Melhor que tudo isso
é isso tudo,
você com seu corpo desnudo
roçando no meu,
meu lábios colados nos seus,
a chuva caindo lá fora
e nós sem nos importarmos com a hora.
Melhor que tudo isso
é mais um pouco disso,
é você loucamente me amando,
eu cada vez mais me entregando,
o calor nos inflamando
e o frio lá fora aumentando.
Melhor ainda é perseguir,
é persistir nesse sonho,
nesse incrível instante,
deliciosamente, excitante
envolvido em tanto romance.
Melhor que isso
é que ninguém sabe disso,
que a nossa paixão
sai do nosso coração
excita nosso corpo
e percorre um caminho louco.
Muito melhor que tudo isso
que eu acabo de contar
é a parte que eu não vou revelar.
Silvana Duboc
Archive for Maio, 2007
TUDO ISSO
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
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Quanto mais amo
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Quanto mais amo
Quanto mais dou amor
Mais, muito mais amor.
Sobra ainda em mim
Tanto tempo levei
Pra descobrir
Mas, agora sei.
Quanto mais amo
Quanto mais dou amor
Muito mais amor
Nasce em mim
Nunca pensei
Que fosse assim
Quanto mais dou
Mais nasce em mim
Amor, amor, amor.
Como é bom amar,
Pois quanto mais amo.
Mais tenho amor
ABittar
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Ela não é Maria
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Ela não é Maria
Mas, é cheia de graça
Amor do meu amor
Amor que eu não queria
Mas que um dia
Em minha vida
Tão vivida
Aconteceu
Agora não sei
Nem quem sou
Nem onde estou
Se não estou
Com você
Só quero ser
O seu amor
Só quero
Que seja
O meu amor
Mesmo não sendo a Maria
Mesmo sendo cheia de graça
Liberte-me
Deixe-me ser
E saber
Quem sou
Mesmo amando você
Mesmo não sendo Maria
Mesmo sendo cheia de graça
Prometo amar você
Enquanto você me amar
Prometo não pedir nada
Que você não queira me dar
Mesmo não sendo a Maria
Mesmo sendo cheia de graça.
ABittar
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Agora vale
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Agora vale
O quanto vale
O vale
Logo:- Vale tudo
Era o que
O Tim Maia dizia
Vale tudo
Vale por a mão
Vale subir ou descer
Isso é contigo
Quem põe
Ou quem tira
Quem deixa por
Ou quem não deixa
E então
Por ou tirar
Agora vale
Vale o que
Não precisa dizer
É só calar
Pois quem
Cala consente
Sente essa
Sacada genial
Não falar
É falar também
Depende só do código
Vale à pena
Não te perder
Sem pena de te ter
Ter te sempre
Enquanto esse
Sempre durar
ABittar
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Tudo muda
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Tudo muda
Porque a vida
Muda sem parar
O tempo todo
A vida é movimento
E a todo o momento
Muda mudando às vezes
Imperceptivelmente
A vida muda sempre
Ao mudar de hora
E de lugar
Mesmo o lugar
Sendo o mesmo
O ar é outro
E outro é o vento
Outra nuvem sobrevoa
O mesmo céu agora
Ao léu sigo eu
Sem grandes
Compromissos
Inadiáveis
Sem stress
Sigo e vou
Encontrar
O amor
Onde estiver
Quero agora
Os braços
Da mulher amada
Está tão frio
Preciso de carinho
Sinto-me sozinho
Tal qual um rio
Correndo
Pro mar
Eu corro
Pra você
ABittar
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BEIJA-ME POETA
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Beija-me poeta, encanta-me com
tua nobre ventura e responda-me
com teus beijos o que contam e cantam
as estrelas em torno do luar
embaladas pela melodia do ir e vir
das ondas do mar…
Beija-me com ardor percorrendo
os meus sentidos e faça-me sentir
a emoção sem razão…
Tua boca é minha fantasia louca,
beija-me poeta e dá-me asas
para saciar-me no teu infinito…
Naidaterra
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A ARMA MAIOR
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
A arma maior não é o que te causa medo.
Tu temes o destruidor, mas conquistas
E sempre temes, quando conquistas.
A arma maior do destruidor é o ódio.
Nunca se conquista em ódio –
Ele te deixa consumido, devastado
Despido, fraco, sozinho.
Mas qual é a vitória de dar-se amor
E receber de volta o escárnio?
Como se sente a mão recusada? Consumida
Devastada, despida, fraca, sozinha.
Vejo o mesmo quadro, mas com vírgula
Não um ponto final. Amor não é um fim –
É reshith – o começo.
Amor é a Luz Criativa, consumindo
Devastando, desnudando, enfraquecendo
Separando para moldar o eu ainda informe.
Amor é magen – um escudo ao teu redor
Refletindo e queimando o que te consome
Preservando tudo o que tens de melhor.
Amor é ruach – o Vento tempestuoso
Que constrói uma montanha de firme rocha
Dos escombros quase inúteis do teu eu.
Amor é hod – o esplendor em toda a glória
Que cobre a nudez vergonhosa da rejeição
Com uma camada tênue de inocência.
Amor é guevurah – o poder da vontade.
Ser roubado, estraçalhado, ferido
E ainda assim estender a mão – e amar.
Amor é Yehida – a Chama Divina
A luz da criação, a presença eterna
Que nos separa para nos completar.
Não, não há vitória no destruidor.
Ao consumir, devastar, separar
Ele se consome, destrói, desnuda, fica só.
Quando o destruidor passa em tempestade
Fazendo destroços de teu ser, tu cresces.
A vitória é tua: no amor, a arma maior.
Dalva Agne Lynch
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Sintaxe
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Hoje o dia que acaba de amanhecer veio em adjetivos
E o meu ser mulher está dolorido, sofrido, solitário.
Hoje sou a mulher queimada na fogueira da ignorância
Um adjetivo feminino comum, indiferenciado em cor
Raça ou credo. Mais comum em quem se importa.
Ah, mas hoje eu me importo – hoje sou comum.
Hoje me levantei em meio às chamas do preconceito
No pelourinho das críticas de mulheres desamadas
E homens endurecidos por desejos não satisfeitos.
Hoje o meu ser eu está difícil de ser. Adjetivo
Ansiando pelo nome que lhe dê razão de ser.
Particípio de um verbo irregular, insensato, inexato.
Um verbo como escrita, desdita, feita aberta.
Mas o que sou, que, escrita, foi desdita e feita aberta
Mostrando de repente o que não deveria transparecer?
É isto o que se me fez o dia nascer assim, em adjetivo.
Sacudo a cabeça, desanuviando a sensação de inutilidade
E de repente passo de adjetivo feminino comum
Mero complemento nominal de outro ser
A adjetivo substantivado. Sento-me ao teclado
E transformo a manhã do meu ser adjetivo
Em Arte. Com as palavras jorrando dos meus dedos
Sou Substantivo Nominativo Singular
Tão singular quanto cada curva do meu corpo.
Tão nominal quanto o meu nome, chamado em amor.
Tão substantivo quanto a essência feminina
A essência divina, poderosa, criativa,
Que é a substância do meu ser mulher.
Dalva Agne Lynch
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Inacabada
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Onde se me esconderam as palavras?
Quem cortou o responso pianissimo
que mantive com o Infinito?
Os bracos que agora levanto
sao passaros sem voo.
E a sinfonia que criamos juntos
o Infinito e eu
estende-se no horizonte
ad semper
inacabada.
Dalva Agne Lynch
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MEU SEGREDO…
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Conto-te um segredo,
em palavras e gestos,
de repente, sem mais nem menos,
este gosto de amor sedimentado,
corre fronteiras, rio abaixo,
Tenho um compartimento, colorido,
cheio de alegria,
guardo recordações dos doces beijos
abro a porta do meu peito
e cochicho no teu ouvido..
te amo
Iára Pacini
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Deixa-me
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Ser o raio de luz que te desperta todas as manhãs
Ser a melodia que embala o teu sono
Ser, na tua boca,
O gosto suave de maçã
Ser o poeta que te canta em prosa e verso
Ser a brisa que refrigera tua alma, no calor das angustias
Ser o bálsamo que te alivia as dores
Ser a suave chuva que te refresca de modo terno
Ser o luar que te encanta nas noites de solidão
Ser o chinelo velho que aquece teus pés no inverno
Ser o mar, para em minhas águas banhar teu lindo corpo na minha imensidão
Ser o céu estrelado para te iluminar os caminhos na escuridão …
Ser farol para indicar o caminho em águas turbulentas
Ser passarinho canoro, para despertar-te com musica ao alvorecer
Ser teu cobertor, que aquece e envolve teu corpo nas noites friorentas
Ser enfim o teu homem, para os desejos do corpo e da alma te satisfazer
ser para sempre
apenas e tão somente
não menos que plenamente
TEU
Jorge Linhaça
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ENFIM. SONHAR-TE
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Chegar a casa e desejar-te,
Embriagado pelo teu cheiro,
E só poder, enfim, sonhar-te –
Com o que isso tem de verdadeiro -,
Tendo apenas uma pequeníssima parte
De um todo que se quer inteiro,
Torna-se tão mais difícil arte,
Quanto mais longe o teu cheiro.
Mas se a memória se sujeita
Ao dolo da vontade intransigente,
Se se obriga e nela aceita,
A imagem distante e verdadeira,
Terá no esforço aparente,
A sua reconciliação derradeira.
Jorge Humberto
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AH, DÊEM-ME ROSAS
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Quis Deus que eu fosse esta fraca figura,
Que não tivesse nem terras nem empresas,
E deu-me por espinhos excessiva ternura
Com que visto as minhas muitas incertezas.
E o sono vem sempre tarde por esta altura,
Quando a partilha é solidão e reais certezas…
E o vetusto caminho, de minha candura,
É uma paisagem vazia de mãos ilesas.
Assim sou dois, o que quer e o que rejeita.
E revolta-se-me o coração, a toda a hora porvir,
A vida e com ela o amor que me enjeita.
Ah, dêem-me rosas, e um mar de calma!
Brancos braços de mulher onde dormir,
O meu desassossego, a minha alma!
Jorge Humberto
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Soneto da Tristeza
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
Por favor tristeza dá um tempo
para que eu possa me restabelecer
sentir o que vai dentro da minh`alma
o que se passa no interno do meu ser
Não me deixes pelos descaminhos da vida
sem um farol que ilumine minha ação
sem um estímulo que me dê guarida
sem a mão que estende e afaga o coração
Ainda que eu ande sem rumo,
talvez à procura de algum elo perdido
ainda assim me conservarei no prumo.
Ainda que o medo me entorpeça
e que eu fique completamente amargurado
acenda-se a chama do amor, antes que eu feneça.
Guida Linhares
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AMORES ETERNOS
Posted by amizadepoesia em Maio 31, 2007
O amor nunca se apaga
brilha constantemente assim
como os raios da lua
prateando as águas do rio
que aceleradas procuram o mar
que as afaga.
Quanto mais intenso for
ainda que na distância
se reduza ao sabor da saudade
será sempre aquela paixão
que um dia passou pela nossa vida
deixando rastros dourados
porquanto o seu tempo não era o presente
que hoje se tornou passado
seja espinho ou seja flor.
De amores cultivados com ternura
fica a saudade imortalizada
de todos que um dia
passaram
pela nossa vida
e nos deixaram
instantes de felicidade,
às vezes por longos anos,
às vezes fugazes,
mas sempre
eternos.
Guida Linhares
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