Carne crua
Posted by amizadepoesia em Fevereiro 29, 2008
Pele branca, nua
Escorrendo pela boca
Louca
Sedenta de loucura
Dura
Autofagia dos corpos
Que vão se devorando
Dentro e fora do normal
Em toda conjunção carnal
Todo homem é João
E todas mulheres são Maria
Menina-mulher, quente
Sabor al dente
O tempo paralisado
Abre fendas
Desembainha espadas
Sinto meu sangue correndo
Em veias erradas
O meu singular
Virando o seu plural
Seu mel tornando-se meu sal
Nossos corpos abraçados de um jeito
Que chego a pensar que seu coração
Está batendo no meu peito
Rasga a minha pele
Tatua seu nome no meu braço
Vou puxar seus cabelos
Perder os meus freios
E morrer para sempre
No macio dos teus seios
André Luis Aquino
Deixe uma Resposta