amizade e poesia

Alguém que faz você rir…Alguém que faz você acreditar em coisas boas…Alguém que convence você …De que existe uma porta destrancada…Só esperando para que você abra. Esta é a Amizade Para Sempre.

Archive for Março, 2011

Mágoa desnecessária

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

As relações humanas serão sempre pautadas pela dificuldade que trazemos na alma. E não poderia ser diferente.

Como somos seres em evolução, muito ainda há que se construir nas conquistas emocionais para que o equilíbrio, a justiça e a retidão sejam as ferramentas no relacionamento humano.

Não é raro indivíduos que, desgastados pelos embates humanos, cansados das dificuldades de relacionamento, alegam preferir viver isolados do mundo, sem a necessidade de suportar a uns e agüentar a outros.

O raciocínio se torna quase que natural, frente a tantos esforços que temos que empreender tanta paciência a exercitar, no trato com o semelhante.

E não são poucos aqueles que se isolam do mundo. Seja buscando uma vida de eremita, fechando-se em seu lar ou isolando-se em essa ou aquela instituição. Esses buscam a paz que não encontravam nas relações sociais e familiares.

Muito embora assim o façam imbuídos, por vezes, das mais nobres intenções, esquecem-se de que, ao isolar-se, ao fugir da sociedade, perdem a grande chance do aprendizado da convivência.

Somente nos atritos que vivemos é que vamos encontrar a chance do amadurecimento das experiências, de crescer, de superar aos poucos os próprios limites de interação social.

Somos todos indivíduos criados para viver em conjunto e a vida solitária somente nos causaria graves seqüelas à vida emocional e psicológica.

É na experiência de viver com os outros que a alma tem a possibilidade de conhecer diversas formas de aflições e exemplos inesquecíveis.

É natural que nossas relações não sejam sempre pautadas pela harmonia. São nossos valores íntimos que determinam os entrechoques que, não raro, vivenciamos, ou os envolvimentos afetivos de qualidade, que usufruímos.

Como ainda não nos acostumamos a viver em estabilidade íntima por longos períodos de tempo, vez ou outra surgem dificuldades, problemas, indisposições variadas em nossos relacionamentos.

Pensando assim, pode-se concluir o quanto é desnecessário e improdutivo viver-se carregando no íntimo mágoas e malquerenças.

Ninguém há no planeta que não se aborreça quando recebe do outro o que não gostaria de receber. No entanto, não podemos esquecer que ninguém também pode afirmar que, com seu modo de falar, de ser e de agir, não cause aborrecimentos e mágoas a outras pessoas, ainda que involuntariamente.

Desta forma, cabem a cada um de nós procurarmos resolver mal-entendidos, chateações e mágoas com os recursos disponíveis do diálogo, do entendimento, da desculpa e do perdão. Afinal, se outros nos magoam de nossa parte também acabamos magoando a um e outro, algumas vezes.

Assim pensando, podemos concluir ser uma grande perda de tempo e um sofrimento dispensável o armazenamento de sentimentos como a mágoa ou a raiva no coração.

Há tanto a se realizar de bom e de útil a cada dia, e o tempo está tão apressado, que perde totalmente o sentido alimentarmos mágoa na alma, qualquer que seja a intensidade.

Redação do Momento Espírita

Posted in AMIGOS | Leave a Comment »

É AMOR ASSIM O NOSSO

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Teus olhos correm melífluos,
dourando à luz do sol,
que sereno se mostra na paisagem.

As areias brancas, da orla,
lembram
tuas mãos, da cor do marfim.

A luz incide no teu rosto,
abrilhantando-o de flores,
emprestadas pela linha do horizonte.

Mais ao longe, teus cabelos,
são como ondas do mar,
meio encrespado, pela leve brisa.

Teu quadril, feminino,
descansa cansaços nas dunas,
de um louro espreguiçando-se.

Vagarosamente levantas-te,
e dirigiste para as águas,
azuis, como da cor do céu, que espreita.

Entras mar adentro e recomeças
a apanhar
conchinhas e vários búzios.

Não me canso de olhar para ti e de
seguir teus movimentos,
como numa película a cores.

Trazes-me o teu tesouro, que depositas
numa cova, nas pedrinhas
da areia, nas dunas de nosso amor.

Beijamo-nos; enquanto te sentas a
meu lado, no areal
quentinho, que nos aquece o coração.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

RECORDAR NÃO É VIVER

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Recordar é viver com fantasmas,
plasmas
e alegorias, de outros dias,
pois nada volta atrás,
para recuperar o perdido,
nada, nada é capaz,
de tamanho sentido.

Recordar é viver em ilusão
(pobre coração),
e fazer do passado, algo sem legado,
que o que foi já não voltará a ser,
a encontrar o que se perdeu,
porque isso não irá acontecer,
que o que morreu jaz e arrefeceu.

Por isso há pessoas a sofrer na vida,
sem ida
nem volta, e logo uma revolta,
toma conta das esperanças,
quando nada faz jus à excepção,
desse amor feito de lembranças,
que se guarda com muita gratidão.

Mas é assim, esta verdade nua
e crua,
em que só o presente, consente,
que andemos de cabeça erguida,
com crença, sem restrição,
se assim não for seremos como o doente,
que sofre por antecipação.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

MULHER EXEMPLAR

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

És tão triste como tudo que me entristece,
mas, lutando, por quem és, não te olvidas,
que a tristeza, só vem quando desvanece,
o querer ser alguém, e a ninguém duvidas.

Por madrasta tem-te sido a vida, por haver,
desse teu destino, sempre pessoa humilde,
onde nem todos de ti têm sabido enaltecer,
a exemplar pessoa, que, na vida, já coincide.

Sofres a dores doídas quem à vida trouxeste
e deste de teu; e cortando o cordão umbilical,
em total padecimento, pela raiz, tu quiseste,
de ter o libero de ser alguém, não um animal.

Subserviente ou bajulada, por interesses vis,
de quem te supre a personalidade feminina,
riscando-te na lousa preta a traço branco giz,
como para te apagar, e, à tua mulher, divina.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

MALDITO CIGARRO

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Acendo um cigarro, num movimento
maquinal;
ancestral
gesto, que tem perpetuado no tempo.

Fico expectante, vendo o fumo expelido,
a ir-se pelo ar,
a se movimentar,
bem fora deste meu corpo, tão ofendido.

E esmurro o cinzeiro, enquanto escrevo,
esta devoção,
minha extrema-unção,
que à Indústria Tabaqueira, muito devo.

Quando tinha seis anos, quem me disse,
que o cigarro
mata e traz catarro?
Ah, Ninguém me o disse, que bem o visse!

Fumo mais quando escrevo minhas poesias.
Parece uma bengala
sem gala
nem uso, com que levo os meus parcos dias.

“Fumar Mata”; bem diz a caixa inda lacrada.
Pois se assim é,
reponham o rapé,
que era moda, para a narina mais rematada.

Mas os milhões de divisas que o tabaco gera,
não acabará,
nem findará,
com o negócio, que origina, tamanha guerra.

E assim, continuo minha demanda, de gente,
triste,
de braço em riste,
contra meu vício: em nada ele é complacente.

Ah, mas quando mais ninguém o vir ou supuser,
largarei de vez,
esta insensatez,
e na boca porei, o que mais à mão então tiver.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

QUEM NOS ESCUTA

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Vamos nesta vida com muito por dizer.
Quem nos escuta,
e, de viva voz, presentes, se preocupa?

A doença nos atinge, sem nos prevenir.
A quem colhe
cuidado? Não quem a doença não tolhe.

E desabafamos, em silêncios recolhidos.
A quem importa?
Desde que nunca lhes batamos à porta.

Vivemos em mundos viés e desgarrados.
Morre-se;
talvez alguém apareça; depois some-se.

Valham as crianças, as flores e seu valor.
Só elas dão vida
e crença, para que a levemos bem vivida.

Já o Homem perdeu toda a simplicidade.
Age sem pudor,
e, de há muito, esqueceu a palavra amor.

E aqui me encontro sozinho a sós comigo.
Que versejar,
se quem amamos, encontra-se a definhar?

E que a força não me abandone doravante.
Dos meus pais
cuidar, sem palavras doídas nem sequer ais.

E acredito que a Primavera, trará o curativo.
E a felicidade,
há-de entrar em casa, com toda a seriedade.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

DIA DE FEIRA

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Ao longe vê-se as casas,
e os montes detrás delas,
parecem ganhar asas,
no rio que mora nelas.

Paredes de carmesim,
vasos nas janelas,
a aldeia é outrossim,
lindas bambinelas.

Bela ponte a atravessa,
do nado ao sol-pôr,
e tudo anda depressa,
para visitar seu amor.

E quando a noite cair,
as casinhas salientes,
o povo há-de vir
em rodas de gentes.

E na aldeia costumeira,
todos falam contentes,
pois é vésperas de feira,
repartindo sementes.

E eis a hora de dormir,
o sono não se atreve,
com o sentido de ir,
ao que está para breve.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

HOJE É DIA DE SORRIR

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Hoje, é dia do sorriso, por isso com tino ou sem siso,
sorri a quem passa na rua e retribui com a alma toda nua.
que a simplicidade, é dos Homens, a douta felicidade,
não importa como te despes, mas dos costumes te vestes.

Sorri como um louco, e que esse sorriso, saiba a pouco,
sê gentil na tua aparência, que dar seja a tua essência.
E mesmo que venhas de farrapos, não olvides os bons tratos,
um simples «aperto de mão», com a força de um coração.

Aqui não precisas pensar, que o pensamento há-de te levar,
pelos caminhos da ternura, com o sorriso, sua alvura.
e não te coíbas se o sorriso for gargalhada, daqui se leva nada,
senão a boa disposição, que neste dia, tem sua Assunção.

Eis então por isso vamos todos sorrir, sem ter mãos que medir,
e quanto maior for o sorriso, mais chamarás ao nobre aviso.
hoje é dia de sorrir, gargalhar, sem haver o que questionar,
que todos os dias sejam assim, com pozinhos de perlimpimpim.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

NATUREZA EM FÚRIA

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

A noite aproxima-se devagar. E nuvens de
borrasca, transportam toda a sua ira,
para dentro de si, dando-nos um
espectáculo de luzes, produzidas pelos
relâmpagos, como se fossem espoletas,
prontas a explodir, no negro dos céus,
fazendo as pessoas apressarem-se,
para voltar às suas acolhedoras casas.

O trovão ribomba, por detrás dos
montes, para lá da linha do horizonte,
que não teve pôr-do-sol,
nem vislumbre de prata no rio,
emanada pela lua, que se
encontra escondida, pelas grandes
partículas de chuva, que se vão formando,
nas densas nuvens, enraivecidas.

E é este Inverno inflexível, que faz jus ao seu
nome e tem assolado este lado do hemisfério,
com ventos gélidos e tempestuosos.
E enquanto escrevo, lembro-me dos
que não têm casa nem um tecto,
para se protegerem das intempéries,
que parecem escolher os mais desolados,
para fazerem cair sobre si, toda a sua fúria.

Principiou a chover desgarradamente,
trovões e relâmpagos, não têm poiso,
e, tudo, parece mais temível, quando as
luzes da rua se apagam, deixando tudo às
escuras. É impossível estar à janela, sem
sermos fustigados, por uma imensidade
de água, vinda de todos os lados, deixando-nos
tontos e meio atrapalhados com a cólera do clima.

O rio começa a galgar suas margens e o lodo,
entrando nas águas, deixa tudo cinzento
e pestilento, com ondas bêbadas de vento,
indo de encontro, umas às outras,
deixando tudo em estado de sítio, e
atemorizando os pescadores, que não
conseguiram fugir, à imensa tempestade,
que veio – pelos vistos – para durar ainda.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

SENTIMENTOS

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Meu pensamento dito,
já não é
meu pensamento.
Em poesia o deixo,
para que outros tenham
usufruto,
junto com a aprendizagem.

A imaginação nasce do
pensamento,
pensado com fertilidade.
Em versos a ponho,
para que as pessoas, ao
lerem, o que escrevo,
possam ter uma vida sã.

A inteligência, que no
pensamento,
reside, é o saber encontrar
equilíbrio, entre o
certo e o errado, e fazer
aí, sua dissertação
e ponto de partida.

Sentimentos são dúbios
(que o próprio coração,
sonega ou aumenta),
por isso raramente escutai,
a voz do coração,
porque é confusão na certa,
e auto confronto.

Alma é aquela coisa, que
todos dizem possuir,
mas ninguém conhece. E
recorre-se a ela, para justificar,
o desconhecido,
que a vida nos propõe e
achamos plausível de um nome.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

TODOS SOMOS POETAS

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Depois de muito pensar
o que a pensar,
pensando, fui achando,
cheguei à dita conclusão,
que, para tudo,
há sempre uma Razão.

Levei algum tempo no ar,
a me doutrinar,
o que a doutrina nos ensina,
e a douta razão,
é que todos têm direito,
a escrever sua própria emoção.

Por isso todos somos poetas,
espoletas,
flores e multicores,
que nos dias de tristeza,
fazem com que versemos,
aquela incómoda incerteza.

Para que os dias, passando,
não nos vão tirando,
a decência que é essência,
em cada poema dito,
lido e relido,
porque na folha fica escrito.

Assim viva todos os verves,
se há equidade serves,
a pensar sabes chamar,
escreve com imaginação,
o que outros vão ler,
e se queres usa o coração.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

AMAR ATÉ DOER E CRER

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

O amor, que, silencioso, traz-me ao pranto,
a mim, que de não o saber, já chorei tanto,
porque ora é amor, ora amor, ele já não é,
enxugou-me lágrimas, sempre pelo meu pé.

A muito já me resignei, verdades roubadas,
convertidas em mentiras, ou transformadas
em vãs palavras do algoz que me quis preso,
que, por usar da franqueza, julguei sair ileso.

Se assim, bem o julguei, pior, foi a sentença,
que, sem que nada o fizesse, tive a descrença,
de quem disse me amar e juras me prometeu,
de um amor nobre, que, também fosse meu.

Mas, a mim, que sou pobre, o direito a amar
não possuo, inda que húmil, o possa chamar,
porque me doo sem reticências, e, me puno,
como um voltar ao passado, logo me desuno.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

MAR DE OUTRORA

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Junto ao precipício de mármore,
ondas revoltosas, impõe-se
contra as rochas, fragmentadas,
para depois, numa mansidão,
voltar ao mar de outrora, buscando
as próximas ondas arenosas.

Da minha lonjura, observo tudo
isto, e acentua-se tremendamente,
nas águas, o seu distinto vai e
vem, com ondas cavalo, de crinas
ao vento e galgos, de espuma branca,
enfrentando redemoinhos.

Mas onde o mar é mais plano, pontos
negros, de navios, no seu ir
algures, ou nenhures (depende de
minha imaginação), desenham-se a
a horizonte, com lassos fumos negros,
misturando-se com o azul celeste.

Algas aglomeram-se junto às pedras, e
pequenos (vistos de cima) leões-marinhos,
parecem brincar, com as verdes plantas,
que junto à costa, fazem seu poiso,
brincadeira para alguns, alimento
para outros, com alguns ovos à deriva.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

ANUNCIANDO CHUVA

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

A noite vai fria lá fora,
onde todos os gatos são pardos,
e o rumorejar das folhas,
na silhueta dos muros,
caiados de branco, zurze
no silêncio dúctil,
acordando as horas, mais tardias.

Enquanto a lua, lá do alto,
espelha de prata, o volumoso rio,
e pequenas ondas se levantam,
à passagem mais acentuada,
da nortada de um vento,
que gela as orlas, dissimuladas,
pela acumulação da lama.

Se olharmos distraídos, para o céu,
vemos que as nuvens
estão prenhes de água, que
desembocará em chuva, assim
a madrugada vá firmando suas raízes,
na copa dos pinheiros, e
o vento, aumente de intensidade.

Jorge Humberto

Posted in poesia | Leave a Comment »

AMIGOS DO CORAÇÃO

Posted by vidapura2 em Março 31, 2011

Nos meus dias escuros,
onde imaginário erro,
e tudo o que digo é irreal,
dou por mim, ilusório,
a espreitar o sol à janela.

Mas não há sol à janela,
o que há é uma vontade
de tê-lo, para o sonhar,
nas árvores, nos rios, onde
caiba a filosofia e a vida.

A vida que já neguei, que
de mim já perdido,
fui buscar ao engano dos
sentidos, meu pensar-me,
não me pensando então.

Ninguém sabe o que quer,
nem para onde vai, nem de
onde vem, olhos cegos à
beleza, que os cerca, tão
singela, naquela pedrinha.

Não há como a Natureza,
para me desobrigar e fazer
sair do quarto obediente,
ao que são minhas
noites, só de sombras a haver.

E é nos meus dias obscuros,
que eu trago à memória
os amigos, como flores,
que, sendo bem cuidadas,
são para todo o sempre:

assim os amigos do coração!

Jorge Humberto

Posted in poesia | 2 Comments »