UMA DECISÃO
Posted by amizadepoesia em Junho 29, 2007
William havia mudado. Daquele jeito extrovertido, nada sobrara.
A depressão viera, trazendo a historia de sua vida como num flashback, e a idéia de suicídio passara a ser uma constante no dia-a-dia. Era como se uma força invisível conduzisse a rota da insanidade.
Todos estranhavam a mudança, pois William tinha uma família com a qual parecia viver em harmonia; nunca comentara acerca de problemas. Como caíra nessa tentação?
Grupos de senhoras vinham orar por ele, que as recebia amavelmente. Amigos se revezavam, no intuito de fortalecê-lo, mas ele dizia que era direito seu partir a hora que escolhesse. Era o livre-arbítrio concedido por Deus. Tinha suas convicções, mesmo mergulhado naquela depressão .
A história de William, na realidade, daria um romance para quem se dispusesse a escrever. Nascera fruto de aventura do filho do patrão com a empregada da casa. Naquela família, era considerado um simples afilhado. Era visto muito raramente, e o tempo foi passando, até que apareceram os cabelos brancos.
Por que a depressão ? Um dia veio a resposta. Nunca aceitara o fato de não ter sido reconhecido pela família de origem. Segundo a mãe, nas poucas ocasiões em que visitava a família, retornava triste , não aceitando separar-se daquelas pessoas que eram, para ele, parte de seu eu. Sequer tendo constituído uma família, seu espírito se aquietara. A tristeza acumulada o corroeu a tal ponto que não deixou que se entregasse à felicidade que ele próprio conquistou longe dos que o desprezaram.
William está sobre a cama quando a mãe entra no quarto e, percebendo o que acontecia, grita: “Arrependa-se, meu filho!” – De uma garrafa, ainda com resto de substância desconhecida, vinha um forte odor tóxico que impregnava todo o ambiente.
Levei flores e lágrimas ao enterro. Eu era parte daqueles que chegaram na última hora e, até hoje, essa tristeza aperta meu peito e me tira o sono.
Que Deus alivie a minha alma e me perdoe por não ter feito a parte que a mim competia. Que um dia eu tenha paz ao lembrar dele, de seu sorriso, de seu olhar…
Olhos que sempre transmitiram tristeza e inquietação e que, por acomodação, víamos e fingíamos não ver.
William havia mudado. Daquele jeito extrovertido, nada sobrara.
A depressão viera, trazendo a historia de sua vida como num flashback, e a idéia de suicídio passara a ser uma constante no dia-a-dia. Era como se uma força invisível conduzisse a rota da insanidade.
Todos estranhavam a mudança, pois William tinha uma família com a qual parecia viver em harmonia; nunca comentara acerca de problemas. Como caíra nessa tentação?
Grupos de senhoras vinham orar por ele, que as recebia amavelmente. Amigos se revezavam, no intuito de fortalecê-lo, mas ele dizia que era direito seu partir a hora que escolhesse. Era o livre-arbítrio concedido por Deus. Tinha suas convicções, mesmo mergulhado naquela depressão .
A história de William, na realidade, daria um romance para quem se dispusesse a escrever. Nascera fruto de aventura do filho do patrão com a empregada da casa. Naquela família, era considerado um simples afilhado. Era visto muito raramente, e o tempo foi passando, até que apareceram os cabelos brancos.
Por que a depressão ? Um dia veio a resposta. Nunca aceitara o fato de não ter sido reconhecido pela família de origem. Segundo a mãe, nas poucas ocasiões em que visitava a família, retornava triste , não aceitando separar-se daquelas pessoas que eram, para ele, parte de seu eu. Sequer tendo constituído uma família, seu espírito se aquietara. A tristeza acumulada o corroeu a tal ponto que não deixou que se entregasse à felicidade que ele próprio conquistou longe dos que o desprezaram.
William está sobre a cama quando a mãe entra no quarto e, percebendo o que acontecia, grita: “Arrependa-se, meu filho!” – De uma garrafa, ainda com resto de substância desconhecida, vinha um forte odor tóxico que impregnava todo o ambiente.
Levei flores e lágrimas ao enterro. Eu era parte daqueles que chegaram na última hora e, até hoje, essa tristeza aperta meu peito e me tira o sono.
Que Deus alivie a minha alma e me perdoe por não ter feito a parte que a mim competia. Que um dia eu tenha paz ao lembrar dele, de seu sorriso, de seu olhar…
Olhos que sempre transmitiram tristeza e inquietação e que, por acomodação, víamos e fingíamos não ver.
William havia mudado. Daquele jeito extrovertido, nada sobrara.
A depressão viera, trazendo a historia de sua vida como num flashback, e a idéia de suicídio passara a ser uma constante no dia-a-dia. Era como se uma força invisível conduzisse a rota da insanidade.
Todos estranhavam a mudança, pois William tinha uma família com a qual parecia viver em harmonia; nunca comentara acerca de problemas. Como caíra nessa tentação?
Grupos de senhoras vinham orar por ele, que as recebia amavelmente. Amigos se revezavam, no intuito de fortalecê-lo, mas ele dizia que era direito seu partir a hora que escolhesse. Era o livre-arbítrio concedido por Deus. Tinha suas convicções, mesmo mergulhado naquela depressão .
A história de William, na realidade, daria um romance para quem se dispusesse a escrever. Nascera fruto de aventura do filho do patrão com a empregada da casa. Naquela família, era considerado um simples afilhado. Era visto muito raramente, e o tempo foi passando, até que apareceram os cabelos brancos.
Por que a depressão ? Um dia veio a resposta. Nunca aceitara o fato de não ter sido reconhecido pela família de origem. Segundo a mãe, nas poucas ocasiões em que visitava a família, retornava triste , não aceitando separar-se daquelas pessoas que eram, para ele, parte de seu eu. Sequer tendo constituído uma família, seu espírito se aquietara. A tristeza acumulada o corroeu a tal ponto que não deixou que se entregasse à felicidade que ele próprio conquistou longe dos que o desprezaram.
William está sobre a cama quando a mãe entra no quarto e, percebendo o que acontecia, grita: “Arrependa-se, meu filho!” – De uma garrafa, ainda com resto de substância desconhecida, vinha um forte odor tóxico que impregnava todo o ambiente.
Levei flores e lágrimas ao enterro. Eu era parte daqueles que chegaram na última hora e, até hoje, essa tristeza aperta meu peito e me tira o sono.
Que Deus alivie a minha alma e me perdoe por não ter feito a parte que a mim competia. Que um dia eu tenha paz ao lembrar dele, de seu sorriso, de seu olhar…
Olhos que sempre transmitiram tristeza e inquietação e que, por acomodação, víamos e fingíamos não ver.
Belvedere Bruno
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