,
é quando desponta o dia.

Meu amor, meu amor,
minha semente silvestre,
tamanho é teu esplendor,
aquele que a ti te veste.

Trazes carmesim vestido,
laço apertado no cabelo,
tudo em ti faz sentido,
como alinhavado novelo.

Lenço escarlate no cetim,
mãos brancas como a neve,
quem me dera ter-te assim,
como quem nada deve.

Meu amor, meu amor,
passarinha assustada,
aqui estou, não por favor,
em mim és e sempre amada.

Jorge Humberto

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